Milagre do Sol (1917) e pintura de São José / Foto: Captura YouTube e
Flickr de LawrenceOP (CC-BY-NC-2.0)
FATIMA, 19 Mar. 18 / 09:35 am (ACI).-
Sobre as aparições da Virgem de Fátima em Portugal muitas pessoas devem ter
ouvido falar do “Milagre do Sol” de 1917, mas poucos sabem que São Jose também
esteve presente na visão da Irmã Lúcia.
A
Serva de Deus e vidente de Fátima, Irmã Lúcia, descreveu a aparição em suas
memórias: “Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento,
vimos, ao lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco,
com um manto azul. São José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns
gestos que faziam com a mão em forma de cruz”.
“Isto
reitera a importância do papel de São José dentro da Igreja.
Diz muito sobre nosso mundo de hoje. É o gigante silencioso, amigo esquecido
que está constantemente presente”, explicou Mike Wick, diretor executivo do
Instituto on Religious Life, apostolado que promove e apoia o crescimento, o
desenvolvimento e a renovação da vida consagrada.
Além
disso, Wick disse que a presença da Sagrada Família na última aparição de
Fátima é um “lembrete oportuno” de que a Igreja deve ser a “família de Deus”.
“São
José, que é o chefe da Sagrada Família, nos dá grande instrução sobre o plano
de Deus”, acrescentou.
Nesse
sentido, Mons. Joseph Cirrincione, estudioso há mais de 40 anos das aparições
de Fátima, detalhou em seu livro “St. Joseph, Fatima and Fatherhood” (1989) que
as aparições são, definitivamente, um lembrete da importância da paternidade.
“A
paternidade de São José, assim como com todos os pais humanos, é o reflexo em
uma criatura da paternidade de Deus Pai. A visão de São José e do Menino Jesus
abençoando o mundo com Maria ao lado do sol, que não deixou o seu lugar, é a
segurança de Deus de que, embora o homem possa rechaçá-lo, Deus nunca rechaçará
o homem”, enfatizou.
Quando
a pacífica cena familiar é interrompida pelos giros do sol durante o Milagre do
Sol, Mons. Cirrincione acredita que se trata de “um presságio sinistro das
consequências para o mundo, que certamente se sentirão se a verdadeira
paternidade de Deus e o tradicional forte papel do pai da família são
rechaçados pela humanidade”.
“O
Milagre do Sol representa não tanto uma ameaça de males futuros, mas um
presságio do destronamento de Deus Pai e uma indicação das terríveis
consequências que seguirão”, ressaltou.
Mons.
Cirrincione explicou “que a paternidade humana, como reflexo da paternidade de
Deus, foi desenhada para ser o pilar da família” e que o “desaparecimento da
estima pela paternidade levou ao colapso desse pilar e a desintegração da
família”.
No
século IX, o Papa Leão XIII consagrou o mês de outubro à Virgem do Rosário –
título com o qual Maria chamou a si mesma em Fátima –, e na sua encíclica
Quamquam Pluries (Devoção a São José) de 1889, o Papa pediu “que o povo cristão
invocasse constantemente, com grande devoção e confiança, junto com a Mãe de
Deus, o seu casto esposo São José”.
Porque
era “muito importante a devoção a São José”, este Papa escreveu e ofereceu uma
oração ao Santo Custódio para que fosse recitada depois do Rosário, durante o
mês de outubro.
ORAÇÃO
Senhor Jesus
Cristo, vivendo em família com Maria, tua Mãe, e com São José, teu pai adotivo,
santificaste a família humana. Vive também conosco, em nosso lar, e assim
formaremos uma pequena Igreja, pela vida de fé e oração, amor ao Pai e aos
irmãos, união no trabalho, respeito pela santidade do matrimônio e esperança
viva na vida eterna. Tua vida divina, alimentada nos sacramentos, especialmente
na Eucaristia e na tua palavra, nos anime a fazer o bem a todos, de modo
particular aos pobres e necessitados. Em profunda comunhão de vida nos amemos
na verdade, perdoando-nos quando necessário, por um amor generoso, sincero e
constante. Afasta de nossos lares, Senhor Jesus, o pecado da infidelidade, do
divórcio, do aborto, do egoísmo, da desunião e de toda influência do mal.
