terça-feira, 30 de junho de 2020

bom dia evangelho - 01 de julho de 2020


Bodia evangelho

01 de julho de 2020
Dia Litúrgico: Quarta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Meninas uigures em um mercado em Xinjiang. Crédito: Colegota (CC BY-SA 2.5 ES)
PEQUIM, 30 Jun. 20 / 04:00 pm (ACI).- Um relatório denuncia que o Governo da China está cometendo um "genocídio lento, doloroso e persistente" contra a etnia muçulmana uigur na província de Xinjiang.
No relatório divulgado em 29 de junho, a Associated Press (AP) indicou que numerosos uigures, etnia minoritária muçulmana que vive no noroeste da província de Xinjiang, foram presos por terem muitos filhos, e as mulheres são submetidas a abortos forçados, implantação de dispositivos intrauterinos (DIUs) e outros anticonceptivos, por parte das autoridades chinesas.
O relatório, que cita estatísticas do Governo, documentos estaduais, entrevistas com ex-prisioneiros, familiares e um instrutor em um campo de detenção, mostra vários abusos do governo chinês contra a minoria étnica e religiosa.
Estima-se que no país existam entre 900 mil e 1,8 milhão de uigures no sistema de mais de 1.300 campos de detenção do regime chinês, que busca sua "reeducação". Aqueles que deixaram esses lugares denunciam trabalho forçado, tortura e maus-tratos. A China inicialmente negou sua existência, mas em 2018 as autoridades foram forçadas a admitir que existem.
Um especialista disse à AP que esta política das autoridades chinesas é "genocídio e ponto final".
"Não é algo imediato, chocante, de assassinatos em massa do tipo genocida, mas certamente é um genocídio lento, doloroso e assustador", disse a doutora Joanne Smith Finley, especialista em estudos da China na Universidade de Newcastle, no Reino Unido.
Finley destacou que o programa do Governo chinês busca "diretamente reduzir a população uigur através da genética".
A taxa de natalidade na província de Xinjiang caiu consideravelmente desde que o Governo implementou a sua política de controle populacional, indica a AP. A queda em 2019 foi de 24%, enquanto em algumas regiões atingiu mais de 60%.
Em 2014, 200 mil mulheres tinham DIU e em 2018 esse número subiu para 330 mil.
O relatório mostra que 149 dos 484 detidos no condado de Karakax, na província de Xinjiang, foram presos por terem mais do que os filhos oficialmente permitidos.
Antes do Governo do presidente Xi Jinping, os uigures e outras minorias étnicas podiam ter dois filhos e, em alguns casos, três, com exceção da maioria Han, que só podia ter um. Essas regras mudaram em 2015, quando os Han tiveram permissão para ter dois filhos.
Várias mulheres uigures disseram à AP que foram detidas por terem três filhos, embora fosse legal. Sete mulheres foram enviadas para os campos onde “obrigaram-nas a tomar contraceptivos ou receber injeções, sem explicação. Muitas se sentiram enjoadas, cansadas ​​ou doentes e pararam de menstruar".
Depois de deixar os campos, algumas mulheres descobriram que haviam ficado estéreis.
O Governo chinês assegura que os campos buscam prevenir o terrorismo na região, mas vários documentos revelaram que muitos detidos vão a esses lugares pelos "crimes" de seguir práticas islâmicas tradicionais, como jejum ou vestimentas religiosas.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Deus Pai de bondade, que criaste o ser humano para a felicidade e o dispuseste para cantar o seu louvor, alcançai-nos viver com amor o mistério do Cristo e que possamos, a exemplo de São Galo, revestir-nos de humildade para que o vosso nome seja engrandecido. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 8,28-34):
Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: «Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?». Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe: «Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos». Ele disse: «Ide». Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região.
«Pediram-lhe que fosse embora da região»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, no Evangelho, contemplamos um triste contraste. “Contraste” porque admiramos o poder e a majestade divina de Jesus Cristo, a quem voluntariamente se submetem os demônios (sinal claro da chegada do Reino dos Céus). Mas, ao mesmo tempo, deploramos a estreiteza e a mesquinhez de que é capaz o coração humano que repudia o portador da Boa Nova: «A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região» (Mt 8,34). E “triste” porque «a luz verdadeira, que vindo ao mundo (...), mas o mundo não a reconheceu» (Jo 1, 9.11).
Mais contraste e mais surpresa ainda se reparamos no fato de que o homem é livre e esta liberdade tem a “capacidade de reter” o poder infinito de Deus. Digamos isto de outra maneira: a infinita Potestade divina chega até onde o permite nossa “poderosa” liberdade. E isto é assim porque Deus nos ama principalmente com um amor de Pai, e portanto, não nos há de surpreender que ele respeite muito nossa liberdade: Ele não impõe seu amor: apenas o propõe para nós.
Deus, com sabedoria e bondade infintas, governa providencialmente o universo, respeitando nossa liberdade; e também faz isto quando essa liberdade humana lhe dá as costas e não quer aceitar sua vontade. Ao contrário do que possa parecer, não se lhe escapa o mundo das mãos: Deus leva tudo a bom termo, apesar dos impedimentos que Lhe possamos opor. Na verdade, nossos impedimentos são antes de tudo, impedimentos para nós mesmos.
Podemos afirmar então, que «frente a liberdade humana, Deus quis se fazer “impotente”. E pode-se mesmo dizer que Deus está pagando por este grande dom [a liberdade] que nos concedeu como seres criados por Ele à sua imagem e semelhança [o homem]» (João Paulo II). Deus obedece!: sim, se o expulsamos, Ele obedece e se vai. Ele obedece, mas nós perdemos. Ao contrário, saímos ganhando quando respondemos como Santa Maria: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38).
Santo do Dia
São Galo
Filho de pais nobres e ricos, Galo nasceu na França no ano 489. Na sua época era costume os pais combinarem os matrimônios dos filhos. Por isto, ele estava predestinado a se casar com uma jovem donzela de nobre estirpe. Mas Galo desde criança já havia dedicado sua alma à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa, refugiando-se num convento.
Ele era tão dedicado às cerimônias da Santa Missa que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.
Sua atuação religiosa fez dele uma pessoa querida. Foi designado para atuar na corte de Teodorico. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.
Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade, para atender às necessidades do seu rebanho, Galo protagonizou vários prodígios ainda em vida. Salvou sua cidade de um pavoroso incêndio que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais e livrou os habitantes de morrerem vítimas de uma peste que assolava a região.
Ele morreu em 01 de julho de 554, causando forte comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor e necessidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Destaca-se na pessoa de São Galo seu zelo pela liturgia da Igreja. Para ele, o zelo pelas celebrações, tornando-as agradáveis e profundas, era um meio de trazer mais pessoas para viver o mistério de Cristo. A Igreja sempre deu à liturgia um lugar de destaque. Celebrar com dignidade e criatividade é parte essencial da vida cristã. Como a sua comunidade tem celebrado o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo?
tjl@ - acidigital.com – a12.com – evangeli.net

