Ervina e Prefina com a mãe, Ervina, no Hospital
Bambino Gesù. Crédito: Bambino Gesù Hospital.
Roma, 09 Jul. 20 / 09:51 am (ACI).- Em uma cirurgia sem
precedentes na Itália e provavelmente em todo o mundo, no Hospital Bambino
Gesù, conhecido como Hospital do Papa, os médicos conseguiram separar com
sucesso duas gêmeas siamesas unidas pela cabeça.
Ervina e Prefina
nasceram na aldeia de Mbaiki, a cerca de cem quilômetros de Bangui, na
República Centro-Africana, há pouco mais de dois anos. Mariella Enoc,
presidente do Hospital Bambino Gesù, as conheceu em julho do ano passado,
enquanto visitava o país africano, seguindo o desejo do Papa Francisco de
ajudar a região.
As meninas tinham
apenas algumas semanas e Enoc decidiu ajudá-las a ir a Roma para serem cuidadas
no Hospital do Papa.
“Quando conhecemos
vidas que podem ser salvas, temos que fazê-lo. Não podemos nem devemos olhar
para outro lado”, assegurou em uma coletiva de imprensa.
As meninas chegaram
a Roma junto com a mãe em setembro de 2018, e começaram o caminho que terminou
em três cirurgias extremamente delicadas para conseguir a separação final.
O centro médico
explicou em um comunicado enviado à ACI Prensa,
agência em espanhol do grupo ACI, que a cirurgia final foi realizada em 5 de
junho deste ano em um caso de "craniópagos totais posteriores", que é
"uma das formas mais raras e complexas de fusão em nível do crânio e
cérebro".
A operação durou 18
horas e exigiu o trabalho conjunto de 30 pessoas, incluindo médicos e
enfermeiros.
A mãe, Ervina,
disse entusiasmada que as filhas “nasceram duas vezes. Se tivéssemos ficado na
África, não sei que destino teriam”.
"Agora que
elas estão separadas e bem, eu gostaria que fossem batizadas pelo Papa
Francisco, que sempre cuidou das crianças de Bangui", acrescentou.
"Minhas filhas
agora podem crescer, estudar e se tornar médicas para salvar outras
crianças", disse.
Casos como o das
gêmeas da República Centro-Africana são muito estranhos. Segundo o Hospital
Bambino Gesù, estima-se que ocorra em um em cada 2,5 milhões de nascidos vivos,
cinco em cada 100 mil gêmeos. Também ocorre principalmente em meninas.
O Dr. Carlo Efisio
Marras, chefe do departamento de neurocirurgia do Hospital Bambino Gesù,
explicou à ACI Prensa que “conseguimos obter um resultado extraordinário,
apesar da malformação tão complexa que não nos impediu de separar as meninas
com ótimos resultados clínicos. As meninas do ponto de vista neurológico estão
indo muito bem e têm boas perspectivas para uma vida futura normal”.
"Este
resultado é o fruto de um estudo e de preparação que durou mais de um ano e
envolveu muitos especialistas e profissionais dentro do hospital", afirmou
o médico.
O especialista
também disse à ACI Prensa que todo o procedimento incluía “muitas fases
difíceis, porque o procedimento foi longo e exigiu mais intervenções
cirúrgicas, cada uma com dificuldades específicas. Certamente, a parte mais
complexa tinha a ver com o sistema venoso, ou seja, a rede de vasos dedicados
ao transporte do sangue usado pelo cérebro para o coração para a sua
reoxigenação”.
"Se não
conseguíssemos separar adequadamente esse componente, que as meninas tinham em
comum, o resultado teria sido catastrófico. As duas irmãs estão bem: estamos
otimistas de que poderão receber alta nos próximos meses”, assegurou.
O médico também
disse à ACI Prensa que as irmãs “primeiro terão que passar pela fase de
reabilitação para aprender novos movimentos que não podiam realizar antes.
Espero que essas meninas tenham um futuro feliz. Agora estão em condições de
voltar a uma vida normal”.
"Devo
agradecer ao meu hospital por essa experiência extraordinária, que tem como
característica unir pesquisa, desenvolvimento e solidariedade", concluiu o
especialista.
Publicado originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Amada Santa
Verônica, intercedei junto a Deus Pai, em nome de Seu Filho amado, para que a
Vida, a Paixão e a Morte do Senhor não nos seja nunca em vão. Que procuremos
corresponder com prontidão os seus chamados à santidade. Levai a Deus nosso
pedido de perdão pelos pecados de omissão, indiferença e nos conceda a graça de
corresponder, em plenitude, a todos os seus ensinamentos. Amém!
Evangelho
(Mt 10,16-23):
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
«Vede, eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Sede, portanto,
prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Cuidado com as pessoas,
pois vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Por minha
causa, sereis levados diante de governadores e reis, de modo que dareis
testemunho diante deles e diante dos pagãos. Quando vos entregarem, não vos
preocupeis em como ou o que falar. Naquele momento vos será dado o que falar,
pois não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai falará em vós.
»O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem». PALAVRA DE VIDA ETERNA.
»O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem». PALAVRA DE VIDA ETERNA.
«Sereis odiados por todos, por
causa do meu nome»
P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho remarca as dificuldades e as contradições que o
cristão haverá de sofrer por causa de Cristo e do seu Evangelho e como deverá
resistir e perseverar até o final. Jesus nos prometeu: «Eis que estou convosco
todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20); mas não prometeu, aos seus, um
caminho fácil, antes pelo contrário, lhes disse: «Sereis odiados por todos, por
causa do meu nome» (Mt 10,22).
