VATICANO, 06 Mar.
18 / 09:50 am (ACI).- Durante a homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta na
manhã de hoje, o Papa Francisco recordou que Deus sempre perdoa os pecados
quando se procura o sacramento da penitência, entretanto, assinalou essa
condição para que o perdão seja efetivo: “Para ser perdoado, você deve perdoar
os outros”.
Na homilia, o Santo
Padre refletiu sobre o perdão. Para isso, mencionou a primeira leitura do dia,
extraída do Livro de Daniel, na qual é narrado o episódio de Azarias que,
lançado ao fogo por não ter renegado o Senhor, professa a grandeza de Deus: “Tu
sempre nos salvastes, mas infelizmente pecamos”.
Francisco destacou
que Azarias acusa o seu povo dos males que sofre: “A acusação de nós mesmos é o
primeiro passo rumo ao perdão”.
“Acusar a si mesmos
é parte da sabedoria cristã; não acusar os outros, não... A si mesmos. Eu
pequei. E quando nós nos aproximamos do sacramento da penitência, ter isto em
mente: Deus é grande e nos deu tantas coisas e infelizmente eu pequei, eu
ofendi o Senhor e peço salvação”.
Em seguida, o
Pontífice citou a história de uma senhora que no confessionário contava os
pecados da sogra, tentando se justificar, até que o sacerdote lhe disse: “Tudo
bem, agora confesse os próprios pecados”.
Confessar os
pecados “agrada o Senhor, porque o Senhor recebe o coração contrito porque é
como de Azarias, ‘não se sentirá frustrado quem põe em ti sua confiança’, o
coração contrito que diz a verdade ao Senhor: ‘Eu fiz isso, Senhor. Pequei
contra Ti’. O Senhor lhe tapa a boca, como o pai ao filho pródigo; não o deixa
falar. O seu amor o cobre. Perdoa tudo”.
Por isso, o Papa
Francisco convidou a não ter vergonha de dizer os próprios pecados porque é o
Senhor que nos perdoa sempre, embora haja uma condição: “O perdão de Deus vem
forte em nós desde que nós perdoemos os outros”.
“E isso não é fácil
– sublinhou –, porque o rancor se aninha em nosso coração e sempre existe
aquela amargura. Muitas vezes, carregamos conosco a lista das coisas que me
fizeram: ‘Esta pessoa me fez isto, fez aquilo, fez aquilo outro...’”.
Ao concluir, o Papa
advertiu para não se deixar escravizar pelo ódio: “Essas são as duas coisas que
nos ajudarão a entender o caminho do perdão: ‘O Senhor é grande, mas
infelizmente eu pequei’ e ‘Sim, eu o perdoo setenta vezes sete desde que você
perdoe os outros’”.
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que destes Santa Catarina de Bolonha como modelo e
guia à numerosas virgens, concedei que conservemos sempre bem vivo aquele
espírito seráfico, que ela ensinou com sabedoria e confirmou com magníficos
exemplos de santidade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
EVANGELHO (MC 12,28B-34)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 28bum escriba
aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”
29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o
único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua
alma , de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo
mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento
maior do que estes”.
32O mestre da Lei disse a Jesus:
“Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não
existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda
a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos
e sacrifícios”.
34Jesus viu que ele tinha
respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E
ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
Palavra da Salvação. Glória
a vós, Senhor.
Recadinho: - Será que
estou muito longe do Reino de Deus? - O que faço para poder merecer o Reino? -
Procuro ouvir a mensagem de Jesus? - Coloco o Evangelho em prática no meu dia a
dia? - Amo realmente meu próximo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
«Não existe outro mandamento maior do
que estes»
Rev. D. Pere MONTAGUT i
Piquet (Barcelona, Espanha)
Hoje, a liturgia da quaresma nos apresenta o amor
como a raiz mais profunda da auto-comunicação de Deus: «A alma não pode viver
sem amor, sempre quer amar alguma coisa, porque está feita de amor, que eu por
amor a criei» (Santa Catalina de Siena). Deus é amor todo poderoso, amor até o
extremo, amor crucificado: «É na cruz onde se pode contemplar esta verdade»
(Bento XVI). Este Evangelho não é somente uma auto-revelação de como Deus mesmo
—em seu Filho— quer ser amado. Com um mandamento de Deuteronômio: «Portanto,
ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a
sua força» (Dt 6,5) e outro do Levítico: «Não seja vingativo, nem guarde rancor
contra seus concidadãos. Ame o seu próximo como a si mesmo. Eu sou Javé» (Lev
19,18), Jesus leva ao extremo a plenitude da Lei. Ele ama o Padre como Deus
verdadeiro nascido do Deus verdadeiro e, como Verbo feito homem, cria a nova
Humanidade dos filhos de Deus, irmãos que se amam com o amor do Filho.
