Meninas uigures em um mercado em
Xinjiang. Crédito: Colegota (CC BY-SA 2.5 ES)
PEQUIM, 30 Jun. 20 / 04:00 pm (ACI).- Um relatório
denuncia que o Governo da China está cometendo um "genocídio lento,
doloroso e persistente" contra a etnia muçulmana uigur na província de
Xinjiang.
No relatório
divulgado em 29 de junho, a Associated Press (AP) indicou que numerosos
uigures, etnia minoritária muçulmana que vive no noroeste da província de
Xinjiang, foram presos por terem muitos filhos, e as mulheres são submetidas a
abortos forçados, implantação de dispositivos intrauterinos (DIUs) e outros
anticonceptivos, por parte das autoridades chinesas.
O relatório, que
cita estatísticas do Governo, documentos estaduais, entrevistas com
ex-prisioneiros, familiares e um instrutor em um campo de detenção, mostra
vários abusos do governo chinês contra a minoria étnica e religiosa.
Estima-se que no
país existam entre 900 mil e 1,8 milhão de uigures no sistema de mais de 1.300
campos de detenção do regime chinês, que busca sua "reeducação".
Aqueles que deixaram esses lugares denunciam trabalho forçado, tortura e
maus-tratos. A China inicialmente negou sua existência, mas em 2018 as
autoridades foram forçadas a admitir que existem.
Um especialista
disse à AP que esta política das autoridades chinesas é "genocídio e ponto
final".
"Não é algo
imediato, chocante, de assassinatos em massa do tipo genocida, mas certamente é
um genocídio lento, doloroso e assustador", disse a doutora Joanne Smith
Finley, especialista em estudos da China na Universidade de Newcastle, no Reino
Unido.
Finley destacou que
o programa do Governo chinês busca "diretamente reduzir a população uigur
através da genética".
A taxa de
natalidade na província de Xinjiang caiu consideravelmente desde que o Governo
implementou a sua política de controle populacional, indica a AP. A queda em
2019 foi de 24%, enquanto em algumas regiões atingiu mais de 60%.
Em 2014, 200 mil
mulheres tinham DIU e em 2018 esse número subiu para 330 mil.
O relatório mostra
que 149 dos 484 detidos no condado de Karakax, na província de Xinjiang, foram
presos por terem mais do que os filhos oficialmente permitidos.
Antes do Governo do
presidente Xi Jinping, os uigures e outras minorias étnicas podiam ter dois
filhos e, em alguns casos, três, com exceção da maioria Han, que só podia ter
um. Essas regras mudaram em 2015, quando os Han tiveram permissão para ter dois
filhos.
Várias mulheres
uigures disseram à AP que foram detidas por terem três filhos, embora fosse
legal. Sete mulheres foram enviadas para os campos onde “obrigaram-nas a tomar
contraceptivos ou receber injeções, sem explicação. Muitas se sentiram
enjoadas, cansadas ou doentes e pararam de
menstruar".
Depois de deixar os
campos, algumas mulheres descobriram que haviam ficado estéreis.
O Governo chinês
assegura que os campos buscam prevenir o terrorismo na região, mas vários
documentos revelaram que muitos detidos vão a esses lugares pelos
"crimes" de seguir práticas islâmicas tradicionais, como jejum ou
vestimentas religiosas.
Oração:
Deus
Pai de bondade, que criaste o ser humano para a felicidade e o dispuseste para
cantar o seu louvor, alcançai-nos viver com amor o mistério do Cristo e que
possamos, a exemplo de São Galo, revestir-nos de humildade para que o vosso
nome seja engrandecido. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mt 8,28-34):
Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à
região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos
túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles
então gritaram: «Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos
atormentar antes do tempo?». Ora, acerta distância deles estava pastando uma
manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe: «Se nos expulsas,
manda-nos à manada de porcos». Ele disse: «Ide». Os demônios saíram, e foram
para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para
dentro do mar, morrendo nas águas. Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à
cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. A cidade inteira saiu
ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da
região.
«Pediram-lhe que fosse embora
da região»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, no Evangelho, contemplamos um triste contraste. “Contraste” porque
admiramos o poder e a majestade divina de Jesus Cristo, a quem voluntariamente
se submetem os demônios (sinal claro da chegada do Reino dos Céus). Mas, ao
mesmo tempo, deploramos a estreiteza e a mesquinhez de que é capaz o coração
humano que repudia o portador da Boa Nova: «A cidade inteira saiu ao encontro
de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região» (Mt
8,34). E “triste” porque «a luz verdadeira, que vindo ao mundo (...), mas o
mundo não a reconheceu» (Jo 1, 9.11).