A Igreja e o mundo são duas realidades de ”difícil” convivência. O mundo, que a Igreja há de converter a Jesus Cristo, não é uma realidade neutra, como se fosse uma cera virgem que só espera o selo que lhe dará forma. Isto só teria sido assim se não tivesse havido uma história de pecado entre a criação do homem e a sua redenção. O mundo, como estrutura afastada de Deus, obedece a outro senhor, que o Evangelho de São João denomina como o senhor deste mundo, o inimigo da alma, o que fez com que o cristão fizesse um juramento— no dia de seu batismo— de desobediência, de dizer não ao inimigo, para pertencer somente ao Senhor e à Mãe Igreja que ela engendrou em Jesus Cristo.
Mas o batizado continua vivendo neste mundo e não em outro, não renuncia à cidadania deste mundo nem lhe nega sua honesta contribuição para mantê-lo e melhorá-lo; os deveres de cidadania cívica são também deveres dos cristãos; pagar os impostos é um dever de justiça para o cristão. Jesus disse que nós, seus seguidores, estamos no mundo, mas não somos do mundo (cf. Jo 17,14-15). Não pertencemos ao mundo incondicionalmente, inteiramente, só pertencemos a Jesus Cristo e à sua Igreja, verdadeira pátria espiritual, que está aqui na terra e que transpassa a barreira do espaço e do tempo para desembarcar-nos na pátria definitiva que é o céu.
Esta dupla cidadania inevitavelmente se choca com as forças do pecado e do domínio que move os mecanismos mundanos. Repassando a história da Igreja, Newman dizia que «a perseguição é a marca da Igreja e talvez a mais duradoura de todas».
A Igreja e o mundo são duas realidades de ”difícil” convivência. O mundo, que a Igreja há de converter a Jesus Cristo, não é uma realidade neutra, como se fosse uma cera virgem que só espera o selo que lhe dará forma. Isto só teria sido assim se não tivesse havido uma história de pecado entre a criação do homem e a sua redenção. O mundo, como estrutura afastada de Deus, obedece a outro senhor, que o Evangelho de São João denomina como o senhor deste mundo, o inimigo da alma, o que fez com que o cristão fizesse um juramento— no dia de seu batismo— de desobediência, de dizer não ao inimigo, para pertencer somente ao Senhor e à Mãe Igreja que ela engendrou em Jesus Cristo.
Mas o batizado continua vivendo neste mundo e não em outro, não renuncia à cidadania deste mundo nem lhe nega sua honesta contribuição para mantê-lo e melhorá-lo; os deveres de cidadania cívica são também deveres dos cristãos; pagar os impostos é um dever de justiça para o cristão. Jesus disse que nós, seus seguidores, estamos no mundo, mas não somos do mundo (cf. Jo 17,14-15). Não pertencemos ao mundo incondicionalmente, inteiramente, só pertencemos a Jesus Cristo e à sua Igreja, verdadeira pátria espiritual, que está aqui na terra e que transpassa a barreira do espaço e do tempo para desembarcar-nos na pátria definitiva que é o céu.
Esta dupla cidadania inevitavelmente se choca com as forças do pecado e do domínio que move os mecanismos mundanos. Repassando a história da Igreja, Newman dizia que «a perseguição é a marca da Igreja e talvez a mais duradoura de todas».
Santo do Dia
Santa Verônica Giuliani
Verônica nasceu dia 27 de dezembro de 1660. Era a
última de sete irmãs. Foi educada na vida cristã pela mãe. Aos quatro anos
Verônica recebeu um estigma nas costas.
Aos dezessete anos, Verônica entrou para o convento
das clarissas. Viveu na sua cela, no silêncio e oração. Devota da Paixão de
Cristo tinha experiências místicas de profunda dor e devoção.
Sobre seu estigma ela contou: "Eu vi sair de
suas santas chagas cinco raios resplandecentes, e todos vieram perto de mim. Em
quatro estavam os pregos, e no outro estava a lança, como de ouro, toda
candente e me passou o coração de fora a fora. Quando vi estes estigmas
exteriores chorei muito e roguei ao Senhor que se dignasse escondê-los aos
olhos de todos".
Estas experiências não foram compreendidas e
Verônica foi mantida reclusa no convento. A jovem chegou a ser impedida de ter
conversas com as próprias companheiras de claustro. Inspirada pelo Espírito
Santo, Verônica escreveu seus sentimentos espirituais, os quais formaram 40
volumes de uma profunda literatura mística.
Verônica passou sua vida em oração e contemplação
do mistério do Cristo crucificado. No convento foi cozinheira, arrumadeira,
enfermeira, padeira e mestra de noviças. Foi também abadessa. Suas virtudes
marcaram sua vida e deram a ela a herança no Reino dos Céus.
Morreu dia 10 de junho de 1727 com 67 anos.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: A vida de Santa Verônica foi regada de
espiritualidade. Entregou-se toda ao amor do coração do Cristo, sofrendo por
ele inúmeras provações. Também tinha intenso amor ao coração de Maria. Uniu,
numa vida reclusa, o amor de Cristo e a presença da Virgem Maria, numa
disponibilidade absoluta a vontade de Deus. Que o exemplo de Santa Verônica nos
leve também a buscar o amor de Deus em nossa vida.
tjl@- Acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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