No meio, o patriarca ortodoxo Theophilos, o presidente Isaac Herzog e
sua mulher Michal Herzog, e o bispo Pierbattista Pizzaballa / Patriarcado
Latino de Jerusalém - JERUSALÉM, 10 Ago. 23 /
12:04 pm (ACI).- O presidente de Israel, Isaac Herzog
manifestou solidariedade ao patriarca católico de Jerusalém, dom Pierbattista
Pizzaballa, depois de uma onda de ataques e demonstrações de discriminação de
judeus radicais contra cristãos e lugares sagrados em Israel. O encontro
privado aconteceu ontem (9), no Mosteiro de Stella Maris. Lá o arcebispo
Pizzaballa estava acompanhado dos carmelitas de Haifa, o patriarca ortodoxo
Theophilos e outros representantes cristãos.
Oração: Senhor, que projetas para nós a
Salvação e não a condenação infinita, concedei-nos por intercessão de Santa
Clara ficarmos inamovíveis para tudo o que nos quer afastar de Vós, e que o
peso da confiança na Vossa Providência nos leve a entregar sem medo e com
tranquilidade todas as nossas necessidades, de pão material e principalmente do
Pão Eucarístico, em Vossas amorosas, sábias e protetoras Mãos. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 16,24-28):
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se alguém quer vir
após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar
sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De
fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou
que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na
glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo
com a sua conduta. Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão
a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino».
«Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo,
tome sua cruz e siga-me»
Rev. D. Pedro IGLESIAS Martínez(Rubí,
Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos coloca claramente diante do mundo. É radical na
sua abordagem, não admitindo ambigüidades: «Se alguém quer vir após mim,
renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me» (Mt 16,24). Em numerosas
ocasiões, perante o sofrimento causado por nós mesmos ou pelos outros ouvimos:
«Devemos suportar a cruz que Deus nos manda...Deus quis que fosse assim...», e
vamos acumulando sacrifícios como cupons em uma cartela, que apresentaremos à
auditoria celestial no dia que tivermos que prestar contas.
O sofrimento não tem valor algum em si mesmo. Cristo não era um estóico: sentia
sede, fome, cansaço, não gostava de ser deixado só, se deixava ajudar... Onde
podia aliviava a dor, física e moral. Que acontece então?
Antes de carregarmos a nossa “cruz”, primeiramente devemos seguir a Cristo. Não
se sofre e depois se segue a Cristo... Cristo se segue por Amor, e é a partir
daí que se compreende o sacrifício, a negação pessoal: «Quem quiser salvar sua
vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará» (Mt
16,25). É o amor e a misericórdia o que nos leva ao sacrifício. Todo amor
verdadeiro gera sacrifício de uma forma ou de outra, mas nem todo sacrifício
gera amor. Deus não é sacrifício; Deus é Amor, e só esta perspectiva dá sentido
à dor, ao cansaço e às cruzes de nossa existência segundo o modelo de homem que
o Pai nos revelou em Cristo. Santo Agostinho afirmou: «Quando se ama não se
sofre, e se sofre, ama-se o sofrimento».
No correr da nossa vida, não busquemos uma origem divina para os sacrifícios e
as penúrias: «Por que Deus me mandou isto?», mas busquemos um “uso divino” para
o que nos acontece: «Como posso fazer disso, um ato de fé e de amor?». É assim
que seguimos a Cristo e, como —com certeza— seremos merecedores do olhar
misericordioso do Pai. O mesmo olhar com que contemplou o seu Filho na Cruz.
