REDAÇÃO CENTRAL, 13 Ago. 23 / 07:00 am (ACI).- Na Igreja Católica, houve homens que, em diferentes épocas, deram
testemunho de uma verdadeira e santa paternidade. Por ocasião do Dia dos Pais,
apresentamos alguns pais de família que alcançaram a santidade- https://www.acidigital.com/noticias/dia-dos-pais-seis-pais-de-familia-catolicos-que-alcancaram-a-santidade-17998
Oração: Senhor Deus dos Exércitos, que nos protegeis
pela Onipotência Suplicante de Vossa e nossa Mãe, concedei-nos por intercessão
de São Maximiliano Maria Kolbe a sua mesma devoção e entrega a Maria, para que,
despindo-nos do orgulho e prepotência que desejam conquistar este mundo, os
troquemos pelo vigor do apostolado mariano, e montados nos ginetes das
virtudes, no momento de desocupar a pequena cela deste corpo cavalguemos
seguros para o Paraíso. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mt 17,22-27):
Quando estava reunido com
os discípulos na Galiléia, Jesus lhes disse: «O Filho do Homem vai ser entregue
às mãos dos homens, e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará». E os
discípulos ficaram extremamente tristes.
Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se
de Pedro e perguntaram: «O vosso mestre não paga o imposto do templo?». Pedro
respondeu: «Paga, sim!». Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou:
«Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do
próprio povo ou dos estranhos?». Ele respondeu: «Dos estranhos!» — «Logo os
filhos estão isentos», retrucou Jesus, «mas, para não escandalizar essa gente,
vai até o lago, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali
encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por
mim e por ti».
«Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia» - P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.(Barcelona, Espanha)
Hoje, a liturgia oferece-nos
diferentes possibilidades para nossa consideração. Entre elas, podemos
deter-nos em algo que está presente no texto todo: o trato familiar de Jesus
com os discípulos.
Diz São Mateus que Jesus «estava reunido com os discípulos na Galileia» (Mt
17,22). Pareceria evidente, mas o fato de mencionar que estavam juntos
demonstra a proximidade de Cristo. Depois, abre-lhes seu Coração para
confiar-lhes o caminho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, ou seja, algo que
Ele tem no seu interior e, não quer que aqueles que ama tanto, ignorem-no.
Posteriormente, o texto comenta o episódio do pagamento dos impostos, e o
evangelista também nos amostra o trato de Jesus que, coloca-se ao mesmo nível
do que Pedro, contrapondo aos filhos (Jesus e Pedro) isentos de pagar os
impostos e dos estranhos obrigados a pagá-los. Cristo, afinal, mostra-lhe como
conseguir o dinheiro necessário para pagar não só por Ele, mas por os dois e,
evitar ser motivo de escândalo.
Em todos estes fatos descobrimos uma visão fundamental da vida cristã: é o afã
de Jesus por estar conosco. Diz o Senhor no livro dos Provérbios: «alegrando-me
em estar com os filhos dos homens» (Prov 8,31). Como muda, a nossa realidade, o
nosso enfoque da vida espiritual na qual às vezes pomos apenas a atenção nas
coisas que fazemos como se fosse o mais importante! A vida interior deve
centrar-se em Cristo, em seu amor por nós, em sua entrega até a morte por mim,
na sua persistente busca do nosso coração. Muito bem o expressava João Paulo II
em um dos seus encontros com os jovens: o Papa exclamou com voz forte: «Olhe
Ele!».
Raimundo (Raymond) Kolbe nasceu em Zdunska Wola, perto de Lódz, na Polônia, no ano de 1894, quando a Rússia ocupava o país. Seus pais eram operários, pobres materialmente mas ricos na Fé. Aos 13 anos entrou para o Seminário dos Frades Menores Conventuais Franciscanos em Lvov, cidade que por sua vez estava ocupada pela Áustria. Ali destacou-se pelo brilhantismo no estudo e intensa atuação. Foi para Roma completar os estudos, e sua devoção à Virgem Maria o levou a fundar ali, em 1917, o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada", cujos membros devem se consagrar à Virgem Maria e por meio Dela lutar pela edificação do Reino de Deus em todo o mundo, por todos os meios moralmente legítimos. Em 1918 foi ordenado sacerdote e adotou o nome de Maximiliano Maria, em homenagem a São Maximiliano e a Nossa Senhora. Voltou à Polônia para lecionar no seminário franciscano de Cracóvia. Seu profundo amor à Santíssima Virgem e seu enorme empreendedorismo nas comunicações sociais se concretizaram na fundação, quase sem recursos, de uma tipografia em 1922, para a publicação da revista mensal “Cavaleiro da Imaculada”, cujo objetivo era difundir o conhecimento, o amor e o serviço a Maria como meio da conversão das almas a Cristo. A primeira tiragem foi de 500 exemplares; em 1939, já chegara a um milhão. Em seguida criou um periódico semanal, uma revista para crianças e outra para sacerdotes. Depois, uma rádio católica, cuja difusão chegou ao Japão. Em 1929, fundou a primeira “Cidade da Imaculada” no convento franciscano de Niepokalanów, e que viria a se tornar uma cidade consagrada à Virgem Maria. Atendendo a uma solicitação do Papa, ofereceu-se como missionário em 1931, voltando em 1936 à Polônia como diretor espiritual de Niepokalanów. Com o início da Segunda Guerra Mundial, foi preso em 1939 pelos nazistas que invadiram o país e levado com outros frades para campos de concentração na Alemanha e na própria Polônia. Foi solto pouco tempo depois, no dia consagrado à Imaculada Conceição. Em fevereiro de 1941 foi novamente preso e enviado à prisão de Pawiaak, de onde foi transferido para o campo de concentração de Auschwitz. Em agosto, um prisioneiro conseguiu fugir, e em represália os alemães sortearam dez presos para serem mortos cruelmente. Um destes era Francisco Gajowniczek, casado e com filhos, e que por causa da família desesperou-se. O padre Maximiliano Maria Kolbe ofereceu-se então para tomar o seu lugar, e o comandante aceitou. Os condenados foram despidos e fechados numa cela pequena, úmida e escura, para morrer de fome e sede. Depois de duas semanas, além de dois outros de físico privilegiado, só Maximiliano permanecia vivo, por causa das orações e de estar habituado aos jejuns. Querendo desocupar a cela, os soldados alemães injetaram-lhes uma substância mortal, e faleceram em 14 de agosto de 1941. O corpo do padre Maximiliano foi cremado e as cinzas jogadas ao vento. Antes ele escrevera uma carta na qual afirmava: “Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”. São Maximilano Maria Kolbe é o Padroeiro do Século XX, Patrono da Imprensa e mártir da caridade. Na sua canonização, em 1982, estava presente Francisco Gajowniczek.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
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