Desperta em nossas famílias vocações para o serviço e ministério dos irmãos, em
especial, vocações sacerdotais e religiosas. Que nossos jovens, conscientes e
responsáveis, se preparem dignamente para o santo matrimônio. Senhor Jesus
Cristo, dá, enfim, às nossas famílias, coragem nas lutas, conformidade nos
sofrimentos, alegria na caminhada para a casa do Pai. Amém!
EVANGELHO (MT 1,16.18-21.24A)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor.
41Os pais de Jesus iam todos os anos a
Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram
para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem
de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem.
44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois
começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo
encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o
encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo
perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua
inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e
sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e
eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
49Jesus respondeu: “Por que me
procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 50Eles, porém, não
compreenderam as palavras que lhes dissera. 51aJesus desceu então com seus pais
para Nazaré, e era-lhes obediente.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Recadinho: - Tenho devoção a S. José? Se tenho, em que consiste? - S. José
teve uma vida atribulada, mas confiou no Espírito Santo. Como é minha confiança
nas luzes do Espírito? - Diante de meus problemas e tribulações, não ficaria
mais confiante se refletisse sobre a vida de S. José? - Para ele não foi fácil
vencer as tribulações. Mas soube confiar nos planos de Deus. E eu, como me
comporto diante de minhas tribulações? - S. José cuidou do Menino Jesus, de
Maria e de tudo o que envolvia aquele lar. Que contribuição dou para que haja
paz e bem em meu lar?(Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R)
«José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua
esposa»
+ Mons. Ramon MALLA i Call Bispo Emérito de Lleida
(Lleida, Espanha)
(Lleida, Espanha)
Hoje, a
Igreja celebra a solenidade de São José, esposo de Maria. É como um parêntesis
alegre dentro da austeridade da Quaresma. Mas a alegria desta festa não é um
obstáculo para continuarmos a avançar no caminho de conversão, próprio do tempo
quaresmal.
Bom é aquele que, elevando o seu olhar, faz esforços para que a sua própria vida se adapte ao plano de Deus. E bom é aquele que, olhando para os outros, procura interpretar sempre no bom sentido todas as ações que realizam e defender o seu bom nome. Nestes dois aspectos de bondade se nos apresenta São José no Evangelho de hoje.
Deus tem um plano de amor para cada um de nós, já que «Deus é amor» (1Jo 4,8). Porém, a dureza da vida leva a que algumas vezes não o saibamos descobrir. Logicamente, queixamo-nos e resistimos a aceitar as cruzes.
Não deve ter sido fácil para São José ver que Maria «antes de passarem a conviver, se encontrou grávida pela ação do Espírito Santo» (Mt 1,18). Tinha pensado desfazer o acordo matrimonial, mas «secretamente» (Mt 1,19). Contudo, «quando o anjo do Senhor lhe apareceu em sonho» (Mt 1,20) revelando-lhe que tinha de ser pai legal do Menino, aceitou imediatamente «e acolheu sua esposa» (Mt 1,24).
A Quaresma é uma boa ocasião para descobrirmos o que é que Deus espera de nós, e reforçar o nosso desejo de o pôr em prática. Peçamos ao bom Deus «por intercessão do Esposo de Maria», como diremos na Oração Coleta da Missa, que avancemos no nosso caminho de conversão, imitando São José na aceitação da vontade de Deus e no exercício da caridade com o próximo. E, ao mesmo tempo, tenhamos presente que «toda a Santa Igreja está em dívida com a Virgem Mãe, já que por ela recebeu Cristo, assim também, depois dela, São José é o mais digno do nosso agradecimento e reverência (S. Bernardino de Sena).
