Papa Francisco na celebração de uma Sexta-feira
Santa. Foto: Vatican Media
Vaticano,
19 Mar. 18 / 10:30 am (ACI).- Durante a oração do Ângelus no último
domingo na Praça de São Pedro, o Papa Francisco criticou que muitas vezes a
cruz é usada como um objeto de decoração ou acessório.
Em
sua reflexão, o Pontífice assegurou que “quem quer conhecer Jesus deve olhar
dentro da cruz, onde sua glória é revelada”.
O
Santo Padre também advertiu que a cruz ou “o crucifixo não é um objeto de
decoração ou acessório de uma roupa, que às vezes é abusado, mas um sinal
religioso que deve ser contemplado e compreendido”.
“Na
imagem de Jesus crucificado se revela o mistério da morte do Filho como supremo
ato de amor, fonte de vida e salvação para a humanidade de
todos os tempos”, explicou.
“Como
eu olho o crucifixo? Como uma obra de arte, para ver se é bonito ou feio? Eu o
olho de dentro, entro nas chagas de Jesus até o seu coração? Olho o mistério do
Deus que se aniquilou até a morte, como um escravo, como um criminoso?”, preguntou
a cerca de 20 mil fiéis presentes na Praça de São Pedro.
ORAÇÃO
Rezamos hoje com as palavras de São Nicolau: “Ó meu Deus e meu
Senhor, afaste de mim tudo o que me afasta de você. Ó meu Senhor e meu Deus,
dê-me tudo o que me aproxima de você. Ó meu Senhor e meu Deus, livre-me do meu
egoísmo e conceda-me possuir somente a Vós. Amém”.
EVANGELHO (JO 8,31-42)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †
segundo João.
Glória
a vós, Senhor.
Naquele
tempo, 31Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes
na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32e conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará”. 33Responderam eles: “Somos descendentes de
Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis
livres’?”
34Jesus
respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo, todo aquele que comete pecado é
escravo do pecado. 35O escravo não permanece para sempre numa família, mas o
filho permanece nela para sempre. 36Se, pois, o Filho vos libertar, sereis
verdadeiramente livres. 37Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto,
procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo o
que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”.
39Eles
responderam então: “Nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de
Abraão, praticai as obras de Abraão! 40Mas agora, vós procurais matar-me, a
mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. 41Vós
fazeis as obras do vosso pai”.
Disseram-lhe,
então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus”. 42Respondeu-lhes
Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis, porque de Deus é que
eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Recadinho: - Tenho orgulho de ser cristão e procuro sempre falar bem de minha
Igreja? - Tenho consciência de que não basta ser batizado para se dizer filho
de Deus? – Penso agora numa boa obra recente que realizei. - A meu modo de ver,
qual a melhor obra que minha comunidade faz ou já fez? - Tenho consciência de
que liberdade é estar em condições de fazer o bem e não o mal?(Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R)
«Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis»
Pe. Givanildo dos SANTOS Ferreira
(Brasilia, Brasil)
(Brasilia, Brasil)
Hoje, o Senhor dirige duras palavras aos judeus.
Não a quaisquer judeus, mas, precisamente, àqueles que abraçaram a fé: Jesus
falou «aos judeus que acreditaram nele» (Jn 8,31). Sem dúvida, este diálogo de
Jesus reflete o início daquelas dificuldades causadas pelos cristãos
judaizantes na primeira hora da Igreja.
Como descendiam de Abraão segundo a carne, esses tais discípulos de Jesus consideravam-se acima não somente dos gentios que viviam longe da fé, mas também acima de qualquer discípulo não judeu partícipe da mesma fé. Diziam eles: «Nós somos descendentes de Abraão» (Jn 8,33); «nosso pai é Abraão» (v. 39); «só temos um pai, Deus» (v. 41). Apesar de serem discípulos de Jesus, temos a impressão de que Jesus nada representava para eles, nada acrescentava ao que já possuíam. Mas é aí mesmo que se encontra o grande erro de todos eles. Os verdadeiros filhos não são os descendentes segundo a carne, mas os herdeiros da promessa, isto é, aqueles que crêem (cf. Rom 9,6-8). Sem a fé em Jesus não é possível que alguém alcance a promessa de Abraão. Assim sendo, entre os discípulos, "não há judeu ou grego; não há escravo ou livre; não há homem ou mulher", porque todos são irmãos pelo batismo (cf. Gal 3,27-28).