Clara (Chiara) d’Offreducci nasceu em Assis, Itália, no ano de 1193. Sua família era rica e nobre, seu pai um conde. Teve dois irmãos e duas irmãs, as quais mais tarde, junto com a mãe já viúva, se tornariam religiosas franciscanas. A família se mudou para Corozano; e depois para Perugia, fugindo dos tumultos de uma revolução. Desde jovem Clara era conhecida por sua religiosidade e recolhimento. Aos 18 anos, ouvindo uma pregação quaresmal de São Francisco de Assis, ela entendeu intensamente a sua vocação e lhe pediu ajuda para viver também como ele “segundo o modo do Santo Evangelho". Mas a família desejava para Clara um casamento vantajoso, e assim ela fugiu de casa com uma amiga, Felipa de Guelfuccio, para encontrar com São Francisco na capela de Santa Maria dos Anjos em Porciúncula (onde nasceram as Ordens de São Francisco – Franciscanos – e de Santa Clara – Clarissas). Ali ela fez os primeiros votos da fraternidade menor dos franciscanos, tendo os cabelos cortados pelo próprio São Francisco como sinal do voto de pobreza e exigência da vida religiosa, na tarde do domingo de Ramos de 1211. Monaldo, tio de Clara, foi enviado pela família para buscá-la, mas diante da sua recusa e da condição indicada pelos seus cabelos cortados, desistiu. Clara foi encaminhada para um mosteiro das beneditinas. Vendeu seus pertences, incluindo o dote de casamento, e distribuiu o valor aos pobres. São Francisco se tornou seu diretor espiritual, e em 1212 ambos fundaram a segunda Ordem franciscana, ou Clarissas, para as mulheres. Catarina, irmã de Clara, fugiu também para o convento, com 15 anos, e Monaldo foi outra vez enviado para buscar uma sobrinha. Chegou a amarrá-la com a intenção de a carregar, mas Clara, vendo o sofrimento da irmã, pediu ao Senhor que interviesse, e Catarina ficou tão pesada que ninguém conseguia movê-la. Monaldo, novamente, desistiu. As Clarissas ficaram temporariamente no convento de Santo Ângelo de Panço, mudando-se definitivamente para o Santuário de São Damião em Assis. Um breve relato do estilo de vida franciscano ficou registrado pelo bispo Santiago de Vitry: um grande número de homens e mulheres de todas as classes sociais, que “deixando tudo por Cristo, escapavam ao mundo. Chamavam-se frades menores e irmãs menores e são tidos em grande consideração pelo senhor Papa e pelos cardeais… As mulheres… moram juntas em diferentes abrigos não distantes das cidades. Não recebem nada; vivem do trabalho de suas mãos. E lhes dói e preocupa profundamente que sejam honradas mais do que gostariam, por clérigos e leigos. Clara preocupou-se especialmente com a radicalidade da pobreza material associada à confiança plena na Providência divina. Por este motivo obteve do Papa o Privilegium Paupertatis, pelo qual as clarissas de São Damião não podiam possuir nenhuma propriedade material. Esta extraordinária concessão do direito canônico da época foi uma confirmação do quanto era reconhecida a santidade de vida destas clarissas.X A invasão muçulmana à Europa gerou carências também em Assis. Houve uma situação em que restava apenas um pão para as 50 irmãs do convento. Clara mandou a cozinheira dividi-lo em 50 pedaços e confiar em Deus – e surgiram dezenas de pães que sustentaram a comunidade por vários dias: “Aquele que multiplica o pão na Eucaristia, o grande mistério da Fé, por acaso Lhe faltará o poder para abastecer com pão Suas esposas pobres?”, comentou Clara. Metade dos pães foi enviado aos frades. Os Papas Inocêncio III e Inocêncio IV a visitavam, bem como cardeais e bispos, para lhe pedir conselho. Numa das visitas do Papa Inocêncio III ao seu convento, este pediu que ela abençoasse os pães da refeição, o que ela fez traçando sobre eles o sinal da Cruz mesmo a contragosto, pois pensava que este ato era um direito do Papa. Imediatamente cada pão ficou marcado com uma Cruz. O maior milagre de Santa Clara em vida, porém, talvez tenha sido o da expulsão dos muçulmanos sarracenos que tentaram invadir o convento. Ela se apresentou diante deles com o Santíssimo Sacramento no Ostensório, diante do qual eles foram tomados de pânico e fugiram, sem fazer mal algum. Já muito doente, e depois da morte de São Francisco, Clara desejou ir a uma Missa na igreja que recebera o nome do santo, mas sua condição de saúde a impedia. A celebração então foi como que projetada na parede da sua cela, de modo a que ela a pudesse acompanhar. O seu relato deste fato foi confirmado por pessoas presentes à referida Missa, da qual Clara reproduziu detalhadamente as palavras do sermão e outras ocorrências durante a cerimônia. Mesmo acamada, Clara rezava, bordava e costurava, sem cessar. Faleceu em 11 de agosto de 1253 no convento de São Damião, após 27 anos de doença e 60 de idade. É a primeira e única mulher na Igreja a escrever uma Regra para uma Ordem religiosa. As Clarissas já se tinham espalhado em grande número nesta data. Sua canonização foi extraordinariamente rápida, depois de somente dois anos. Santa Clara de Assis é a Padroeira da Televisão, por causa da Missa que lhe foi miraculosamente projetada na parede.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
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