Bom é aquele que, elevando o seu olhar, faz esforços para que a sua própria vida se adapte ao plano de Deus. E bom é aquele que, olhando para os outros, procura interpretar sempre no bom sentido todas as ações que realizam e defender o seu bom nome. Nestes dois aspectos de bondade se nos apresenta São José no Evangelho de hoje.
Deus tem um plano de amor para cada um de nós, já que «Deus é amor» (1Jo 4,8). Porém, a dureza da vida leva a que algumas vezes não o saibamos descobrir. Logicamente, queixamo-nos e resistimos a aceitar as cruzes.
Não deve ter sido fácil para São José ver que Maria «antes de passarem a conviver, se encontrou grávida pela ação do Espírito Santo» (Mt 1,18). Tinha pensado desfazer o acordo matrimonial, mas «secretamente» (Mt 1,19). Contudo, «quando o anjo do Senhor lhe apareceu em sonho» (Mt 1,20) revelando-lhe que tinha de ser pai legal do Menino, aceitou imediatamente «e acolheu sua esposa» (Mt 1,24).
A Quaresma é uma boa ocasião para descobrirmos o que é que Deus espera de nós, e reforçar o nosso desejo de o pôr em prática. Peçamos ao bom Deus «por intercessão do Esposo de Maria», como diremos na Oração Coleta da Missa, que avancemos no nosso caminho de conversão, imitando São José na aceitação da vontade de Deus e no exercício da caridade com o próximo. E, ao mesmo tempo, tenhamos presente que «toda a Santa Igreja está em dívida com a Virgem Mãe, já que por ela recebeu Cristo, assim também, depois dela, São José é o mais digno do nosso agradecimento e reverência (S. Bernardino de Sena).
SANTO DO DIA
SÃO JOSÉ, ESPOSO DE MARIA
Pouco
conhecemos sobre a vida de S. José; unicamente as rápidas referências
transmitidas pelos evangelhos. Este pouco, contudo, é o suficiente para
destacar seu papel primordial na história da salvação.
José é o elo
de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. É o último dos patriarcas. Para
destacar este caráter especial de José, o evangelho de S. Mateus se apraz em atribuir-lhe
"sonhos", a exemplo dos grandes patriarcas, fundadores do povo judeu.
A fuga de José com sua família para o Egito repete, de certa forma, a viagem do
patriarca José, para que nele e em seu filho Jesus se cumprisse o novo Êxodo.
Diz-se que
casou-se com Maria aos 30 anos de idade. Diz-se também que morreu aos 60 anos
de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.
Sabemos que
ele era um carpinteiro, um trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em
relação a Jesus, "Não é este o filho do carpinteiro?". Ele não era
rico, tanto que, quando ele levou Jesus ao Templo para ser circuncidado, e
Maria para ser purificada, ele ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois
pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um
cordeiro.
A missão de
José na história da salvação consistiu em dar a Jesus um nome, fazê-lo
descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas.
Sua pessoa fica na penumbra, mas o Evangelho nos indica as fontes de sua
grandeza interior: era um "homem justo", de uma fé profunda,
inteiramente disponível à vontade de Deus, alguém que "esperou contra toda
esperança".
Sua figura
quase desapareceu nos primeiros séculos do cristianismo, para que se firmasse
melhor a origem divina de Jesus. Mas já na Idade Média, S. Bernardo, Sto.
Alberto Magno e S. Tomás de Aquino lhe dedicaram tratados cheios de devoção e
entusiasmo. Desde então, seu culto não tem feito senão crescer continuamente.
Pio IX
declarou-o padroeiro da Igreja universal. Leão XIII propunha-o como advogado
dos lares cristão. Em nossos dias foi declarado modelo dos operários.
São José: o santo que sonha com os problemas do Papa(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
TJL@ - ACIDIGITAL.COM – A12.COM
– EVANGELI.NET
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