Papa Francisco. Foto: Vatican Media
Vaticano, 26 Mai.
18 / 08:00 am (ACI).- O Papa Francisco, durante a homilia
da Missa em Santa Marta há alguns dias,
assegurou que não existem cristãos “tranquilos”, porque todos estão chamados a
“lutar” contra o pecado e o demônio.
“A luta que Jesus
travou contra o diabo, contra o mal, não é algo antigo, é algo muito moderno, é
algo de hoje, de todos os dias”, destacou.
O Papa disse que
“Jesus nos chama a mudar de vida,
a mudar de rumo, nos chama à conversão” e isso nos leva a “uma luta que não
traz tranquilidade, mas paz”.
“Mudar o modo de
pensar, mudar o modo de sentir. O seu coração que era mundano, pagão, agora se
torna cristão com a força de Cristo: mudar, esta é a conversão. E mudar no modo
de agir: as suas obras devem mudar”.
Uma “conversão que
envolve tudo, corpo e alma, tudo”, destacou na homilia pronunciada
recentemente.
“É uma
transformação, mas não é uma transformação que se faz com a maquiagem: é uma
transformação que o Espírito Santo faz, dentro. E eu devo ajudar para que o
Espírito Santo possa agir e isso significa lutar”.
Nesse sentido,
assinalou que “não existem cristãos tranquilos, que não lutam”. “Estes não são
cristãos, são ‘mornos’”.
Francisco disse,
então, que a tranquilidade para dormir “pode ser encontrada inclusive numa
pílula”, mas “não existem pílulas para a paz”. “Somente o Espírito Santo” pode
dar “aquela paz da alma que dá a fortaleza aos cristãos”.
“E nós – continuou
– devemos ajudar o Espirito Santo”, abrindo “espaço no nosso coração”. “E
nisto, muito nos ajuda “lutar contra as doenças do Espírito, aquelas que
semeiam o inimigo e que são as doenças da mundanidade”.
O Papa convidou os
fiéis a se perguntarem: “Como passei da mundanidade, do pecado, à graça, abri
espaço para o Espírito Santo para que Ele pudesse agir?”.
“As dificuldades na
nossa vida não se resolvem aguando a verdade. A verdade é esta, Jesus trouxe
fogo e luta, o que eu faço?”.
Para a conversão, é
preciso “um coração generoso e fiel: generosidade, que sempre vem do amor, e
fidelidade, fidelidade à Palavra de Deus”, concluiu.
EVANGELHO (MC 10,17-27)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo † segundo Marcos.
Glória
a vós, Senhor!
Naquele tempo, 17quando Jesus
saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou:
“Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”
18Jesus disse: “Por que me chamas
de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não
matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso
testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”
20Ele respondeu: “Mestre, tudo
isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor,
e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e
terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”
22Mas quando ele ouviu isso,
ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus
então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos
entrar no Reino de Deus!”
24Os discípulos se admiravam com
estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no
Reino de Deus! 25Émais fácil um camelo passar peloburaco de uma agulha do que
um rico entrar no Reino deDeus!”
26Eles ficaram muito espantados
ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?”
27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não
para Deus. Para Deus tudo é possível”.
Palavra da Salvação. Glória
a vós, Senhor!
«Vai, vende tudo o que tens, dá o
dinheiro aos pobres;(…) vem e segue-me»
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.
(Barcelona, Espanha)
(Barcelona, Espanha)
Hoje a liturgia apresenta-nos um evangelho, onde é
difícil ficar indiferente se o encaramos com sinceridade de coração.
Ninguém pode duvidar das boas intenções daquele jovem que se aproximou diante de Jesus para fazer-lhe uma pergunta: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?» (Mc 10,17). Segundo o que nos expressa São Marcos, é claro que nesse coração havia uma necessidade de algo mais, pois é fácil supor que —como bom israelita— conhecia bem o que dizia a Lei ao respeito, mas no seu interior havia uma inquietação, uma necessidade de ir mais além, e por isso, interpela a Jesus.
Na nossa vida cristã temos que apreender a superar essa visão que reduz a fé a uma questão de mero cumprimento. Nossa fé é mais que isso. É uma adesão a Alguém, que é Deus. Quando pomos o coração em algo, pomos também a vida, e no caso da fé, superamos o conformismo que hoje parece sufocar a existência de tantos crentes. Quem ama não se conforma com dar qualquer coisa. Quem ama busca uma relação pessoal, próxima, leva em conta os detalhes e sabe descobrir em tudo uma ocasião para crescer no amor. Quem ama se entrega.
