terça-feira, 15 de agosto de 2023

bom dia evangelho - 16. agosto. 023

 

Bom Dia Evangelho


16 de agosto  de 2023

Quarta-feira da 19ª semana do Tempo Comum

Oração: Senhor Deus, Médico dos Médicos, que nos destes a cura do pecado pela Redenção de Jesus, concedei-nos que por intercessão de São Roque sejamos efetivamente encontrados mortos para este mundo, e ao voltar para a nossa verdadeira moradia Celeste numa jornada de amor e auxílio ao próximo, nos reconheçam à Vossa porta por termos carregado, no trajeto, o sinal da Cruz marcado no coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 18,15-20):

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganhado o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles».

«Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! (...) Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles»Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje, neste breve fragmento do Evangelho, o Senhor nos ensina três importantes modos de proceder que frequentemente se ignoram.
Compreensão e advertência com o amigo ou o colega. Faça-o ver, com discrição e reservadamente («tu e ele a sós»), com claridade («vai corrigi-lo»), o seu comportamento equivocado para que acerte o seu caminho na vida. Acudir à colaboração de um amigo, se a primeira tentativa não deu certo. E, se nem assim se consegue a sua conversão e, se seu pecar escandaliza, não duvide em exercer a denúncia profética e pública, que hoje pode ser uma carta ao diretor de uma publicação, uma manifestação pública ou um cartaz. Esta maneira de proceder é uma exigência que pesa para o mesmo que a prática, e que frequentemente é ingrata e incômoda. Por tudo isso é mais fácil escolher o que chamamos equivocadamente de “caridade cristã” e, que costuma ser puro escapismo, comodidade, covardia, falsa tolerância. Na verdade, «está reservada a mesma pena para os que fazem o mal e para aqueles que o consentem» (São Bernardo).
Todo cristão tem o direito de solicitar dos nossos sacerdotes o perdão de Deus e da sua Igreja. O psicólogo, em um determinado momento, pode apaziguar o seu estado de ânimo; o psiquiatra em um ato médico pode conseguir vencer um transtorno endógeno. Ambas as atitudes são muito úteis, mas insuficientes para determinadas situações. Só Deus é capaz de perdoar, apagar, esquecer, pulverizar destruindo o pecado pessoal. E só, sua Igreja pode atar ou desatar comportamentos, transcendendo a sentença no céu. E com isso gozar da paz interior e começar a ser feliz.
Nas mãos e palavras do sacerdote está o privilégio de tomar o pão e que Jesus - Eucaristia seja realmente presença e alimento. Qualquer discípulo do Reino pode unir-se a outro, ou melhor, pode unir-se a muitos e, com fervor, Fé, coragem e Esperança, submergir no mundo e convertê-lo em verdadeiro corpo do Jesus - Místico. E, na sua companhia acudir a Deus Pai que escutará às suas súplicas, pois seu Filho comprometeu-se a isso: «pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles» (Mt 18,20).

São Roque

Roque nasceu por volta do ano de 1295, provavelmente em Montpellier, na França. O sobrenome do pai era Rog, daí o nome Roque. Tinha como sinal de nascença uma cruz no peito. A família era nobre e abastada, e sua vida foi consequência de muitas orações da sua mãe, que, já mais idosa, ainda não tinha filhos. Suas preces a Nossa Senhora foram atendidas, e Roque foi educado na devoção à Santíssima Virgem. A época era de grandes dificuldades. Disputas internas e externas na Igreja tinham levado o papado de Roma para Avignon, no sudeste da França (em 1305, com Clemente V), onde ficou por 70 anos. Graves heresias confundiam e afastavam os fiéis: os cátaros ou albigenses (que propunham entre outras coisas a existência de dois deuses, um bom e um mal), os patarinos (“perturbadores”, heresia surgida em Milão a partir de críticas válidas à simonia na Igreja – “venda” de bênçãos – e que se desvirtuou em fanatismo intolerante contra a validade dos Sacramentos ministrados por sacerdotes que não fossem “puros”, entre outros aspectos), os valdenses (de Pedro Valdo, a partir de Lyon, França, que só admitia a pobreza absoluta e negava a autoridade papal, entre outros pontos), os beguardos (provavelmente da palavra saxônica beg, mendigar; inicialmente em Flandres, região que fica atualmente quase toda na região da Bélgica, era um movimento de mulheres cenobíticas, que se desvirtuou em movimentos que só admitiam a mendicância e não aceitavam a autoridade papal). Por fim, grassava a peste negra (a maior pandemia da História, de peste bubônica, de origem bacteriana, que dizimou entre 75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia, com maior surto entre 1347 e 1353 na Europa). Órfão dos pais aos 15 anos, Roque herdou grande fortuna, mas para viver como o Cristo, na pobreza, confiou todos os bens a um tio e seguiu como mendigo para Roma. No trajeto, demorou-se em várias localidades para socorrer vítimas da peste negra, que muitas vezes viviam em povoados isolados para não contaminar os demais, apenas esperando a morte. Roque adquiriu o dom da cura e operou inúmeros milagres. Depois de dois anos chegou à Cidade Eterna, onde passou três dias rezando diante dos túmulos de São Pedro e São Paulo. Cuidou dos doentes ali por três anos, e inciou o regresso para casa pelo mesmo caminho anterior. Em Piacenza, novamente auxiliando os empesteados, foi contaminado. Decidiu então retirar-se sozinho para um bosque, próximo a Sarmato, entregando-se à Providência divina. Diariamente, um cachorro passou a lhe trazer um pão. O seu dono acabou por seguir o animal, que regularmente se ausentava, e encontrou Roque, a quem ajudou. O santo ficou curado por intercessão divina, e dispôs-se a continuar sua viagem para Montpellier. Em Aguapendente, região da Toscana, na Itália, a sua simples presença curou a epidemia em toda a cidade, o mesmo acontecendo em Cesena e outros lugares. Muitos eram curados simplesmente quando Roque lhes fazia o sinal da cruz. A região de Montpellier estava em guerra, e Roque, nas proximidades, foi tomado por espião e encarcerado. Durante cinco anos, apesar dos sofrimentos e humilhações, pregou e converteu outros prisioneiros, auxiliando-os como podia. Em 16 de agosto de 1327, foi encontrado morto na cela. O carcereiro, que era manco, tocou-o com o pé para verificar se apenas dormia, e ficou imediatamente curado. Ao prepararem o corpo para o sepultamento, foi identificado pela marca da cruz no peito. No Concílio de Constance, Suíça (1414 – 1418), tendo os participantes sido acometidos pela peste negra, foi proposta uma procissão pública penitencial, sob a proteção de são Roque. Antes mesmo de terminada, todos estavam curados. São Roque é invocado como padroeiro contra as pestes, dos inválidos, e também dos cachorros. No Brasil, principalmente por conta dos imigrantes italianos, várias são as dioceses, cidades e igrejas dedicadas ao santo, e justamente na cidade de São Roque, interior de São Paulo, encontra-se a principal Igreja a ele consagrada, com uma relíquia do seu braço.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Tjl – a12.com – evangeli.net – acidigital.com

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