Não nos deixemos seduzir pelo orgulho espiritual. Os judaizantes se consideravam superiores aos outros cristãos. Não é necessário falar, aqui, dos irmãos separados. Mas pensemos em nós mesmos. Quantas vezes alguns católicos se consideram melhores do que os outros católicos porque seguem este ou aquele movimento, porque observam esta ou aquela disciplina, porque obedecem a este ou àquele uso litúrgico. Uns, porque são ricos; outros, porque estudaram mais. Uns, porque ocupam cargos importantes; outros, porque vêm de famílias nobres. «Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão... Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis» (Bento XVI).
Como descendiam de Abraão segundo a carne, esses tais discípulos de Jesus consideravam-se acima não somente dos gentios que viviam longe da fé, mas também acima de qualquer discípulo não judeu partícipe da mesma fé. Diziam eles: «Nós somos descendentes de Abraão» (Jn 8,33); «nosso pai é Abraão» (v. 39); «só temos um pai, Deus» (v. 41). Apesar de serem discípulos de Jesus, temos a impressão de que Jesus nada representava para eles, nada acrescentava ao que já possuíam. Mas é aí mesmo que se encontra o grande erro de todos eles. Os verdadeiros filhos não são os descendentes segundo a carne, mas os herdeiros da promessa, isto é, aqueles que crêem (cf. Rom 9,6-8). Sem a fé em Jesus não é possível que alguém alcance a promessa de Abraão. Assim sendo, entre os discípulos, "não há judeu ou grego; não há escravo ou livre; não há homem ou mulher", porque todos são irmãos pelo batismo (cf. Gal 3,27-28).
Não nos deixemos seduzir pelo orgulho espiritual. Os judaizantes se consideravam superiores aos outros cristãos. Não é necessário falar, aqui, dos irmãos separados. Mas pensemos em nós mesmos. Quantas vezes alguns católicos se consideram melhores do que os outros católicos porque seguem este ou aquele movimento, porque observam esta ou aquela disciplina, porque obedecem a este ou àquele uso litúrgico. Uns, porque são ricos; outros, porque estudaram mais. Uns, porque ocupam cargos importantes; outros, porque vêm de famílias nobres. «Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão... Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis» (Bento XVI).
SANTO DO DIA
SÃO NICOLAU DE FLUE
São Nicolau
de Flue nasceu na Suíça em 1417 e passou sua juventude ajudando o pai em
trabalhos práticos e sempre inclinado a vida religiosa. A pedido do pai,
casou-se com Dorotéia que muito o levou para Deus, tanto que juntos educaram os
dez filhos para a busca da santidade.
Aconteceu
que, aos cinquenta anos e em comum acordo com a esposa e filhos, Nicolau
retirou-se na solidão, perto de sua casa, porém com o propósito de se dedicar
exclusivamente a Deus, deixando de lado os diversos cargos públicos e administrativo
que ocupava na sociedade.
São Nicolau
entregou-se totalmente a vida de oração, penitência e jejuns, sem deixar de
participar nas missas de domingo e dias santos, além de ter assumido como cama
uma tábua, por travesseiro uma pedra e frutas e ervas como alimento até chegar
a se alimentar somente da Eucaristia.
Nicolau
morreu com setenta anos, e mesmo no eremitério em nada se alienou ao mundo, o
qual serviu como conselheiro e interferiu pacificamente nas dificuldades entre
Católicos e protestantes ao ponto de ser amado e tomado como modelo de
pacificador e pai da pátria. Em 1487, no dia em que completava 70 anos, Nicolau
morreu. É o santo mais popular e conhecido da Suíça.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Os
caminhos de Deus são mesmo desconhecidos. Nossos projetos de vida sofrem
mudanças repentinas e nos colocam em situações totalmente novas. Assim foi com
São Nicolau, que depois de um matrimônio feliz e fecundo, dedicou-se muitos
anos numa vida de silêncio e profunda contemplação. Diante das situações que
surgem e não foram planejadas, deixemos que o Espírito Santo nos conduza e
retire de nós o medo dos caminhos inesperados.
TJL@ ACIDIGITAL.COM – A12.COM –
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