segunda-feira, 29 de junho de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 30 . JUNHO. 2020


Bodia evangelho

30 DE JUNHO DE 2020
Dia Litúrgico: Terça-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Foto: Câmara dos Deputados em Brasília. Foto: Wikipedia
REDAÇÃO CENTRAL, 26 Jun. 20 / 03:27 pm (ACI).- O empenho de líderes pró-vida e a manifestação da população brasileira foram fundamentais para o adiamento da votação dos projetos de Lei 1.444 e 1.552 de 2020 na sessão virtual da Câmara dos Vereadores, nesta quinta-feira, 25. Se tivessem sido aprovados como estavam seriam brechas para a despenalização do aborto no Brasil.
A mobilização, via telefone e redes sociais, jogou luz em pontos obscurecidos e conseguiu adiar a movida, que foi apelidada de “Covidão do Aborto”, por aproveitar de maneira sorrateira o surto de Covid-19 para ampliar os casos em que o aborto no Brasil não é penalizado.
“As lideranças conseguiram explicar o que estava embutido nos projetos, as armadilhas e eufemismos para o presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia, que retirou de pauta. Não chegou a ter discussão sobre esses projetos”, disse o coordenador do Movimento Legislação e Vida, professor Hermes Rodrigues Nery.
Segundo o professor Nery, a vitória ainda é temporária, porque a tramitação está em aberto e o pacote legislativo em favor do aborto ainda pode voltar na próxima semana.
“Caso os projetos entrem em pauta novamente, saberemos com um dia de antecedência. A mobilização precisa continuar para evitar que a agenda do aborto avance sorrateiramente no Congresso Nacional, sob o pretexto da pandemia do novo coronavírus”, afirmou.
Com a hashtag #ABORTONunca, grupos pró-vida inundaram as redes sociais alertando os congressistas que a vontade da grande maioria da população brasileira precisa ser respeitada. Segundo a pró-vida brasileira Zezé Luz, líder da Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, a luta para defender bebês inocentes nos ventres maternos também está acontecendo em toda a América Latina.
“Estamos na mesma condição, a Argentina, a Colômbia, o Chile, todos nós estamos lutando contra o aborto, a ideologia de gênero e demais políticas contrárias à vida e à família”, pontuou.
“Que todos nós, cada um em sua área, seja no parlamento, em suas áreas de atuação, dentro de seus apostolados, obras e instituições, possamos focar na mobilização do Congresso Nacional, para que esses dispositivos de descriminalização do aborto no Brasil sejam impedidos”, exortou Zezé, quem recordou ainda que existe um documento em português para explicar as armadilhas dos projetos abortistas.
“Peço que leiam e repassem o documento inteiro ou simplificado, divulguem e estudem para que possam entender o grande ‘dragão’ que precisamos destruir. Esse mostro que assola o país e o mundo quer o controle populacional, a descriminalização do aborto e a desconstrução das famílias. Nós precisamos falar a verdade, as pessoas precisam saber o que está acontecendo”, motivou Zezé Luz.
Foi escrito também um texto para ser dito por telefone ou enviado por email ou pelas redes sociais para os deputados federais: “Pedimos que nos Projetos de Lei nº 1.552/2020 e nº 1.444/2020 seja inserida uma cláusula de que esse dinheiro NÃO SERÁ USADO PARA FINANCIAR O ABORTO; e que no art. 7º do Projeto de Lei nº 1.552/2020 se insira também uma cláusula de que é necessária a lavratura imediata de um Boletim de Ocorrência conforme a Lei nº 13.718/18.”
“Nós representamos mais de 80% da população que é contrária ao aborto. Sigamos firmes, fortes e motivados. Não vamos desistir de lutar pelos brasileiros do futuro”, garantiu a líder pró-vida do Rio de Janeiro.
Confira a íntegra do documento pró-vida:

Oração: Santos mártires de nossa santa Igreja, que passaram por tantos sofrimentos mas não perderam a fé, nós vos louvamos por vossas vidas tão heroicas e santas e nos consagramos a vós para que também nós nos tornemos cristãos em verdade e em vida. Assim seja!
Evangelho (Mt 8,23-27):
Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Eles foram acordá-lo. «Senhor», diziam, «salva-nos, estamos perecendo!» «Por que tanto medo, homens de pouca fé?», respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As pessoas ficaram admiradas e diziam: «Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?». Palavra de vida eterna.
«Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
Hoje, terça-feira XIII do tempo comum, a liturgia oferece-nos um dos fragmentos mais impressionantes da vida publica do Senhor. A cena apresenta uma grande vivacidade, contrastando radicalmente a atitude dos discípulos com a de Jesus. Podemos imaginar-nos a agitação que reinou na barca quando «veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas» (Mt 8,24), mas a agitação não foi suficiente para acordar Jesus que dormia. Tiveram que ser os discípulos quem, no seu desespero, acordaram Jesus!: «Senhor, salva-nos, estamos perecendo!» (Mt 8,25).
O Evangelista serve-se de todo este dramatismo para nos revelar o autêntico ser de Jesus. A tempestade não tinha perdido a sua fúria e os discípulos continuavam cheios de agitação quando o Senhor, simples e tranquilamente, «levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria» (Mt 8,26). Da Palavra repreendedora de Jesus seguiu-se a calma, a calma que não estava apenas destinada a realizar-se nas aguas agitadas do céu e do mar: a Palavra de Jesus dirigia-se sobre tudo a acalmar os corações temerosos dos seus discípulos. «Por que tanto medo, homens de pouca fé?» (Mt 8,26).
Os discípulos passaram da perturbação e do medo à admiração própria daquele que acaba de assistir a alguma coisa impensável até então. A surpresa, a admiração, a maravilha de uma mudança drástica na situação em que viviam despertou neles uma pergunta central: «Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?» (Mt 8,27). Quem é aquele que pode acalmar as tempestades do céu e da terra e, ao mesmo tempo, as dos corações dos homens? Apenas «quem dormindo como homem numa barca, pode dar ordens aos ventos e ao mar, como Deus» (Nicetas de Remesiana).
Quando pensamos que a terra se afunda, não esqueçamos que o nosso Salvador é o próprio Deus feito homem, o qual se nos dá pela fé.
Santo do Dia
Os primeiros mártires de Roma
No ano de 64, um pavoroso incêndio reduziu Roma a cinzas. O imperador Nero, considerado imoral e louco por alguns historiadores, se viu acusado de ter sido o causador do fogo. Para defender-se, acusou os cristãos, fazendo brotar um ódio dos pagãos contra os seguidores de Cristo. Nero ordenou o massacre de todos eles.
Houve execuções de todo tipo e forma e algumas cenas sanguinárias estimulavam os mais terríveis sentimentos humanos. Alguns adultos foram embebidos em pixe e transformados em tochas humanas usadas para iluminar os jardins do imperador. Em outro episódio revoltante, crianças e mulheres foram vestidas com peles de animais e jogadas no circo às feras, para serem destroçadas e devoradas por elas.
A crueldade se estendeu do ano de 64 até 67, chegando a um exagero tão grande que acabou incutindo no povo um sentimento de piedade. O ódio acabou se transformando em solidariedade. Os apóstolos São Pedro e São Paulo foram duas das mais famosas vítimas deste imperador.
Porém, como bem nos lembrou o Papa Clemente, o dia de hoje é a festa de todos os mártires, que com o seu sangue sedimentaram a gloriosa Igreja Católica. No sangue dos homens e mulheres que foram sacrificados em Roma nasceu forte e viçosa a flor da evangelização.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:Celebramos nesta festividade a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia. Eles são testemunhas da ressurreição de Jesus. Pela fé nos mostram que aqueles que creem em Cristo viverão para sempre, porque Deus é Deus de vivos. Por isso, todo martírio pela fé é um sinal marcante de que vale a pena doar a vida pelo Reino de Deus.
tjl@ - a12.com – evangeli.net – acidigital.com

domingo, 28 de junho de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 29 DE JUNHO DE 202


Bodia evangelho

29 de junho de 2020
Dia Litúrgico: 29 de Junho: São Pedro e São Paulo, apóstolos
São Pedro e São Paulo, de Peter Paul Rubens/ Twitter Museu do Prado
REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jun. 20 / 06:00 am (ACI).- A Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo juntos em 29 de junho, mas no Brasil é  transferida para o domingo. Entretanto, há algumas dúvidas sobre as verdadeiras razões do motivo da festa de ambos os apóstolos ser celebrada no mesmo dia.
A seguir, 7 chaves que permitem entender isso:
1. Santo Agostinho de Hipona expressou que eram “um só”
Em um sermão do ano 395, o Doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona, expressou que São Pedro e São Paulo, “na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”.
2. Ambos padeceram em Roma
Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano na Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Pedro passou seus últimos anos em Roma liderando a Igreja durante a perseguição e até o seu martírio no ano 64. Foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido próprio, por não se considerar digno de morrer como seu Senhor. Foi enterrado na colina do Vaticano e a Basílica de São Pedro está construída sobre seu túmulo.
São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na Basílica de São Paulo Extramuros.
3. São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia de 2012 na Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Bento XVI assegurou que “a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma”.
4. São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o Santo Padre chamou esses dois apóstolos de “padroeiros principais da Igreja de Roma”.
“Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo”, detalhou.
5. São a versão contrária de Caim e Abel
O Santo Padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
“Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava”, relatou o Santo Padre Bento XVI.
6. Porque Pedro é a “rocha”
Esta celebração recorda que São Pedro foi escolhido por Cristo – “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” – e humildemente aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas.
Os Atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da Ressurreição e Ascenção de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
Como explicou em sua homilia o Sumo Pontífice Bento XVI, “na passagem do Evangelho de São Mateus (...), Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende confiar-lhe, ou seja, a de ser a ‘pedra’, a ‘rocha’, o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja”.
7. São Paulo também é coluna do edifício espiritual da Igreja
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.
“A iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: ‘Combati o bom combate’ (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja”, expressou Bento XVI em sua homilia.

