Pe. Connor (esquerda) e Pe. Peyton Plessala.
Crédito: Catholic News Agency (Agência em inglês do grupo ACI)
ALABAMA, 19 Jun. 20 / 10:45 am (ACI).- Em tempos de
pandemia de coronavírus, os irmãos Peyton e Connor Plessala prostraram-se em
frente ao altar, entregaram suas vidas ao serviço de Deus e da Igreja Católica em
uma Missa privada,
em 30 de maio, na Catedral Basílica da Imaculada Conceição em Mobile, Alabama
(Estados Unidos)
Peyton,
de 27 anos, e Connor, de 25 anos, passaram boa parte de suas vidas focados em
temas próprios de sua juventude, como estudos acadêmicos, excursões, amigos,
namoradas e esportes, e sempre foram mais próximos do que os "melhores
amigos", disse Connor à CNA, agência em inglês do grupo ACI.
Ambos
tinham muitas opções e caminhos que poderiam ter escolhido para suas vidas; no
entanto, “por alguma razão, Deus escolheu nos chamar e o fez. Tivemos a sorte
de contar com os fundamentos de nossos pais e de nossa educação para escutá-lo
(a Deus) e depois dizer ‘sim’”, afirmou Peyton.
"Passamos
tanto tempo no seminário nos preparando para ser efetivos um dia (...)
conversando sobre nossos planos, sonhos, esperanças e coisas que poderíamos
fazer um dia em um futuro hipotético... Agora estamos aqui e mal posso esperar
para começar", disse Peyton e expressou seu entusiasmo de começar a ajudar
na educação e nas escolas católicas e de ouvir confissões.
Os
pais dos novos sacerdotes são médicos que cresceram no sul da Louisiana, onde,
segundo Peyton, você é católico, a menos que declare o contrário. Quando Connor
e Peyton eram muito jovens, a família se mudou para o Alabama.
Eles
iam à Missa todos os domingos com seus dois irmãos mais novos e foram educados
na fé e no que Peyton chama de "virtudes naturais": como ser pessoas
boas e decentes, a importância de escolher sabiamente seus amigos e o valor da
educação. Para os novos sacerdotes, embora seus pais sempre tenham sido
católicos, não eram do tipo de família que "rezava o Terço em volta da
mesa", disseram.
Praticar
esportes coletivos, como futebol, basquete e beisebol, incentivados por seus
pais, também ajudou a formar neles as virtudes naturais, pois ensinou-lhes o
valor do trabalho duro, do companheirismo e de dar o exemplo aos demais.
Apesar
de frequentar escolas católicas e ter "palestras vocacionais" anuais,
nenhum deles realmente considerou o sacerdócio como uma opção para suas vidas
até o início de 2011, quando viajaram com seus colegas de escola para
Washington, D.C., para a Marcha pela Vida, a maior reunião
anual pró-vida nos EUA.
Naquela
viagem, os rapazes ficaram impressionados com o entusiasmo e a alegria de seu
guia de grupo do Colégio Católico McGill-Toolen, que era um sacerdote
recém-ordenado. Nesta viagem, ambos sentiram o chamado, mas apenas Connor
considerou ingressar no seminário após terminar o colégio e, no outono de 2012,
começou seus estudos no St. Joseph Seminary College (Seminário de São José), em
Covington, Louisiana.
Para
Peyton, o caminho para o seminário não foi tão direto, mas na viagem: “Percebi
pela primeira vez: ‘Cara, eu poderia fazer isso. [O sacerdote guia] está tão em
paz consigo mesmo, tão alegre e se divertindo muito. Eu poderia fazer isso.
Esta é uma vida que eu realmente poderia fazer", disse.
Após
a conclusão do ensino médio, Peyton seguiu seu plano original e estudou por
três anos no programa para ingressar na faculdade de medicina na Universidade
do Estado de Luisiana. Lá, começou a namorar com uma menina que conheceu e
durou 2 anos.
