segunda-feira, 14 de agosto de 2023

bom dia evangelho - 15 de agosto de 2023

 

Bom dia evangelho


15 de agosto de 2023 - 15 de agosto: Assunção de Virgem santa Maria

Oração: Nossa Senhora, Mãe querida, que estais junto a Deus e sois o nosso único caminho para Jesus, obtende-nos Dele a graça de, como São Tarcísio, dar a vida a Seu serviço, pelo martírio se da vontade do Pai, ou pela fidelidade heróica ao Senhor nos afazeres do dia a dia. São Tarcísio, rogai por nós. Amém.

Evangelho (Lc 1,39-56)

 Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».
Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre». Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

«A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

Dom Josep ALEGRE Abade emérito de Santa Mª Poblet(Tarragona, Espanha)

Hoje celebramos a solenidade da Assunção de Santa Maria em corpo e alma aos Céus. «Hoje diz São Bernardo sobe ao Céu a Virgem cheia de glória e enche de gozo os cidadãos celestes». E acrescentará essas preciosas palavras: «Que presente mais maravilhoso nossa terra envia hoje ao Céu! Com esse gesto sublime de amizade que é dar e receber se fundem o humano e o divino, o terreno e o celeste, o humilde e o nobre. O fruto mais escolhido da terra está aí, de onde procedem as melhores dádivas, e as oferendas, de maior valor. Elevadas às alturas, a Virgem Santa esbanjará suas graças aos homens».
A primeira graça é a Palavra, que Ela soube guardar com tanta fidelidade no coração e fazê-la frutificar desde seu profundo silêncio acolhedor. Com esta Palavra em seu espaço interior, gerando a Vida em seu ventre para os homens, «Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel» (Lc 1,39-40). A presença de Maria fez a alegria transbordar: «Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre» (Lc 1,44), exclama Isabel.
Principalmente, nos faz o dom de seu louvor, sua mesma alegria feita canto, seu Magníficat: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador...» (Lc 1,46-47). Que presente mais formoso nos devolve hoje o céu com o canto de Maria, feito Palavra de Deus! Neste canto achamos os indícios para aprender como se fundem o humano e o divino, o terreno e o celeste, e chegar a responder como Ela ao presente que nos faz Deus em seu Filho, através de sua Santa Mãe: para ser um presente de Deus para o mundo e, amanhã, um presente de nossa humanidade a Deus, seguindo o exemplo de Maria, que nos precede nesta glorificação à qual estamos destinados.

Assunção de Nossa Senhora e São Tarcísio

A Virgem Maria está associada plenamente à Paixão de Jesus Cristo, Seu Filho, e por isso também Ela passou pela morte corporal, para ressuscitar como Ele. Contudo, como Mãe de Deus, teve o privilégio de não ter o corpo maltratado ou corrompido. Entende-se que após Sua morte Ela foi imediatamente elevada ao Céu, sem qualquer dano físico. De fato, até o século VII a igreja comemorava a Sua entrada no Céu como a festa da “Dormição” de Nossa Senhora, uma referência à suavidade do Seu falecimento, oficializada no Oriente por edito do imperador bizantino Maurício; neste mesmo século, em 687, passou a ser comemorada também no Ocidente pelo Papa Sérgio I, de origem oriental. No século VIII o nome mais explícito de “assunção” passou a ser adotado. “Assunção” e não “ascensão”, porque Ela, ao contrário de Jesus, não subiu ao Paraíso por Seu próprio poder, mas sim pelo poder de Deus. O Dogma da Assunção de Maria foi proclamado em 1950 pelo Papa Pio XII, na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Supõe-se que Nossa Senhora estivesse com idade entre 50 e 60 anos quando faleceu, muito provavelmente antes da dispersão dos Apóstolos e da perseguição promovida por Herodes Agripa no ano 42 ou 44. Uma antiga tradição indica como local a mesma casa da Última Ceia e da descida das línguas de fogo do Espírito Santo sobre os Apóstolos (cf. Mt 26,17-19 e At 2,1-4), e que os anjos Gabriel e Miguel a levaram ao Céu. São Bernardo e São Francisco de Sales sugerem que Maria morreu de amor, pelo desejo de estar diretamente com Jesus; que este tenha sido um dos motivos é mais que provável, mas o certo é que Deus A levou apenas quando a Sua missão nesta Terra foi completada – após a Ascensão do Senhor, Nossa Senhora ainda muito teve que auxiliar os Apóstolos e a Igreja Católica que nascia como instituição. Esta Igreja crescia sob cruéis perseguições, como anunciara o Cristo (“Se o mundo vos odeia, lembrai-vos que Me odiou antes. (…) Lembrai-vos do que Eu vos disse: o servidor não é maior do que o seu mestre. Se a Mim Me perseguiram, também a vós perseguirão”, cf. Jo 15,18.20). Em 257 ocorreu a nona perseguição do Império Romano aos cristãos, sob o imperador Valeriano, e neste “século dos mártires”, sob o pontificado de Sisto II, mártir, também martirizado foi São Lourenço, seu diácono e muitos outros. A Igreja de Roma contava então com 50 sacerdotes, sete diáconos e cerca de 50 mil fiéis, quase todos dizimados por ódio à Fé. Os fiéis presos desejavam a Comunhão antes de morrer, mas o acesso a eles era praticamente impossível e extremamente perigoso. Nesta circunstância Tarcísio, um jovem de 12 anos acólito do Papa Sisto II, ofereceu-se para tentar levar a Sagrada Eucaristia aos que esperavam a execução, alegando que a sua juventude não despertaria suspeitas. O Papa o admoestou, mas, confiando no seu valor, entregou-lhe um recipiente com Hóstias Consagradas para os encarcerados. Durante o trajeto, alguns rapazes o interromperam por qualquer pretexto, e notando que ele procurava continuar, quiseram saber por que e em seguida o que ele levava na mão. Tarcísio não respondeu e logo eles se tornaram violentos, tentado abrir-lhe a mão à força, e começando a lhe bater e apedrejar. Contudo ele segurava as Hóstias com tal firmeza que não foi possível tomá-las, mesmo quando caiu ao chão. Há duas versões dos acontecimentos seguintes. Uma diz que Tarcísio morreu ali e nada foi encontrado com ele, pois seu corpo havia se tornado um com a Eucaristia, uma única hóstia imaculada, oferecida a Deus; outra diz que Tarcíso foi socorrido por um oficial ou soldado romano, cristão, chamado Quadrato, a quem entregou as Hóstias antes de morrer. O certo é que seu corpo foi recolhido por um militar romano, ocultamente cristão, e sepultado nas catacumbas. O Papa Dâmaso I (366-384) mandou colocar no seu túmulo a data da sua morte, 15 de agosto de 257, e a seguinte inscrição: “Enquanto um criminoso grupo de fanáticos se atirava sobre Tarcísio que levava a Eucaristia, o jovem preferiu perder a vida, antes que deixar aos raivosos o Corpo de Cristo". São Tarcísio é o Padroeiro dos Coroinhas ou Acólitos, isto é, dos que servem no altar ajudando o sacerdote durante a Missa.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Tjl – a12.com – evangeli.net – acidigital.com

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