Papa cumprimenta uma menina na Praça de São Pedro. Foto: Daniel Ibáñez /
ACI Prensa
Vaticano, 16 Mai. 18 / 10:15 am (ACI).- O Papa Francisco recordou aos cristãos a sua
responsabilidade como batizados ao terem sido revestidos com as vestes brancas
de Cristo, que deverão manter limpas, e ao serem portadores da luz da salvação,
que terão que levar à humanidade.
Durante a Audiência
Geral na manhã de hoje, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Santo Padre
refletiu sobre o simbolismo das vestes brancas e da luz da vela durante o Batismo.
Em sua catequese, o
Papa disse que “os efeitos espirituais deste sacramento invisíveis aos olhos,
mas operativos no coração de quem se tornou nova criatura, são explicitados
pela entrega das vestes brancas e também da vela acesa. São sinais visíveis que
manifestam a dignidade dos batizados e sua vocação cristã”.
“A vestimenta
branca – assinalou – expressa simbolicamente o que ocorreu no sacramento,
anuncia a condição dos transfigurados na glória divina. O mandato de usar esta
vestimenta pura para a vida eterna marca o caminho que, da fonte
batismal, leva à Jerusalém celestial”.
“O que significa
revestir-se de Cristo? Recorda São Paulo quais são as virtudes que os batizados
devem cultivar: ‘escolhidos por Deus, santos e amados, devem revestir-se de
sentimentos de ternura, de bondade, de humildade, de mansidão, de
magnanimidade, suportando reciprocamente e perdoando uns aos outros, mas
sobretudo devem revestir-se da caridade que os une de modo perfeito’”.
Sobre a vela,
Francisco explicou que “também a entrega ritual da chama tirada do círio pascal
recorda o efeito do batismo: ‘Receba a luz de Cristo’. Estas palavras recordam
que não somos nós a luz, mas a luz é Cristo, o qual, ressuscitando dos mortos,
venceu as trevas do mal. Somos chamados a receber o seu esplendor!”.
“Como a chama do
círio pascal dá luz a cada vela, assim também a caridade do Senhor Ressuscitado
inflama os corações dos batizados, enchendo-os de luz e calor. E por isso,
desde os primeiros séculos, o Batismo se chamava a ‘iluminação’, aquele que era
batizado era chamado o ‘iluminado’”.
Nesse sentido,
destacou que “esta é, de fato, a vocação cristã: ‘caminhar sempre como filhos
da luz, perseverando na fé’. Quando são crianças, a tarefa é dos pais, junto
com os padrinhos e madrinhas, de ter o cuidado de alimentar a chama da graça
batismal nas suas crianças, ajudando-os a perseverar na fé”.
“A presença viva de
Cristo, a ser protegida, defendida e dilatada em nós, é lâmpada que ilumina os
nossos passos, luz que orienta as nossas escolhas, chama que aquece os corações
a ir ao encontro do Senhor, tornando-nos capazes de ajudar quem caminha
conosco, até a comunhão inseparável com Ele”.
Finalmente, o Papa
chamou a atenção sobre a importância de rezar o Pai Nosso na conclusão da
celebração do batismo: “A celebração do Batismo se conclui com a oração do Pai
Nosso, própria da comunidade dos filhos de Deus. Na verdade, as crianças
renascidas no Batismo, receberão a plenitude do dom do Espírito Santo na Confirmação
e participarão na Eucaristia, aprendendo o que significa
dirigir-se a Deus chamando-o ‘Pai’”.
ORAÇÃO
Ó Deus, que fizestes resplandecer São Pascoal por um profundo amor
para com os sagrados mistérios do Corpo e Sangue do vosso Filho, concedei-nos
acolher em nossa vida as riquezas espirituais de que ele se alimentava nesse
sagrado banquete. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho - Jo 17,20-26
Para que eles cheguem à unidade perfeita.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João 17,20-26
.Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai
santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em
mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu
em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me
enviaste.
22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós
somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade
perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a
mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver,
para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me
amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas
eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste.
26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais,
para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”. Palavra da Salvação.
Glória a vós,
Senhor.
Comentário do Evangelho
PERFEITOS NA UNIDADE
A unidade foi o tema
polarizador da pregação de Jesus, na etapa final do seu ministério. Esta
preocupação é facilmente compreensível. Ele conhecia bem o coração humano, e
sua tendência para a divisão, os conflitos, e a visão distorcida da realidade.
Sintoma do pecado, a ausência de comunhão coloca-se no extremo oposto do ideal
de Jesus. Foi este o alvo de sua ação redentora: arrancar o ser humano do
egoísmo, que perverte o coração e o afasta de Deus e do próximo, levando a
converter-se à unidade.
O modelo de unidade vislumbrado
por Jesus é a comunhão trinitária. Portanto, ao apelar para a unidade, sua
intenção foi levar os seres humanos a viver de modo semelhante, como vivem o
Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o mesmo projeto, fundado na comunhão, que
Jesus propõe para a humanidade, a começar pelo grupo restrito dos discípulos.
Para Jesus, a comunhão dos
discípulos reforçaria a credibilidade de sua condição de enviado. Se implantou
uma forma de amor-comunhão, diferente das até então conhecidas, é porque ele,
de alguma forma, a tinha previamente experimentado na comunhão com o Pai e o
Espírito Santo. Esta experiência prévia, no seio da Trindade, possibilitou a
Jesus mostrar aos seres humanos o que seria melhor para eles. Sem
amor-comunhão, só existe frustração. Não existe salvação possível.
É próprio do discípulo cultivar
o ideal de ser perfeito na unidade.
SANTO DO DIA
SÃO PASCOAL BAILÃO

Pascoal por humildade permaneceu
um simples irmão leigo, exercendo as funções de porteiro e ajudante dos
serviços gerais. Bom, caridoso e obediente às regras da Ordem, fazia penitência
constante, alimentando-se muito pouco e mantendo-se em constante oração.
Defensor extremado de sua fé
travou grande luta contra os calvinistas franceses que negavam a eucaristia.
Apesar da sua simplicidade, Pascoal era muito determinado quando se tratava de
dissertar sobre sua espiritualidade e conhecimentos eucarísticos.
Ele morreu no dia 17 de maio de
1592, aos cinquenta e dois anos, em Villa Real, Valência. São Pascoal é patrono
dos congressos eucarísticos.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : A
amor de São Pascoal pela eucaristia o fez perseverar na fé e no amor ao Cristo.
Sua simplicidade era a marca de sua dedicação à causa do reino de Deus. Pascoal
sabia que o Cristo estava presente na eucaristia, mas também sabia que Jesus
está presente em cada pessoa que sofre as injustiças neste mundo. Possamos
também nós descobrir Jesus presente na Eucaristia e presente nos sofredores e
sofredoras deste mundo.
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