Em realidade, a resposta de Jesus à pergunta do jovem é uma porta aberta a essa entrega total por amor: «Vende tudo o que tens, dá-lhe tudo aos pobres (…); depois, vem e segue-me» (Mc 10,21). Não é um deixar porque sim, esse deixar é um dar-se, e é um dar-se que é expressão genuína do amor. Abramos, pois, o nosso coração a esse amor-doação. Vivamos a nossa relação com Deus nessa chave. Orar, servir, trabalhar, superar-se... Todos são caminhos de entrega e, por tanto, caminhos de amor. Que o Senhor encontre em nós, não só um coração sincero, também um coração generoso e aberto às exigências do amor. Porque —em palavras de João Paulo II— «O amor que vem de Deus, amor terno e esponsal, é fonte de exigências profundas e radicais»
Ninguém pode duvidar das boas intenções daquele jovem que se aproximou diante de Jesus para fazer-lhe uma pergunta: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?» (Mc 10,17). Segundo o que nos expressa São Marcos, é claro que nesse coração havia uma necessidade de algo mais, pois é fácil supor que —como bom israelita— conhecia bem o que dizia a Lei ao respeito, mas no seu interior havia uma inquietação, uma necessidade de ir mais além, e por isso, interpela a Jesus.
Na nossa vida cristã temos que apreender a superar essa visão que reduz a fé a uma questão de mero cumprimento. Nossa fé é mais que isso. É uma adesão a Alguém, que é Deus. Quando pomos o coração em algo, pomos também a vida, e no caso da fé, superamos o conformismo que hoje parece sufocar a existência de tantos crentes. Quem ama não se conforma com dar qualquer coisa. Quem ama busca uma relação pessoal, próxima, leva em conta os detalhes e sabe descobrir em tudo uma ocasião para crescer no amor. Quem ama se entrega.
Em realidade, a resposta de Jesus à pergunta do jovem é uma porta aberta a essa entrega total por amor: «Vende tudo o que tens, dá-lhe tudo aos pobres (…); depois, vem e segue-me» (Mc 10,21). Não é um deixar porque sim, esse deixar é um dar-se, e é um dar-se que é expressão genuína do amor. Abramos, pois, o nosso coração a esse amor-doação. Vivamos a nossa relação com Deus nessa chave. Orar, servir, trabalhar, superar-se... Todos são caminhos de entrega e, por tanto, caminhos de amor. Que o Senhor encontre em nós, não só um coração sincero, também um coração generoso e aberto às exigências do amor. Porque —em palavras de João Paulo II— «O amor que vem de Deus, amor terno e esponsal, é fonte de exigências profundas e radicais»
SANTO DO DIA
SÃO GERMANO DE PARIS
Germano nasceu em 496. Diz a
tradição que sua mãe tentou abortá-lo e que na infância ele teria sido
envenenado, mas o menino sobreviveu para tornar-se um grande santo. Foi criado
por um primo bem mais velho, um ermitão chamado Escapilão, que o fez prosseguir
os estudos em Avalon. Germano viveu como ermitão durante quinze anos,
aprendendo a doutrina de Cristo.
Em 531, ele foi ordenado diácono
e três anos depois, sacerdote. Foi então para Paris, e pelos seus dons,
principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei, que apreciava a sua
sensatez. Tornou-se bispo de Paris.
Germano era pródigo em caridade e
esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era
visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre, feliz
por sentir frio, mas tendo a certeza que o pobre estava aquecido.
Assim viveu o bispo Germano de
Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Suas relíquias se encontram na
majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da
cidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : A história de São Germano nos mostra que Deus realmente tem
caminhos misteriosos aos olhos humanos. Salvo da morte na infância, nosso santo
soube aproveitar seus dias para o serviço dos mais pobres e abandonados,
impulsionado pelo amor ao evangelho de Cristo. Na nossa vida, somos acometidos
por muitas adversidades, mas confiar plenamente em Jesus Cristo nos dá forças
para avançar mesmo em tempos de penúria.
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– A12.COM
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