20ª Caminhada com Maria em Fortaleza. Foto: Instagram/Arquidiocese de Fortaleza - FORTALEZA, 16 Ago. 23 / 04:21 pm (ACI).- Cerca de 1 milhão de fiéis celebraram ontem (15) Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Fortaleza (CE), com a “Caminhada com Maria”, pela primeira vez depois de três anos das medidas impostas contra a pandemia de covid-19. Foi a 20ª edição do evento. “Retomamos nossa caminhada presencial depois de um tempo de pandemia com suas apreensões e restrições” disse o arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Aparecido Tosi. “Assim somos chamados a olhar os sinais externos do caminhar para percebê-lo e vivê-lo no seu espírito, no seu significado mais verdadeiro: o caminhar da vida no Amor de Deus!”.
Oração: Oh Senhor, que todos os anos nos alegrais com
a festa do vosso santo confessor Jacinto, concedei-nos que, enquanto celebramos
a sua festa, imitemos também as suas ações. Por Cristo, Nosso Senhor, amém.
Evangelho (Mt 18,21—19,1):
Naquele tempo, Pedro dirigiu-se
a Jesus perguntando: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar
contra mim? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Digo-te, não até sete vezes,
mas até setenta vezes sete vezes. O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que
resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe
um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com que
pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os
filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. O servo, porém, prostrou-se
diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante
disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida.
»Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia
uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o
que me deves’. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência
comigo, e eu te pagarei’. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na
prisão, até que pagasse o que estava devendo. Quando viram o que havia
acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe
contaram tudo. Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo
malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu
também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? O senhor
se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a
sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um
não perdoar de coração ao seu irmão».
Quando terminou essas palavras, Jesus deixou a Galiléia e foi para a região da
Judéia, pelo outro lado do Jordão.
«Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?» Rev. D. Joan BLADÉ i Piñol(Barcelona, Espanha)
Hoje, perguntar «quantas vezes
devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?» (Mt 18,21), é também perguntar:
Estes a quem tanto amo, os vejo com tantas manias e caprichos que me chateiam,
que me incomodam com frequência, não falam comigo... E isto se repete este dia
e no outro dia. Senhor, até quando tenho que aguentar isso?
Jesus responde com a lição de paciência. Na realidade, os dois devedores
coincidem quando dizem: «Tem paciência comigo» (Mt 18,26.29). Mas, enquanto o
descontrole do malvado, que já ia sufocando o outro por pouca coisa, lhe
ocasionaria a ruína moral e econômica, a paciência do rei, não só salva o
devedor, sua família e os bens, como engrandece a personalidade do monarca e
gera confiança na corte. A reação do rei, nos lábios de Jesus, nos recorda o
livro dos Salmos: «Mas em ti se encontra o perdão, para seres venerado com
respeito» (Sal 130,4).
Está claro que precisamos nos opor à injustiça, e, se necessário, energicamente
(suportar o mal seria um indício de apatia ou covardia). Mas, a indignação é
saudável quando nela não há egoísmo, nem ira, nem sandice, senão o desejo reto
de defender a verdade. A autêntica paciência é a que nos leva a suportar
misericordiosamente a contradição, a debilidade, as doenças, as faltas de
oportunidade das pessoas, dos acontecimentos ou das coisas. Ser paciente
equivale a dominar-se a si mesmo. As pessoas susceptíveis ou violentas não
podem ser pacientes porque nem pensam nem são donos de si mesmos.
A paciência é uma virtude cristã porque faz parte da mensagem do Reino dos
Céus, e se forja na experiência de que todos nós temos defeitos. Se Paulo nos
exorta a nos suportarmos uns aos outros (cf. Col 3,12-13), Pedro nos recorda
que a paciência do Senhor nos dá a oportunidade de nos salvarmos (cf. 2 Pe
3,15).
Certamente, quantas vezes a paciência do bom Deus nos perdoou no
confessionário! Sete vezes? Setenta vezes sete? Quiçá mais!
São Jacinto nasceu na Silésia, atual Polônia, em 1183, era sobrinho do bispo da Cracóvia. É conhecido como o apóstolo da Polônia e da Rússia. Ele recebeu uma educação cristã, aprendendo desde cedo a viver a caridade e as virtudes. Com essa educação, sua vocação religiosa foi se concretizando. Estudou direito e teologia em Cracóvia, Praga e Bolonha e foi ordenado sacerdote e depois cônego da catedral de Cracóvia. Em Roma, conheceu São Domingos de Gusmão e entrou na Ordem dos Pregadores. Um ano depois foi enviado por Domingos para evangelizar a Polônia, onde fundou duas casas, e pregou por todo o Oriente. Trabalhou para a união das Igrejas do Oriente e do Ocidente chegando até Kiev, Ucrânia, onde desenvolveu uma missão evangelizadora levando a Ordem dos Dominicanos para aquela região. São Jacinto fundou Mosteiros Dominicanos na Ucrânia, na sua Polônia, e foi um incansável pregador da palavra de Cristo. Por onde ele passava, multidões se convertiam, segundo Alban Butler, 120 mil pagãos e infiéis foram batizados por ele. Fez muitos milagres em vida e, em Cracóvia, um jovem voltou a viver após a sua intercessão. Butler conta em seu livro “Vida dos Santos”, que quando os tártaros saquearam a cidade de Kiev, São Jacinto estava lá e só soube depois que rezou a Missa. Ainda com as vestes litúrgicas, pegou o cibório e foi para fora da igreja. Ao passar por uma imagem de Maria, uma voz lhe disse: “Jacinto, meu filho, por que me abandonas? Leva-me contigo e não me deixes na companhia de meus inimigos”. A imagem era muito pesada, mas quando Jacinto a pegou, estava muito leve, então, ele saiu carregando o cibório e a imagem de Nossa Senhora e caminhou sobre as águas do rio Dnieper sem molhar os pés. São Jacinto foi um grande pregador da Eucaristia e da Adoração do Santíssimo Sacramento, morreu em 1257 e ficou conhecido como padroeiro da Lituânia como nomeou o Papa Inocêncio XI, ele foi canonizado em 1594 pelo Papa Clemente VIII.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: São Jacinto é conhecido pelo amor à Eucaristia
e por arriscar a própria vida para não permitir que fosse profanada. Os muitos
milagres e feitos extraordinários brotam do seu amor a Jesus na Eucaristia,
reconhecendo-o como o Senhor da sua vida. Desse amor, dessa devoção brotam a
evangelização e a pregação. Que a fé vivida e compartilhada de São Jacinto seja
um exemplo para cada um de nós, para que a partir do nosso encontro com o
Senhor possamos pregar com zelo o Evangelho a todos.
TJL = ACIDIGITAL.COM –
EVANGELI.NET – A12.COM
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