Papa durante a celebração penitencial. Foto: Daniel Ibáñez
VATICANO, 09 Mar.
18 / 03:00 pm (ACI).- O Papa Francisco começou a Jornada “24
horas para o Senhor” com uma liturgia penitencial na qual atendeu a confissão
de vários fiéis na Basílica de São Pedro.
Pelo quinto ano
consecutivo, o Pontífice presidiu a celebração com a participação de milhares
de fiéis que começou com uma procissão, seguida pela Liturgia da Palavra. Logo
após, deu início ao Sacramento da Reconciliação. Primeiro, confessou-se como
qualquer penitente e depois atendeu a confissão dos fiéis.
Em sua breve
homilia, assinalou que “o amor de Deus é sempre maior de quanto possamos
imaginar, estendendo-se para além de qualquer pecado que a nossa consciência
nos acuse”.
“Não conhece
limites, é um amor desprovido de confins; não apresenta aqueles obstáculos que
nós, ao contrário, costumamos interpor a uma pessoa, pelo receio que venha
privar-nos da liberdade”, acrescentou.
Além disso, o Santo
Padre explicou que “sabemos que a condição do pecado tem como consequência o
afastamento de Deus” e, de fato, “o pecado é uma das modalidades com que nós
nos afastamos dele; mas isto não significa que Ele se afaste de nós”.
“A condição de
fraqueza e confusão, em que o pecado nos coloca, é mais um motivo para Deus
ficar junto de nós”, continuou.
A iniciativa “24
horas para o Senhor” será realizada ao longo do dia de hoje e amanhã e, em cada
diocese, pelo menos uma igreja permanecerá
aberta a fim de permitir que os fiéis possam ter um momento de adoração e a
confissão sacramental.
Em sua mensagem
intitulada “Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de
muitos”, o Papa convidou os católicos a “empreender com ardor o caminho
da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na
oração”.
“Se por vezes
parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de
Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar”.
Nesse sentido, o
Pontífice assegurou que uma “ocasião propícia” para isso é “a iniciativa ‘24
horas para o Senhor’, que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação em
um contexto de adoração eucarística”.
ORAÇÃO
Deus de bondade, auxiliai-nos na
busca da verdade e dai-nos, a exemplo de São Gregório de Nissa, a sabedoria e o
esforço em conhecer vossos mistérios. Que nossa fé seja esclarecida e iluminada
pela luz do Espírito Santo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
EVANGELHO (JO 4,43-54)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo João.
Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 43Jesus partiu da
Samaria para a Galileia. 44O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não
é honrado na sua própria terra. 45Quando então chegou à Galileia, os galileus
receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em
Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46Assim, Jesus
voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado a água em vinho.
Havia em Cafarnaum um funcionário do
rei que tinha um filho doente. 47Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia
para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum
curar seu filho, que estava morrendo. 48Jesus disse-lhe: “Se não virdes sinais
e prodígios, não acreditais”. 49O funcionário do rei disse: “Senhor, desce,
antes que meu filho morra!” 50Jesus lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”.
O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora.
51Enquanto descia para Cafarnaum, seus
empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52O
funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam:
“A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde”. 53O pai verificou que tinha
sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: “Teu filho está
vivo”. Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. 54Esse foi o
segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.
Palavra da Salvação. Glória a vós,
Senhor.
Recadinho: - Preciso de milagre para viver minha fé? - E para meu lar, preciso
buscar algum socorro especial de Deus? - Será que o maior milagre que me falta
não depende de mim, de meu coração? - Encaro minha vida a partir da cruz de
Cristo? - Rezemos hoje, de coração sincero, com Santo Agostinho: “Nosso coração
está inquieto, Senhor, até que descanse em vós!”(Padre Geraldo Rodrigues,
C.Ss.R)
«Jesus foi para a Galiléia»
Rev. D. Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero (Viladecans,
Barcelona, Espanha)
Hoje voltamos a encontrar Jesus nos cinco pórticos
da piscina de Betsaida, onde tinha realizado o conhecido milagre da conversão
da água em vinho. Agora, nesta ocasião, faz um novo milagre: a cura do filho de
um funcionário real. Mesmo que o primeiro foi espetacular, este é —sem duvida—
mais valioso, porque não é algo material o que se soluciona com o milagre, e
sim que se trata da vida de uma pessoa.
O que chama atenção deste novo milagre é que Jesus atua à distância, não acode a Cafarnaúm para curar diretamente ao enfermo, e sem mover-se de Canaã faz possível o restabelecimento: «O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’» Jesus disse-lhe: «Pode ir, seu filho está vivo» O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora» (Jo 4,49.50).
Isto nos lembra a todos nós que podemos fazer muito bem à distância, quer dizer, sem ter que estar presentes no lugar onde é solicitada nossa generosidade. Assim, por exemplo, ajudamos ao Terceiro Mundo colaborando economicamente com nossos missioneiros ou com entidades católicas que estão ali trabalhando. Ajudamos aos pobres de bairros marginais das grandes cidades com nossas contribuições a instituições como Cáritas, sem que devamos pôr os pés em suas ruas. Ou, inclusive, podemos dar uma alegria a muita gente que está muito distante de nós com uma chamada de telefone, uma carta ou um correio eletrônico.
Muitas vezes nos escusamos de fazer o bem porque não temos possibilidades de estar fisicamente presentes nos lugares onde há necessidades urgentes. Jesus não se escusa porque não estava em Cafarnaúm, senão que fez o milagre.
