Missa de abertura da JMJ 2023 em Lisboa,
Portugal / Sebastiao Roxo JMJ Lisboa 2023
Lisboa, 01 Ago. 23 / 04:04 pm (ACI).- O patriarca de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, recordou hoje (1) na missa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que quando falou com o papa Francisco sobre o tema desta jornada, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, Francisco destacou a diferença entre partir com pressa e com ansiedade. “Quando disse ao papa Francisco que era este precisamente o lema da nossa Jornada [...], ele logo acrescentou que sim, apressadamente mas não ansiosamente. Na verdade, a ânsia é do que ainda não temos e pretendemos inquietos. A pressa é diferente, é partilhar o que já nos leva. Por isso é uma urgência serena e sem atropelo”.
Oração: Deus de amor e providência, que nos
consagrastes para a vida celeste, Concedei-nos pela intercessão de Santo
Eusébio resistir como ele aos conciliábulos do erro, de modo a que não
permaneçamos ilhados de Vós num martírio infinito e inglório, mas pelo estudo
dos santos textos, do serviço de caridade ao próximo e no trabalho de segurar
nas nossas almas o alimento Eucarístico da verdadeira Vida, participemos do
sínodo permanente a que nos convocais no Paraíso. Por Nosso Senhor Jesus Cristo
e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 13,44-46)
Naquele tempo, Jesus disse às
pessoas: «O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o
encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os
seus bens e compra aquele campo.
»O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao
encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela
pérola».
«Vai vender todos os seus bens e compra aquele campo» - Rev. D. Enric CASES i Martín(Barcelona, Espanha)
Hoje, Mateus põe à nossa consideração
duas parábolas sobre o Reino dos Céus. O anúncio do Reino é essencial na
prédica de Jesus e na esperança do povo eleito. Mas é notório que a natureza
desse Reino não era entendida pela maioria. Não a entendia o sinédrio que o
condenaram à morte, não a entendiam Pilatos, nem Herodes, também não a
entenderam de início os próprios discípulos. Só se encontra uma compreensão
como a que Jesus pede ao bom ladrão, cravado junto dele na Cruz, quando lhe
diz: «Jesus, Lembra-te de mim quando estiveres no teu Reino» (Lc 23,42). Ambos
tinham sido acusados como malfeitores e estavam quase a morrer; mas, por um
motivo que desconhecemos, o bom ladrão reconhece Jesus como Rei de um Reino que
virá depois daquela terrível morte. Só podia ser um Reino espiritual.
Jesus, na sua primeira prédica, fala do Reino como um tesouro escondido cuja
descoberta causa alegria e estimula à compra do campo para poder gozar dele
para sempre: «cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele
campo» (Mt 13,44). Mas, ao mesmo tempo, alcançar o Reino requer procurá-lo com
interesse e esforço, ao ponto de vender tudo o que se possui: «Ao encontrar uma
de grande valor, ele vai vende todos os bens e compra aquela pérola» (Mt
13,46). «A propósito de que se diz buscai e quem busca. Encontra? Arrisco a
ideia de que se trata das perolas e a pérola, pérola que adquire o que deu tudo
e aceitou perder tudo» (Orígenes).
O Reino é de paz, amor justiça e liberdade. Alcançá-lo é, por um lado, dom de
Deus e por outro lado, responsabilidade humana. Diante da grandeza do dom
divino constatamos a imperfeição e instabilidade dos nossos esforços, que às
vezes ficam destruídos pelo pecado, as guerras e a malicia que parecem
insuperáveis. Não obstante, devemos ter confiança, pois o que parece impossível
para o homem é possível para Deus.
Eusébio nasceu na ilha da Sardenha, Itália, em 283. Seu pai morreu na perseguição aos cristãos do imperador Diocleciano, depois do que sua mãe o levou para Roma, onde completou seus estudos eclesiásticos. Foi ordenado sacerdote e eleito reitor na cidade, vivendo ali por algum tempo e mudando-se posteriormente para Vercelle (atual Vercelli) no Piemeonte. Foi consagrado bispo desta diocese entre 340-345. Segundo Santo Ambrósio, ele foi o primeiro bispo do Ocidente a unir a vida monástica à clerical, convivendo com o clero numa vida inspirada nos cenobitas orientais, com o estudo dos santos livros, o serviço nas paróquias e trabalhando manualmente para prover a própria subsistência. Esta concepção inspirou as futuras comunidades de cônegos regulares na Igreja. Em 355 participou, forçado pelo imperador Constâncio, ariano, do Concílio de Milão; previa que os hereges não aceitariam os decretos do Concílio de Nicéia (que condenavam o arianismo) e por isso perseguiriam Santo Atanásio, defensor da verdadeira Fé. De fato, sua participação foi exigida, mas somente depois que um documento contra Santo Atanásio já estivesse redigido, e apenas para obter nele a sua assinatura de concordância. Por se recusar a isto, foi exilado, inicialmente em Citópolis na Síria, onde foi cruelmente tratado pelo bispo ariano Patrófilo. Ali foi preso e isolado de comunicação com os católicos, sofrendo castigos físicos e psicológicos. Os protestos veementes do povo, ao tomar conhecimento do fato, levaram à sua libertação, e ele foi mandado para a Capadócia na Turquia, e de lá para o deserto de Tebaida, no Egito. Ficou ali até 362, quando o novo imperador, Juliano o Apóstata, permitiu que bispos presos retornassem às suas dioceses. Contudo Eusébio ainda permaneceu no Oriente. Com Santo Atanásio, convocou o Sínodo de 362 em Alexandria, para novamente defender a Fé contra os arianos. Pregou depois em Antioquia e na Ilíria, voltando a Vercelle em 363. Ajudou então Santo Hilário de Poitiers na supressão do arianismo na Igreja Ocidental. Faleceu em Vercelle em 1 de agosto de 371, e é considerado mártir da Igreja, em função não de morte cruenta, mas dos seus sofrimentos que incluíram exílios e torturas em defesa da verdadeira Fé.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Defender os santos e a santidade também nos
santifica. Muitas são as heresias deste mundo, que sempre pressiona e pune os
que buscam e vivem a Verdade e a convivência harmoniosa numa comunidade de
obediência a Deus. Este mundo é de fato um exílio e um deserto, não nosso lar
definitivo, e como Santo Eusébio devemos estar dispostos a não nos apegarmos e
cedermos às propostas de uma passageira hospedagem – um hotel com uma ou muitas
“estrelas” de qualidade – que inevitavelmente fechará suas portas e dos quais serão
encerradas e pagas as contas. Ao contrário, para evitar o calor insuportável de
um deserto e exílio definitivo, subamos à Barca de Pedro que é a Igreja
Católica e sigamos a Estrela do Mar que é Nossa Senhora, assinando o nome de
nossas almas somente no documento da Cruz salvadora do Senhor.
Tjl – a12.com – evangeli.net –
acidigital.com
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