O chamado de Jesus à comunhão e à missão pede uma participação em sua mesma natureza, é uma intimidade na que devemos nos introduzir. Jesus não reivindica nunca ser a meta de nossa oração e amor. Agradece ao Pai y vive continuamente em sua presença. O mistério de Cristo atrai ao amor a Deus —invisível e inacessível— enquanto que, ao mesmo tempo, é caminho para reconhecer, verdade no amor e vida para o irmão visível e presente. O mais valioso não são as oferendas queimadas no altar, e sim Cristo que queima como único sacrifício y oferenda para que sejamos Nele um só altar, um único amor.
Esta unificação de conhecimento e de amor entrelaçada pelo Espírito Santo permite que Deus ame em nós e utilize todas nossas capacidades e nos conceda poder amar como Cristo, com seu mesmo amor filial e fraterno. O que Deus uniu no amor, o homem não o pode separar. Esta é a grandeza de quem se submete ao Reino de Deus: o amor a si mesmo já não é obstáculo e sim êxtase para amar ao único Deus e a uma multidão de irmãos.
O chamado de Jesus à comunhão e à missão pede uma participação em sua mesma natureza, é uma intimidade na que devemos nos introduzir. Jesus não reivindica nunca ser a meta de nossa oração e amor. Agradece ao Pai y vive continuamente em sua presença. O mistério de Cristo atrai ao amor a Deus —invisível e inacessível— enquanto que, ao mesmo tempo, é caminho para reconhecer, verdade no amor e vida para o irmão visível e presente. O mais valioso não são as oferendas queimadas no altar, e sim Cristo que queima como único sacrifício y oferenda para que sejamos Nele um só altar, um único amor.
Esta unificação de conhecimento e de amor entrelaçada pelo Espírito Santo permite que Deus ame em nós e utilize todas nossas capacidades e nos conceda poder amar como Cristo, com seu mesmo amor filial e fraterno. O que Deus uniu no amor, o homem não o pode separar. Esta é a grandeza de quem se submete ao Reino de Deus: o amor a si mesmo já não é obstáculo e sim êxtase para amar ao único Deus e a uma multidão de irmãos.
SANTO DO DIA
SANTA CATARINA DE BOLONHA
Santa Catarina de Bolonha viveu
no século XV. Nasceu em Ferrara em 1413, Itália. Filha de um agente diplomático
do Marquês de Ferrara, aos onze anos foi indicada como a dama de honra da filha
do Marquês. Com isso, compartilhou com ela o seu treinamento e ensino. Quando a
filha casou-se ela quis que Catarina continuasse ao seu serviço, mas Catarina
abandonou a corte para ser uma Franciscana. Tinha apenas catorze anos.
Catarina estava decidida a viver
uma vida de perfeição e era admirada pelas companheiras. Ela começou a ter
visões de Cristo e escreveu as suas experiências. Através dos esforços do Papa
Nicolau V, o convento das Clarissas em Ferrara erigiu uma clausura e Catarina
foi indicada como Irmã Superiora. A reputação da Comunidade pela sua santidade e
austeridade era largamente difundida. Enfim, ela foi indicada como Superiora em
um novo convento em Bolonha.
A sua vida chegou até nós envolta
de fatos extraordinários. Assim, contam que no Natal de 1456 recebeu, das mãos
de Nossa Senhora, o Menino Jesus. Sua maior preocupação era cumprir a vontade
de Deus e servir os irmãos, especialmente os mais necessitados. É considerada
uma das grandes místicas da Idade Média. Em 1463 Catarina ficou muito doente e
veio a falecer.
Seu corpo foi exumado 18 dias
mais tarde por causa de curas a ela atribuídas e ainda por causa de um doce
perfume exalado de seu túmulo. Seu corpo foi encontrado incorrupto e até hoje
permanece perfeito na Capela do convento das Clarissas Pobres em Bolonha. Foi
canonizada em 1712.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Santa Catarina de Bolonha foi uma mulher
profundamente mística. Os fatos extraordinários que cercam sua vida são simples
reflexos de sua profunda união com Jesus Cristo. Em tudo, Catarina colocava em
primeiro lugar sua fé e sua dedicação aos mais abandonados. Hoje estamos
mergulhados num mundo cheio de agitação e barulho. Que tal reservar um tempo da
nossa vida para fazer um momento de silêncio e oração? Tenho certeza que o
nosso dia vai ficar muito mais cheio de alegria e tranquilidade.
tjl@ - acidigital.com –
a12.com – evangeli.net
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