Bom dia evangelho
29 DE MARÇO
DE 2018
Dia Litúrgico: Quinta-feira Santa (Missa vespertina
da Ceia do Senhor)- Cor Branca - Ano B
Papa abençoa uma criança na Audiência Geral. Foto:
Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 28 Mar.
18 / 09:20 am (ACI).-
O Papa Francisco fez uma pausa no ciclo de catequeses sobre a Missa para
falar do Tríduo Pascal, os três dias chaves da Semana Santa,
que “marcam as etapas fundamentais de nossa fé e de nossa vocação no mundo”.
“Todos os cristãos
são chamados a viver estes três dias santos como, por assim dizer, a ‘matriz’
de sua vida pessoa
e comunitária”, explicou.
“Estes três dias
repropõem ao povo cristão os grandes eventos da salvação realizados por Cristo,
e assim o projetamos no horizonte de seu destino futuro e o reforçam em seu
compromisso de testemunho na história”.
Francisco explicou
que, na manhã de Páscoa, “o canto da Sequência fará ouvir solenemente o anúncio
da ressurreição”. Palavras que contêm “um anúncio de alegria e de esperança,
mas também um apelo à responsabilidade e à missão”.
“Este anúncio é o
centro de nossa fé e da nossa esperança, é o kerigma que continuamente
evangeliza a Igreja e
que, por sua vez, é enviada a evangelizar”.
Também recordou que
“pelo Batismo,
de fato, somos renascidos com Jesus e morrermos para as coisas e a lógica do
mundo. Somos renascidos como criaturas novas: uma realidade que pede tornar-se
existência concreta dia a dia”.
O Papa acrescentou
que “um cristão, se verdadeiramente deixa-se lavar por Cristo, se
verdadeiramente deixa-se despojar por Ele do homem velho para caminhar em uma
vida nova, mesmo permanecendo pecador – porque todos o somos – não pode ser
corrupto; não pode mais viver com a morte na alma, nem ser causa de morte”.
Neste sentido,
sublinhou que “o próximo, sobretudo o menor e mais sofredor, torna-se a face
concreta à qual doar o amor que Jesus nos doou”.
“O mundo se
transforma no espaço de nossa vida de ressuscitado. De pé, e com a cabeça
erguida, podemos compartilhar a humilhação daqueles que ainda hoje, como Jesus,
estão no sofrimento, na nudez, na necessidade, na solidão, na morte, para ser,
garças a Ele e com Ele, instrumento de resgate e de esperança, sinais de vida e
de ressurreição”.
O Papa convidou a
se preparar para estes três dias e “estar sempre mais profundamente inseridos
no mistério de Cristo, morto e ressuscitado por nós”. “Que a Virgem nos obtenha
a graça de estarmos interiormente envolvidos pelas celebrações dos próximos
dias, para que o nosso coração e a nossa vida sejam realmente transformados por
elas”.
ORAÇÃO
Querido Deus de bondade, fortalecei-nos com o dom da fé e dai-nos a
perseverança nas dificuldades da vida. Permita que, pela intercessão de São
Segundo, sejamos coroados com a graça da santidade. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém!
EVANGELHO (JO 13,1-15)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós!
PROCLAMAÇÃO
do Evangelho de Jesus Cristo † segundo por João.
Glória a vós, Senhor!
1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado
a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no
mundo, amou-os até o fim.
2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de
Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus,
sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e
para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e
amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos
discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me
lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais
tarde compreenderás”.
8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus
respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse:
“Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar
senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não
todos”.
11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos
estais limpos”.
12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o
manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de
fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou.
14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar
os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que
eu fiz.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor!
Recadinho: - Quando tenho oportunidade de “lavar os pés” (simbolicamente) de
meu próximo? - Rezo às refeições? - Se rezo, como é minha oração? - Minha presença
transmite paz e alegria ao próximo? - Posso dizer que me sacrifico por meus
irmãos? - Apoio e incentivo os que servem ao próximo com amor?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
«Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei
os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros»
Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo
de Terrassa.
(Barcelona, Espanha)
(Barcelona, Espanha)
Hoje lembramos aquela primeira Quinta-feira Santa
da história, na qual Jesus Cristo se reúne com os seus discípulos para celebrar
a Páscoa. Então inaugurou a nova Páscoa da nova Aliança, na que se oferece em
sacrifício pela salvação de todos.
Na Santa Ceia, ao mesmo tempo que a Eucaristia, Cristo institui o sacerdócio ministerial. Mediante este, poderá se perpetuar o sacramento da Eucaristia. O prefácio da Missa Crismal revela-nos o sentido: «Ele escolhe alguns para fazê-los participes de seu ministério santo; para que renovem o sacrifício da redenção, alimentem a teu povo com a tua Palavra e o reconfortem com os teus sacramentos».