Mais contraste e mais surpresa ainda se reparamos no fato de que o homem é livre e esta liberdade tem a “capacidade de reter” o poder infinito de Deus. Digamos isto de outra maneira: a infinita Potestade divina chega até onde o permite nossa “poderosa” liberdade. E isto é assim porque Deus nos ama principalmente com um amor de Pai, e portanto, não nos há de surpreender que ele respeite muito nossa liberdade: Ele não impõe seu amor: apenas o propõe para nós.
Deus, com sabedoria e bondade infintas, governa providencialmente o universo, respeitando nossa liberdade; e também faz isto quando essa liberdade humana lhe dá as costas e não quer aceitar sua vontade. Ao contrário do que possa parecer, não se lhe escapa o mundo das mãos: Deus leva tudo a bom termo, apesar dos impedimentos que Lhe possamos opor. Na verdade, nossos impedimentos são antes de tudo, impedimentos para nós mesmos.
Podemos afirmar então, que «frente a liberdade humana, Deus quis se fazer “impotente”. E pode-se mesmo dizer que Deus está pagando por este grande dom [a liberdade] que nos concedeu como seres criados por Ele à sua imagem e semelhança [o homem]» (João Paulo II). Deus obedece!: sim, se o expulsamos, Ele obedece e se vai. Ele obedece, mas nós perdemos. Ao contrário, saímos ganhando quando respondemos como Santa Maria: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38).
Mais contraste e mais surpresa ainda se reparamos no fato de que o homem é livre e esta liberdade tem a “capacidade de reter” o poder infinito de Deus. Digamos isto de outra maneira: a infinita Potestade divina chega até onde o permite nossa “poderosa” liberdade. E isto é assim porque Deus nos ama principalmente com um amor de Pai, e portanto, não nos há de surpreender que ele respeite muito nossa liberdade: Ele não impõe seu amor: apenas o propõe para nós.
Deus, com sabedoria e bondade infintas, governa providencialmente o universo, respeitando nossa liberdade; e também faz isto quando essa liberdade humana lhe dá as costas e não quer aceitar sua vontade. Ao contrário do que possa parecer, não se lhe escapa o mundo das mãos: Deus leva tudo a bom termo, apesar dos impedimentos que Lhe possamos opor. Na verdade, nossos impedimentos são antes de tudo, impedimentos para nós mesmos.
Podemos afirmar então, que «frente a liberdade humana, Deus quis se fazer “impotente”. E pode-se mesmo dizer que Deus está pagando por este grande dom [a liberdade] que nos concedeu como seres criados por Ele à sua imagem e semelhança [o homem]» (João Paulo II). Deus obedece!: sim, se o expulsamos, Ele obedece e se vai. Ele obedece, mas nós perdemos. Ao contrário, saímos ganhando quando respondemos como Santa Maria: «Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38).
Santo do Dia
São Galo
Filho de pais nobres e ricos, Galo nasceu na França
no ano 489. Na sua época era costume os pais combinarem os matrimônios dos
filhos. Por isto, ele estava predestinado a se casar com uma jovem donzela de
nobre estirpe. Mas Galo desde criança já havia dedicado sua alma à vida
espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa,
refugiando-se num convento.
Ele era tão dedicado às cerimônias da Santa Missa
que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para
a música, era também dotado de uma voz maravilhosa que encantava e atraía fiéis
para ouvi-lo cantar no coro do convento.
Sua atuação religiosa fez dele uma pessoa querida.
Foi designado para atuar na corte de Teodorico. Em 527, quando morreu o bispo
Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o
posto.
Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade,
para atender às necessidades do seu rebanho, Galo protagonizou vários prodígios
ainda em vida. Salvou sua cidade de um pavoroso incêndio que ameaçava
transformar em cinzas todas as construções locais e livrou os habitantes de
morrerem vítimas de uma peste que assolava a região.
Ele morreu em 01 de julho de 554, causando forte
comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor
e necessidade.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Destaca-se na pessoa de São Galo seu zelo pela
liturgia da Igreja. Para ele, o zelo pelas celebrações, tornando-as agradáveis
e profundas, era um meio de trazer mais pessoas para viver o mistério de
Cristo. A Igreja sempre deu à liturgia um lugar de destaque. Celebrar com
dignidade e criatividade é parte essencial da vida cristã. Como a sua
comunidade tem celebrado o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo?
tjl@
- acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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