Em
seu primeiro ano de faculdade, Peyton liderou um grupo de estudantes do ensino
médio de seu colégio na viagem anual da Marcha pela Vida. Durante o evento, em
um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, percebeu a voz de Deus
perguntando: "Você realmente quer ser médico?" A resposta foi
"não".
“E
no momento em que escutei isso, meu coração estava mais em paz do que...
talvez, em toda a minha vida. Nesse momento, pensei: 'Vou ao seminário'. Por um
momento, tive o propósito de uma vida. Tinha uma direção e um objetivo. Eu
simplesmente sabia quem eu era”, afirmou, e disse que, como resultado de sua
decisão, deveria terminar seu relacionamento com a namorada e assim o fez.
Por
sua parte, Connor lembrou que quando Peyton ligou para lhe contar sua decisão
de ir ao seminário, "fiquei chocado (...). Fiquei extremamente emocionado
porque estaríamos juntos novamente” disse Connor. Foi assim que, no outono de
2014, Peyton ingressou no seminário e, embora os dois sempre tivessem sido
amigos, seu relacionamento melhorou desde então.
Peyton,
como irmão 18 meses mais velho, era quem incentivava e dava os conselhos, mas
com a sua entrada no seminário, pela primeira vez Connor disse que se sentiu
como o “irmão mais velho”, mas como sempre, os dois tinham as próprias ideias e
enfrentavam os desafios de formas diferentes”.
A
experiência de assumir o desafio de se tornar sacerdotes ajudou o
relacionamento deles a amadurecer.
Embora
Connor tivesse entrado dois anos antes no seminário, os dois conseguiram ficar
na mesma turma de ordenação. Peyton disse que seus pais são constantemente
bombardeados com a pergunta: “O que fizeram para que a metade de seus filhos
ingresse no seminário”.
Para
Peyton, dois foram os fatores-chave em sua educação que ajudaram todos os seus
irmãos a crescerem como católicos comprometidos. Primeiro, frequentaram escolas
católicas com uma forte identidade de fé.
Mas
para os irmãos, ainda mais importante era a experiência de reunir-se em família
todas as noites para rezar e estar juntos. "Jantamos em família todas as
noites, independentemente da logística necessária para que isso funcione",
disse Peyton.
"Se
tivéssemos que comer às 16h porque um de nós tinha um jogo naquela noite, ou se
tivéssemos que comer às 21h30, para esperar que alguém chegasse em casa depois
do futebol... Sempre fazíamos um esforço para comer juntos e rezávamos antes
desta comida”, explicou Peyton.
Quando
Peyton e Connor contaram que entrariam no seminário, seus pais os apoiaram
muito em sua vocação, mesmo que suspeitassem que sua mãe estivesse triste
porque, provavelmente, acabaria tendo menos netos. Outros jovens que eles
conheceram deixaram o seminário porque seus pais não os apoiaram, disse Peyton.
"Sim,
os pais sabem o melhor, mas quando se trata das vocações dos filhos, Deus é
quem sabe, porque Deus é o único que chama", comentou Connor.
Ninguém
em sua família, nem mesmo eles, esperava ou previa que poderiam ser chamados ao
sacerdócio, pois eram "meninos normais" que praticavam sua fé, saíam
no ensino médio e tinham muitos interesses variados.
"Acho
que todos os jovens que realmente praticam sua fé provavelmente pensaram nisso
pelo menos uma vez, simplesmente porque conhecem um sacerdote e ele
provavelmente disse: 'Ei, você deveria pensar sobre isso'", disse.
A
esse respeito, Peyton contou que perguntou a muitos de seus amigos católicos e
devotos, que agora são casados, se eles
consideraram o sacerdócio
antes de discernir para o matrimônio. Quase todo mundo disse que pensou nisso
por uma semana ou duas, mas não aderiram à ideia.