E aquela mesma Quinta-feira, Jesus nos dá o mandamento do amor: «Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» (Jo 13,34). Antes, o amor fundamentava-se na recompensa esperada em troca, ou no cumprimento de uma norma imposta. Agora, o amor cristão fundamenta-se em Cristo. Ele nos ama até dar a vida: essa tem que ser a medida do amor do discípulo, e esse tem que ser o sinal, a característica do reconhecimento cristão.
Mas, o homem não tem a capacidade para amar assim. Não é simplesmente o fruto de um esforço, senão dom de Deus. Afortunadamente, Ele é amor e —ao mesmo tempo— fonte de amor que se nos dá no Pão Eucarístico.
Finalmente, hoje contemplamos o lavatório dos pés. Na atitude de servo, Jesus lava os pés dos Apóstolos, e lhes recomenda que o façam uns aos outros (cf. Jo 13,14).
Há algo mais que uma lição de humildade neste gesto do Mestre. É como uma antecipação, como um símbolo da Paixão, da humilhação total que sofrerá para salvar todos os homens.
O teólogo Romano Guardini diz que «a atitude do pequeno que se inclina ante o grande, ainda não é humildade. É, simplesmente, verdade. O grande que se humilha ante o pequeno, é o verdadeiro humilde». Por isto Jesus Cristo é autenticamente humilde. Ante este Cristo humilde, nossos moldes se quebram. Jesus Cristo inverte os valores humanos e convida-nos a seguí-lo para construir um mundo novo e diferente desde o serviço.
Na Santa Ceia, ao mesmo tempo que a Eucaristia, Cristo institui o sacerdócio ministerial. Mediante este, poderá se perpetuar o sacramento da Eucaristia. O prefácio da Missa Crismal revela-nos o sentido: «Ele escolhe alguns para fazê-los participes de seu ministério santo; para que renovem o sacrifício da redenção, alimentem a teu povo com a tua Palavra e o reconfortem com os teus sacramentos».
E aquela mesma Quinta-feira, Jesus nos dá o mandamento do amor: «Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» (Jo 13,34). Antes, o amor fundamentava-se na recompensa esperada em troca, ou no cumprimento de uma norma imposta. Agora, o amor cristão fundamenta-se em Cristo. Ele nos ama até dar a vida: essa tem que ser a medida do amor do discípulo, e esse tem que ser o sinal, a característica do reconhecimento cristão.
Mas, o homem não tem a capacidade para amar assim. Não é simplesmente o fruto de um esforço, senão dom de Deus. Afortunadamente, Ele é amor e —ao mesmo tempo— fonte de amor que se nos dá no Pão Eucarístico.
Finalmente, hoje contemplamos o lavatório dos pés. Na atitude de servo, Jesus lava os pés dos Apóstolos, e lhes recomenda que o façam uns aos outros (cf. Jo 13,14).
Há algo mais que uma lição de humildade neste gesto do Mestre. É como uma antecipação, como um símbolo da Paixão, da humilhação total que sofrerá para salvar todos os homens.
O teólogo Romano Guardini diz que «a atitude do pequeno que se inclina ante o grande, ainda não é humildade. É, simplesmente, verdade. O grande que se humilha ante o pequeno, é o verdadeiro humilde». Por isto Jesus Cristo é autenticamente humilde. Ante este Cristo humilde, nossos moldes se quebram. Jesus Cristo inverte os valores humanos e convida-nos a seguí-lo para construir um mundo novo e diferente desde o serviço.
SANTO DO DIA
SÃO SEGUNDO
Segundo era um soldado pagão,
filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século primeiro.
Profundo admirador dos mártires
cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a
visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos. Consta dos
registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo.
Entretanto, sua conversão
aconteceu mesmo durante uma viagem a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos
Faustino e Jovita. Esta conversão está envolta em muitas tradições cristãs. Os
devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá
receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a
cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a
Santa Comunhão.
Depois disso, aconteceu o
prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo.
Conta-se que ele conseguiu atravessar a cavalo o Rio Pó, sem se molhar, para
levar a Eucaristia ao bispo Marciano, antes do martírio. O Rio Pó, minúsculo
apenas no nome, é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas.
Passado este episódio
extraordinário, Saprício, o prefeito de Asti, soube finalmente da conversão de
seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo,
mas como não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de
torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 29 de março do ano 119.
No local do seu martírio foi
erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias
mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o
legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti.
Seu culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO
A vida de muitos santos é
cercada de fatos extraordinários. Milagres, curas, histórias fantásticas! Não
vamos preocupar demais com estas histórias e com a veracidade delas. Firmemos
nosso olhar naquilo que é o essencial: a vida dos santos foi sempre voltada
para o amor ao Cristo e a caridade para com o próximo. Isto é o fundamental e
corresponde ao mandamento de Jesus: “Amai a Deus e amai ao próximo”.
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