Oração:
Jesus, alegrastes-Vos e
louvastes o Vosso Pai por terdes revelado aos pequeninos os mistérios do Reino
dos Céus. Nós vos agradecemos pelas graças concedidas à vossa humilde serva,
Santa Joana Maria da Cruz, a quem confiamos os nossos pedidos e necessidades.
(pausa para exprimir as necessidades e intenções pessoais) Pai dos pobres,
nunca recusastes a oração dos humildes. Pedimos-vos, portanto, que escuteis as
petições que ela vos apresenta em nosso nome. Jesus, por Maria, vossa Mãe e
nossa, nós vos pedimos isto, que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo,
agora e para sempre. Amém. Santa Joana Maria da Cruz, rogai por nós.
Evangelho (Mc 6,17-29):
Naquele
tempo, Herodes tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa
de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois
João vivia dizendo a Herodes: «Não te é permitido ter a mulher do teu irmão».
Por isso, Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois
Herodes temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava
proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado.
Finalmente, chegou o dia oportuno. Por ocasião de seu aniversário, Herodes
ofereceu uma festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os
grandes da Galiléia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes
e a seus convidados. O rei, então, disse à moça: «Pede-me o que quiseres, e eu
te darei». E fez até um juramento: «Eu te darei qualquer coisa que me pedires,
ainda que seja a metade do meu reino». Ela saiu e perguntou à mãe: «Que devo
pedir?». A mãe respondeu: «A cabeça de João Batista». Voltando depressa para
junto do rei, a moça pediu: «Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de
João Batista». O rei ficou muito triste, mas, por causa do juramento e dos
convidados, não quis faltar com a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco
cortar e trazer a cabeça de João. O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a
cabeça, trouxe-a num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os
discípulos de João ficaram sabendo, vieram e pegaram o corpo dele e o puseram
numa sepultura.
«João vivia dizendo a Herodes: ?Não te é permitido ter a mulher do teu irmão?» - Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje
lembramos o martírio de São João Batista, o Precursor do Messias. A vida toda
do Batista gira em torno à Pessoa de Jesus, de forma tal que sem Ele, a existência
e a tarefa do Precursor do Messias não teria sentido.
E, desde as entranhas da sua mãe, sente a proximidade do Salvador. O abraço de
Maria e de Isabel, duas futuras mães, abriu o dialogo dos dois meninos: o
Salvador santificava a João e, este pulava de entusiasmo dentro do ventre da
sua mãe.
Na sua missão de Precursor manteve esse entusiasmo ?que etimológicamente
significa estar cheio de Deus?, preparou-lhe os caminhos, nivelou-lhe as rotas,
rebaixou-lhe as cimas, o anunciou já presente e, o assinalou com o dedo como o
Messias: «Eis aqui o Cordeiro de Deus» (Jo 1,36).
No ocaso de sua existência, João, ao predicar a liberdade messiânica a aqueles
que estavam cativos dos seus vícios, é encarcerado: «João dizia a Herodes: ?Não
te é permitido ter a mulher do teu irmão?» (Mc 6,18). A morte do Batista é a
testemunha martirizante centrada na pessoa de Jesus. Foi seu Precursor na vida
e, também lhe precede agora na morte cruenta.
São Beda nos diz que «está encerrado, na escuridão de um cárcere, aquele que
tinha vindo dar testemunho da Luz e, havia merecido da boca do mesmo Cristo
(...) ser denominado lâmpada ardente e luminosa. Foi batizado com seu próprio
sangue, aquele a quem antes lhe foi concedido batizar ao Redentor do mundo».
Queira Deus que a festa do Martírio de São João Batista entusiasme-nos, no
sentido etimológico do término e, assim cheios de Deus, também demos testemunho
de nossa fé em Jesus com coragem. Que nossa vida cristã também gire em torno à
Pessoa de Jesus, o que lhe dará seu pleno sentido.
Santa Joana Maria da Cruz, cujo nome de batismo é Jeanne Jungan, nasceu em 25 de outubro de 1792, em uma aldeia chamada Cancale, na França. É a fundadora da Congregação das Irmãzinha dos Pobres. É considerada a amiga e padroeira dos idosos. Filha de José e Maria Jungan, era a sexta de oito irmãos, ficou órfã de pai aos quatro anos, sendo cuidada apenas pela mãe. Ela experimentou a pobreza e as dificuldades da vida, por isso, começou a trabalhar cedo como empregada na cozinha dos Viscondes de la Choue, para ajudar no sustento da família. Com seu trabalho, ela ajudava a sustentar a família e ainda encontrava tempo para cuidar de idosos abandonados e pobres, reservando uma parte de seu salário para eles. Joana acompanhava sua patroa, que era muito piedosa e católica, em suas visitas aos doentes e aos pobres. Aos 25 anos, Joana deixou sua cidade para ser enfermeira no Hospital Santo Estevão. Nesse meio tempo, entrou para a Ordem Terceira, fundada no século XVII por São João Eudes. Em 1823, ela deixou o hospital e foi trabalhar como cuidadora de uma senhora de 72 anos de idade, Francisca Aubert Lecog, trabalho que fez por doze anos. As duas alugaram uma pequena propriedade junto com Virginia Tredaniel, uma órfã de 17 anos e fundaram uma comunidade católica de oração, começaram a dar catequese para as crianças e a cuidar de pobres e outros necessitados, até a morte de Lecog. Joana começou uma campanha junto à população para conseguir dinheiro, conseguindo sensibilizar uma rica comerciante e, com essa ajuda, conseguiu comprar um antigo convento. Este convento se tornou a casa mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, na qual Joana fundou o seu próprio carisma: “a doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e de outras dificuldades”. Joana morreu em 29 de agosto de 1879, na casa mãe de Pern, França. As Irmãzinhas dos Pobres tinham quase duas mil e quinhentas irmãs, com cento e setenta e sete casas em dez países. Ela foi sepultada na casa de Pern. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 3 de outubro de 1982 e canonizada em 11 de outubro de 2009, pelo Papa Bento XVI.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho0
Reflexão:
Santa Joana Maria da Cruz é um
modelo para aqueles que cuidam dos pobres, dos doentes e dos idosos. Para todos
os que se sentem ansiosos nestes tempos econômicos difíceis, ela oferece um
convite a viver as bem-aventuranças, confiando na providência de Deus. Ela nos
ensina a fazer tudo através do amor. Ela é uma santa amiga dos pobres e dos
idosos! Que Santa Joana Maria da Cruz nos ajude a refletir em como a sociedade
muitas vezes descarta os idosos e não reconhece o seu valor. Que através de sua
intercessão, os idosos possam ser acolhidos e valorizados em toda a sociedade,
mas principalmente dentro da Igreja.
TJL – A12.COM – ACIDIGITAL.COM – EVANGELI.NET
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