A distância não é nenhum problema na hora de ser generoso, porque a generosidade sai do coração e traspassa todas as fronteiras. Como diria Santo Agostinho: «Quem tem caridade em seu coração, sempre encontra alguma coisa para dar».
O que chama atenção deste novo milagre é que Jesus atua à distância, não acode a Cafarnaúm para curar diretamente ao enfermo, e sem mover-se de Canaã faz possível o restabelecimento: «O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’» Jesus disse-lhe: «Pode ir, seu filho está vivo» O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora» (Jo 4,49.50).
Isto nos lembra a todos nós que podemos fazer muito bem à distância, quer dizer, sem ter que estar presentes no lugar onde é solicitada nossa generosidade. Assim, por exemplo, ajudamos ao Terceiro Mundo colaborando economicamente com nossos missioneiros ou com entidades católicas que estão ali trabalhando. Ajudamos aos pobres de bairros marginais das grandes cidades com nossas contribuições a instituições como Cáritas, sem que devamos pôr os pés em suas ruas. Ou, inclusive, podemos dar uma alegria a muita gente que está muito distante de nós com uma chamada de telefone, uma carta ou um correio eletrônico.
Muitas vezes nos escusamos de fazer o bem porque não temos possibilidades de estar fisicamente presentes nos lugares onde há necessidades urgentes. Jesus não se escusa porque não estava em Cafarnaúm, senão que fez o milagre.
A distância não é nenhum problema na hora de ser generoso, porque a generosidade sai do coração e traspassa todas as fronteiras. Como diria Santo Agostinho: «Quem tem caridade em seu coração, sempre encontra alguma coisa para dar».
SANTO DO DIA
SÃO GREGÓRIO DE NISSA
O nome de Gregório de Nissa
aparece sempre associado ao de seu irmão Basílio e ao de outro Gregório, o de
Nazianzo, os três são conhecidos como Padres Capadócios.
Gregório de Nissa pertencia a uma
família tradicionalmente cristã, o pai era um retórico estimado e a mãe era uma
mulher de muita fé e piedade. O avô de Gregório teve a honra de sofrer o
martírio e sua irmã mais velha, Macrina, foi mais tarde canonizada.
A família de Gregório de Nissa
buscou zelar pela formação de seus filhos, tanto que enviou o seu primogênito,
São Basílio Magno, para estudar em Constantinopla e Atenas, berços culturais da
época.
Com o retorno de Basílio, este
recebeu a missão de formar seu irmão mais novo nas artes da cultura clássica.
Gregório não foi apenas um bom discípulo; chegou a ultrapassar o seu irmão,
apesar de nunca ter tido a oportunidade de estudar em um dos grandes centros
culturais do período em que viveu.
Gregório de Nissa queria
dedicar-se ao magistério, mas no ano 372, o imperador Valente decidiu
enfraquecer o poder eclesiástico da região através da divisão da Capadócia em
duas partes. Percebendo de imediato o ardil do imperador, Basílio, que nessa
época já era bispo de Cesaréia e exercia grande influência em toda a região,
decidiu agir rápido e nomeou novos bispos para a nova Capadócia, e entre eles
estava Gregório; era a providência de Deus alterando os rumos da vida de nosso
santo.
Mesmo contrariado em seus planos,
Gregório assumiu com todo amor a missão que Deus lhe confiou. O povo de Nissa,
cidade da região central da Capadócia, reconhecia nele o bom pastor à imagem de
Jesus Cristo. Entretanto alguns hereges tramavam contra sua vida, e em 376
conseguiram que ele fosse expulso e exilado de Nissa através de falsas
acusações de inexatidão na contabilidade de sua diocese.
Depois de dois anos, com a morte
do imperador Valente, Gregório retornou a Nissa, onde foi recebido
triunfalmente pelo povo.
Ficou conhecido em sua época por
sua fé inabalável, uma profunda cultura teológica e vastíssima ciência, e isso
capacitava-o primorosamente para empreender, mesmo após a morte do irmão, uma
verdadeira cruzada contra os hereges, especialmente os arianos. Como bispo
soube encontrar uma linguagem simples e direta para apresentar ao seu rebanho
ensinamentos concretos, ao mesmo tempo que escrevia com profundidade teológica
poucas vezes vista.
São Gregório de Nissa participou
de inúmeros sínodos e concílios, entre os quais merece destaque o Concílio de
Constantinopla em 381. Foi dele o discurso de abertura, e os demais bispos
entusiasmaram-se com suas palavras cheias de vigor, temor a Deus e amor à
Igreja de Cristo. Em 394 assistiu pela última vez a um sínodo, pois pouco tempo
depois veio a falecer.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : São
Gregório de Nissa abraçou com todas as forças a vontade de Deus e soube vivê-la
de modo exemplar, num tempo em que ser cristão era ter de enfrentar não só
imensos desafios, mas, até mesmo, a própria morte, se necessário. Destacou-se
não só pela prática heróica das virtudes e pelo santo exemplo de vida, mas
também porque recebeu de Deus uma missão toda particular e de extrema
importância para as gerações cristãs futuras: a missão de meditar, rezar e
escrever acerca dos mistérios salvíficos, para a edificação de toda a Igreja de
ontem e de hoje. Pensemos hoje nos homens e mulheres que se dedicam ao estudo
da teologia e peçamos a Deus que lhes cumule com muita sabedoria.
tjl@ - acidigital.com – a12.com
–evangeli.net
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