Em
vez disso, a ideia do sacerdócio não desapareceu para eles. “Ficou gravada em
mim e depois ficou comigo durante 3 anos. E, finalmente, Deus disse algo como:
‘Já é hora. É hora de fazê-lo’”, disse Peyton.
Para
Connor, dar o passo de ir ao seminário quando ainda estava discernindo foi a
melhor maneira de decidir se Deus realmente o chamava para ser sacerdote. Por
isso, encoraja todos os jovens que se fazem a pergunta sobre o sacerdócio a
irem para o seminário.
"Vá
para o seminário. Você não será pior por isso. Começará a viver uma vida
dedicada à oração, formação, a entrar em si mesmo, aprender quem você é,
conhecer as suas fortalezas e debilidades, e aprender mais sobre a fé. Todas
essas coisas são boas”, disse Connor.
O
seminário não é um compromisso permanente. Se um jovem vai para o seminário e
percebe que o sacerdócio não é para ele, não será pior. Pelo contrário,
"converte-se em um homem melhor, com uma melhor visão sobre si mesmo, que
rezou muito mais do que se não tivesse ido ao seminário”, acrescentou.
Da
mesma forma que para muitas pessoas de sua idade, os caminhos de Peyton e
Connor para a sua vocação definitiva foram sinuosos. “A grande dor dos
millenials é ficar sentado e tentando pensar no que querem fazer da vida
durante tanto tempo que a vida simplesmente passa”, disse Peyton. “Por isso,
uma das coisas que gosta de incentivar nos jovens que estão discernindo é a
fazer algo a respeito”.
Publicado originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: “Se eu me distraio,
a Eucaristia me ajuda a recolher-me. Se me oferecem oportunidades para ofender
a Deus, me apego cada dia mais a Eucaristia e fujo do erro. Se necessito de uma
luz especial e prudência para desempenhar minhas pesadas obrigações, me achego
ao Senhor e busco seu conselho e iluminação”.
Evangelho
(Mt 7,1-5):
«Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o
mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida
que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho
do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como
podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo
tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e
então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão». Palavra de vida
eterna.
«Com o mesmo julgamento com
que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os
outros servirá para vós»
Rev. D. Jordi POU i Sabater
(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje, o Evangelho recordou-me as palavras da Mariscala em O cavaleiro da
Rosa, de Hug von Hofmansthal: «Como é grande a diferença». Como mudar uma coisa
mudará muito o resultado em muitos aspectos da nossa vida, sobretudo, a
espiritual.
Jesus disse: «Não julgueis, e não sereis julgados» (Mt 7,1). Mas, Jesus também tinha dito que temos de corrigir o irmão que está em pecado, e para isso é necessário ter feito antes algum tipo de juízo. O próprio São Paulo nos seus escritos julga a comunidade de Corinto e São Pedro condena Ananias e a sua esposa por falsidade. Por causa disso, São João Crisóstomo justifica: «Jesus não disse que não temos de evitar que um pecador deixe de pecar, temos que o corrigir sim, mas não como um inimigo que busca a vingança, mas como o médico que aplica um remédio». O juízo, pois, parece que deveria fazer-se, sobretudo com ânimo de corrigir, nunca com ânimo de vingança.
Ainda mais interessante é o que diz Santo Agostinho: «O Senhor previne-nos de julgar rápida e injustamente (...). Pensemos primeiro, se nós não tivemos também algum pecado semelhante; pensemos que somos homens frágeis, e [julguemos] sempre com a intenção de servir a Deus e não a nós». Se quando vemos os pecados dos irmãos pensamos em nós, não nos passará, como diz o Evangelho, que com uma trave no olho queiramos tirar o cisco do olho do nosso irmão (cf Mt 7,3).
