terça-feira, 1 de agosto de 2023

bom dia evangelho - 2. agosto. 023

 

Bom dia evangelho


02 de agosto de 2023 - Quarta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Missa de abertura da JMJ 2023 em Lisboa, Portugal / Sebastiao Roxo JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 01 Ago. 23 / 04:04 pm (ACI).- O patriarca de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, recordou hoje (1) na missa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que quando falou com o papa Francisco sobre o tema desta jornada, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, Francisco destacou a diferença entre partir com pressa e com ansiedade. “Quando disse ao papa Francisco que era este precisamente o lema da nossa Jornada [...], ele logo acrescentou que sim, apressadamente mas não ansiosamente. Na verdade, a ânsia é do que ainda não temos e pretendemos inquietos. A pressa é diferente, é partilhar o que já nos leva. Por isso é uma urgência serena e sem atropelo”.

Oração: Deus de amor e providência, que nos consagrastes para a vida celeste, Concedei-nos pela intercessão de Santo Eusébio resistir como ele aos conciliábulos do erro, de modo a que não permaneçamos ilhados de Vós num martírio infinito e inglório, mas pelo estudo dos santos textos, do serviço de caridade ao próximo e no trabalho de segurar nas nossas almas o alimento Eucarístico da verdadeira Vida, participemos do sínodo permanente a que nos convocais no Paraíso. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mt 13,44-46)

Naquele tempo, Jesus disse às pessoas: «O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo.
»O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola».

«Vai vender todos os seus bens e compra aquele campo» - Rev. D. Enric CASES i Martín(Barcelona, Espanha)

Hoje, Mateus põe à nossa consideração duas parábolas sobre o Reino dos Céus. O anúncio do Reino é essencial na prédica de Jesus e na esperança do povo eleito. Mas é notório que a natureza desse Reino não era entendida pela maioria. Não a entendia o sinédrio que o condenaram à morte, não a entendiam Pilatos, nem Herodes, também não a entenderam de início os próprios discípulos. Só se encontra uma compreensão como a que Jesus pede ao bom ladrão, cravado junto dele na Cruz, quando lhe diz: «Jesus, Lembra-te de mim quando estiveres no teu Reino» (Lc 23,42). Ambos tinham sido acusados como malfeitores e estavam quase a morrer; mas, por um motivo que desconhecemos, o bom ladrão reconhece Jesus como Rei de um Reino que virá depois daquela terrível morte. Só podia ser um Reino espiritual.
Jesus, na sua primeira prédica, fala do Reino como um tesouro escondido cuja descoberta causa alegria e estimula à compra do campo para poder gozar dele para sempre: «cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo» (Mt 13,44). Mas, ao mesmo tempo, alcançar o Reino requer procurá-lo com interesse e esforço, ao ponto de vender tudo o que se possui: «Ao encontrar uma de grande valor, ele vai vende todos os bens e compra aquela pérola» (Mt 13,46). «A propósito de que se diz buscai e quem busca. Encontra? Arrisco a ideia de que se trata das perolas e a pérola, pérola que adquire o que deu tudo e aceitou perder tudo» (Orígenes).
O Reino é de paz, amor justiça e liberdade. Alcançá-lo é, por um lado, dom de Deus e por outro lado, responsabilidade humana. Diante da grandeza do dom divino constatamos a imperfeição e instabilidade dos nossos esforços, que às vezes ficam destruídos pelo pecado, as guerras e a malicia que parecem insuperáveis. Não obstante, devemos ter confiança, pois o que parece impossível para o homem é possível para Deus.

Santo Eusébio

Eusébio nasceu na ilha da Sardenha, Itália, em 283. Seu pai morreu na perseguição aos cristãos do imperador Diocleciano, depois do que sua mãe o levou para Roma, onde completou seus estudos eclesiásticos. Foi ordenado sacerdote e eleito reitor na cidade, vivendo ali por algum tempo e mudando-se posteriormente para Vercelle (atual Vercelli) no Piemeonte. Foi consagrado bispo desta diocese entre 340-345. Segundo Santo Ambrósio, ele foi o primeiro bispo do Ocidente a unir a vida monástica à clerical, convivendo com o clero numa vida inspirada nos cenobitas orientais, com o estudo dos santos livros, o serviço nas paróquias e trabalhando manualmente para prover a própria subsistência. Esta concepção inspirou as futuras comunidades de cônegos regulares na Igreja. Em 355 participou, forçado pelo imperador Constâncio, ariano, do Concílio de Milão; previa que os hereges não aceitariam os decretos do Concílio de Nicéia (que condenavam o arianismo) e por isso perseguiriam Santo Atanásio, defensor da verdadeira Fé. De fato, sua participação foi exigida, mas somente depois que um documento contra Santo Atanásio já estivesse redigido, e apenas para obter nele a sua assinatura de concordância. Por se recusar a isto, foi exilado, inicialmente em Citópolis na Síria, onde foi cruelmente tratado pelo bispo ariano Patrófilo. Ali foi preso e isolado de comunicação com os católicos, sofrendo castigos físicos e psicológicos. Os protestos veementes do povo, ao tomar conhecimento do fato, levaram à sua libertação, e ele foi mandado para a Capadócia na Turquia, e de lá para o deserto de Tebaida, no Egito. Ficou ali até 362, quando o novo imperador, Juliano o Apóstata, permitiu que bispos presos retornassem às suas dioceses. Contudo Eusébio ainda permaneceu no Oriente. Com Santo Atanásio, convocou o Sínodo de 362 em Alexandria, para novamente defender a Fé contra os arianos. Pregou depois em Antioquia e na Ilíria, voltando a Vercelle em 363. Ajudou então Santo Hilário de Poitiers na supressão do arianismo na Igreja Ocidental. Faleceu em Vercelle em 1 de agosto de 371, e é considerado mártir da Igreja, em função não de morte cruenta, mas dos seus sofrimentos que incluíram exílios e torturas em defesa da verdadeira Fé.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Defender os santos e a santidade também nos santifica. Muitas são as heresias deste mundo, que sempre pressiona e pune os que buscam e vivem a Verdade e a convivência harmoniosa numa comunidade de obediência a Deus. Este mundo é de fato um exílio e um deserto, não nosso lar definitivo, e como Santo Eusébio devemos estar dispostos a não nos apegarmos e cedermos às propostas de uma passageira hospedagem – um hotel com uma ou muitas “estrelas” de qualidade – que inevitavelmente fechará suas portas e dos quais serão encerradas e pagas as contas. Ao contrário, para evitar o calor insuportável de um deserto e exílio definitivo, subamos à Barca de Pedro que é a Igreja Católica e sigamos a Estrela do Mar que é Nossa Senhora, assinando o nome de nossas almas somente no documento da Cruz salvadora do Senhor.

Tjl – a12.com – evangeli.net – acidigital.com

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