Oração: Príncipes dos apóstolos e doutores do Universo, São Pedro e São Paulo, rogai ao Mestre de todas as coisas que dê a paz ao mundo e às nossas almas a sua grande misericórdia. Fazei de nós seguidores fiéis de Jesus e inspirai-nos o zelo missionário. Amém!
Evangelho (Mt 16,13-19):
Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem?». Eles responderam: «Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas». «E vós», retomou Jesus, «quem dizeis que eu sou?». Simão Pedro respondeu: «Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Jesus então declarou: «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus». Palavra de vida eterna.
«Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo»
Mons. Jaume PUJOL i Balcells Arcebispo Emérito de Tarragona e Primaz de Catalunha(Tarragona, Espanha)
Hoje, celebramos a solenidade de São Pedro e São Paulo, que foram fundamentos da Igreja primitiva e, portanto, da nossa fé cristã. Apóstolos do Senhor, testemunhas da primeira hora, viveram aqueles momentos iniciais de expansão da Igreja e selaram com o seu sangue a fidelidade a Jesus. Oxalá nós, cristãos do séc. XXI, saibamos ser testemunhas credíveis do amor de Deus no meio dos homens, tal como o foram estes dois Apóstolos e como têm sido tantos e tantos dos nossos conterrâneos.
Numa das suas primeiras intervenções, o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais, disse-lhes que temos de «caminhar, edificar e confessar». Ou seja, temos de avançar no nosso caminho da vida, edificando a Igreja e confessando o Senhor. O Papa advertiu: «Podemos caminhar tanto quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, alguma coisa não funciona. Acabaremos por ser uma ONG assistencial, mas não a Igreja, esposa do Senhor».
Escutámos no Evangelho da missa de hoje um facto central para a vida de Pedro e da Igreja. Jesus pede àquele pescador da Galileia um acto de fé na sua condição divina e Pedro não duvida em afirmar: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Imediatamente a seguir, Jesus institui o Primado, dizendo a Pedro que será a rocha firme sobre a qual será edificada a Igreja ao longo dos tempos (cf. Mt 16,18) e dando-lhe o poder das chaves, a suprema potestade.
Embora Pedro e os seus sucessores sejam assistidos pela força do Espírito Santo, necessitam igualmente da nossa oração, porque a missão que têm é de grande transcendência para a vida da Igreja: têm de ser fundamento seguro para todos os cristãos ao longo dos tempos; portanto, todos os dias temos de rezar também pelo Santo Padre, pela sua pessoa e pelas suas intenções.
Santo do Dia
São Pedro e São Paulo
A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a Conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, temos a festa da Cátedra de São Pedro e 18 de novembro, reservado à Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo.
O martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes: São Pedro, crucificado de cabeça para baixo na Colina Vaticana em 64, e São Paulo decapitado na chamada Três Fontes em 67. Mas não há certeza quanto ao ano desses martírios.
São Pedro e São Paulo não fundaram Roma, mas são considerados os "pais de Roma" e considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionário.
São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro Papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Paulo é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos gentios".
No Brasil, em homenagem a São Pedro, fogueiras são acesas, mastros são erguidos com a sua bandeira, fogos são queimados. São Pedro é caracterizado como protetor dos pescadores. A brincadeira do pau-de-sebo está em várias regiões, estando diretamente relacionada com a festividade deste santo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Pedro, segurando as chaves, símbolo de seu apostolado como chefe da Igreja, e Paulo, missionário por excelência, são as duas colunas da Igreja, enraizadas no grande fundamento da fé, que é Jesus Cristo. Celebrar a festa destes apóstolos nos permite vislumbrar a aproximação do Reino de Deus, que nasce de nosso envolvimento com a causa do evangelho.
tjl@ -acidigital.com – a12.com – evangeli.net