quinta-feira, 22 de março de 2018

BOM DIA EVANGELHO - 23.MARÇO.2018


BOM DIA EVANGELHO

23 DE MARÇO DE 2018
SEXTA-FEIRA | 5ª SEMANA DA QUARESMA | COR: ROXA | ANO B
Papa na procissão no início da celebração. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 19 Mar. 18 / 06:00 pm (ACI).- A Basílica de São Pedro acolheu a ordenação episcopal de 3 novos núncios que foram nomeados pelo Papa Francisco há algumas semanas.
Francisco recordou-lhes que foram escolhidos "entre os homens e pelos homens". "Não para os negócios, não para a mundanidade, não para a política: episcopado significa trabalho, não honra. Pois ao Bispo, mais do que presidir, tem obrigação de servir”.
Trata-se de Dom Waldemar Stanislaw Sommertarg, do clero da Diocese de Pelplin, nascido em 6 de fevereiro de 1968 em Wicbork (Polônia); de Dom Alfred Xuereb, do clero da Diocese de Gozo (Malta), onde nasceu em 14 de outubro de 1958 e de Dom José Avelino Bettencourt, da Arquidiocese de Ottawa (Canadá), nascido em 23 de maio de 1962, em Azzorre (Portugal).
O primeiro deles é o novo núncio da Nicarágua, o segundo da Mongólia e da Coréia, e o último da Geórgia e da Armênia.
O Pontífice presidiu a celebração no dia de São José, e assinalou que “no ministério do Bispo, não cessa de anunciar o Evangelho de salvação e de santificar os crentes, através dos sacramentos da fé”.
“É Cristo que na paternidade do Bispo acrescenta novos membros ao seu Corpo, que é a Igreja. É Cristo que, pela sabedoria e prudência do Bispo guia o povo de Deus ao longo da peregrinação terrena, para a felicidade eterna”, acrescentou em sua breve homilia.

ORAÇÃO
 Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Turíbio de Mogrovejo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

EVANGELHO (JO 10,31-42)
 O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
 Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?”
33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”.
39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.
 Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Recadinho: - Num sentido bem amplo, quem é santo? - Qual a imagem de Jesus que mais me agrada: manso, bom, misericordioso, severo... – Tenho alguma imagem de Jesus comigo, em meu local de trabalho, em minha casa... - Já me aconteceu de não ter tido coragem de demonstrar publicamente minha Fé? - Jesus é “Deus conosco”. Posso dizer que Ele está de fato sempre presente em mim?(Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R)
«Por qual delas me quereis apedrejar?»
Rev. D. Carles ELÍAS i Cao (Barcelona, Espanha)
Hoje sexta-feira, quando falta só uma semana para comemorar a morte do Senhor, o Evangelho nos apresenta os motivos de sua condena. Jesus tenta mostrar a verdade, mas os judeus o têm por blasfemo e réu de lapidação. Jesus fala das obras que realiza. Obras de Deus que o acreditam, de como pode dar-se a si mesmo o título de “Filho de Deus”... No entanto, fala desde umas categorias difíceis de entender para seus adversários: “estar com a verdade”, “escutar sua voz”...; fala-lhes desde o seguimento e o compromisso com sua pessoa que fazem com que Jesus seja conhecido e amado —«Jesus virou-se para trás, e vendo que o seguiam, perguntou: «O que é que vocês estão procurando?» Eles disseram: «Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?» (Jn 1,38)—. Mas tudo parece inútil: é tão grande o que Jesus tenta dizer que eles não podem entender, somente poderão compreender os pequenos e simples, porque o Reino está escondido aos sábios e entendidos.
Jesus luta por apresentar argumentos que possam ser aceitos, mas a tentativa é em vão. No fundo, morrerá por dizer a verdade sobre si mesmo, por ser fiel a si mesmo, à sua identidade e à sua missão. Como profeta, apresentará um chamado à conversão e será rejeitado, um novo rosto de Deus e será esculpido, uma nova fraternidade e será abandonado.
Novamente se levanta a Cruz do Senhor com toda sua força como estandarte verdadeiro, como única razão indiscutível: «Oh admirável virtude da santa cruz! Oh inefável gloria do Pai! Nela podemos considerar o tribunal do Senhor, o juízo do mundo e o poder do crucificado. Oh, sim, Senhor: atraíste a ti todas as coisas quando, A cada dia eu estendia a mão para um povo desobediente (cf. Is 65,2), o universo inteiro compreendeu que devia render homenagem a tua majestade!» (São Leão Magno). Jesus fugirá ao outro lado do Jordão e quem realmente acredita Nele o buscará ali dispostos a segui-lo e a escutá-lo.
SANTO DO DIA
SÃO TURÍBIO DE MONGROVEJO
Nasceu em Mayorga, Espanha, em l538, e morreu no dia 23 de março de l606, numa quinta-feira santa. Com um tio cônego que o protegia, Turíbio estudou em várias universidades e preparava, em Oviedo, o doutorado em direito. Também ele recebera a tonsura, sem passar mais adiante no serviço da Igreja. Estava assim já preparado para ingressar naquela burocracia dos "letrados".
Seguindo o processo normal das coisas, recebeu uma nomeação para o Santo Ofício em Granada. Sua vida particular distinguia-se pela clareza, mas não parece ter excedido nunca o simplesmente honesto. Todavia, a indicação de seu nome, por Filipe II, para arcebispo de Lima, deu uma dimensão totalmente nova à sua vida.
Recebeu todas as ordens com a idade de quarenta e um anos, e a partir deste momento nasce um dos maiores apóstolos da história da Igreja. Calcula-se que percorreu a pé, ou a cavalo, mais de 40 mil quilômetros, visitando até os últimos lugarejos de sua diocese, numa das geografias mais difíceis do mundo, desde as quebradas com neve perpétua dos Andes, até os desertos tórridos do Pacífico. Segundo seus próprios cálculos, teria administrado pessoalmente o sacramento da confirmação a noventa mil pessoas.
Obrigou o clero a se instruir, restaurou a disciplina, construiu escolas, igrejas, e fundou em Lima o primeiro seminário da América Espanhola. Ao morrer, fez questão de receber o viático numa Capelinha indígena. Nos últimos instantes de sua vida, pediu que fossem cantados os Salmos 31 e 116.
Como chefe da principal Igreja da América, dedicou-se, inflexivelmente, a aplicar a reforma de Trento. Isto levou-o a enfrentar repetidas vezes os vice-reis, com o Conselho das Índias e com o próprio rei, imbuídos de idéias regalistas. Não cedeu: os dez concílios diocesanos e os três provinciais que celebrou formaram a estrutura legal da Igreja da América espanhola até o século XX. Com razão foi chamado "apóstolo do Peru".
(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : São Turíbio, cujo nascimento nobre poderia ter oferecido a ele todos os prazeres de uma vida tranquila, aceitou com profunda convicção a tarefa de lutar pelos direitos humanos e cristãos dos indígenas da América Latina. Sua conversão foi impressionante. Amou e soube preservar a cultura indígena, ele que tinha sido educado na mais tradicional cultura da europa. A história de são Turíbio nos inspira a buscar nossa própria conversão. Vivendo o tempo da quaresma, que tal partir ao encontro de Cristo que está presente na vida do nosso próximo?
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