Se estivermos bem formados, veremos as coisas boas e as más dos outros, quase de maneira inconsciente: disso faremos juízo. Mas o fato de ver as faltas dos outros desde os pontos de vista citados nos ajudará na forma como julgamos: ajudará a não julgar por julgar, ou por dizer alguma coisa, ou para cobrir as nossas deficiências ou, simplesmente, porque toda a gente o faz. E, para terminar, sobretudo tenhamos em conta as palavras de Jesus: «a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós» (Mt 7,2).
Jesus disse: «Não julgueis, e não sereis julgados» (Mt 7,1). Mas, Jesus também tinha dito que temos de corrigir o irmão que está em pecado, e para isso é necessário ter feito antes algum tipo de juízo. O próprio São Paulo nos seus escritos julga a comunidade de Corinto e São Pedro condena Ananias e a sua esposa por falsidade. Por causa disso, São João Crisóstomo justifica: «Jesus não disse que não temos de evitar que um pecador deixe de pecar, temos que o corrigir sim, mas não como um inimigo que busca a vingança, mas como o médico que aplica um remédio». O juízo, pois, parece que deveria fazer-se, sobretudo com ânimo de corrigir, nunca com ânimo de vingança.
Ainda mais interessante é o que diz Santo Agostinho: «O Senhor previne-nos de julgar rápida e injustamente (...). Pensemos primeiro, se nós não tivemos também algum pecado semelhante; pensemos que somos homens frágeis, e [julguemos] sempre com a intenção de servir a Deus e não a nós». Se quando vemos os pecados dos irmãos pensamos em nós, não nos passará, como diz o Evangelho, que com uma trave no olho queiramos tirar o cisco do olho do nosso irmão (cf Mt 7,3).
Se estivermos bem formados, veremos as coisas boas e as más dos outros, quase de maneira inconsciente: disso faremos juízo. Mas o fato de ver as faltas dos outros desde os pontos de vista citados nos ajudará na forma como julgamos: ajudará a não julgar por julgar, ou por dizer alguma coisa, ou para cobrir as nossas deficiências ou, simplesmente, porque toda a gente o faz. E, para terminar, sobretudo tenhamos em conta as palavras de Jesus: «a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós» (Mt 7,2).
Santo do Dia
São Thomas More
Thomas More nasceu em Londres no ano de 1478. Seus
pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo. Aos treze anos
de idade ele foi para a Universidade de Oxfovinte e dois anos já era doutor em
direto e um brilhante professor. Sua diversão era escrever e ler bons livros.
Além de intelectual brilhante tinha uma personalidade muito simpática, um
excelente bom humor. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e
pai, carinhoso e presente.
Thomas nunca se afastou dos pobres e necessitados,
os quais visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua esposa e
filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e pelo bom humor, que era constante
em qualquer situação. A sua contribuição para a literatura universal foi
importante e relevante. Escreveu obras famosas como "Utopia" e
"Oração para o bom humor".
Aconteceu que o rei Henrique VIII tentou desfazer
seu legítimo matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para se unir em novo
enlace com a cortesã Ana Bolena, contrariando todas as leis da Igreja. Para
isto usou o Parlamento Inglês e passou a proclamar o rei e seus sucessores como
chefes temporais da Igreja da Inglaterra, criando a Igreja Anglicana. Thomas
More foi contra a decisão do rei.
A seguir o rei mandou prender e matar Thomas More,
que foi decapitado em 1535, mantendo firme sua fé católica.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: Thomas More parecia nascido para a amizade. Sempre
com uma expressão de alegria amigável no rosto, estava sempre pronto a se
divertir; conversar era para ele a melhor coisa da vida, tinha sempre um dito
espirituoso, e todos se deliciavam com sua prosa. Levava uma vida de oração e
penitência. Lia avidamente as Escrituras Sagradas e os Padres da Igreja. Não
dormia mais que quatro ou cinco horas, e tinha como leito uma prancha de
madeira e um pedaço de tronco por travesseiro.
tjl@ - acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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