Foto: ACI Prensa
REDAÇÃO CENTRAL, 25 Jun. 20 / 12:20 pm (ACI).- Foi pautada para a manhã desta quinta-feira, 25, na
Câmara dos Deputados, a votação do PL 1444/2020, que pretende ampliar a
despenalização do aborto e
sua viabilidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com a justificativa de
combater a violência contra a mulher neste período de pandemia.
O projeto, que foi
apelidado de “Covidão do Aborto”, é considerado antidemocrático por líderes pró-vida, uma vez que a “Casa
do Povo” deve representar a vontade da população brasileira e não os interesses
financeiros de uma minoria. As manifestações já estão acontecendo e pelas redes
sociais está subindo a hashtag: #ABORTONunca.
“A esmagadora
maioria dos brasileiros é contrária a descriminalização do aborto, mas os
ativistas querem avançar com sua agenda e buscam o aumento de recursos públicos
destinados ao financiamento dessa prática. Todo cidadão brasileiro precisa
perceber que está sendo escrito mais um capítulo do longo histórico de
tentativas de implantação do aborto no Brasil”, alertou o sacerdote e líder
pró-vida de Cuiabá (MT), Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Junior, por meio de um
vídeo nesta quarta-feira, 24, intitulado: “Saiba o que fazer contra o “Covidão
do Aborto”!.
Segundo ele, é
justamente nas entrelinhas que reside o perigo. “Foi assim que, em 2013, a Lei
Cavalo de Troia, Lei no. 12.845, modificou o conceito de “estupro”, considerando-o
como qualquer relação sexual não consentida, fato que, somado à orientação de
uma Norma Técnica do Ministério da Saúde, na qual a palavra da mulher que
procura o aborto alegando ter sido estuprada deve ser recebida com “presunção
de veracidade”, sem a necessidade de boletim de ocorrência.
“Isso constituiu um
verdadeiro escancarar de portas para que abortos fossem praticados
impunemente”, lamentou o sacerdote.
O PL 1444, de
autoria da deputada Alice Portugal, do PCdoB da Bahia, tramita com o PL 2013/2020.
“Apesar de serem dois projetos distintos, os textos dos dois são idênticos.
Eles prevêem fundos extraordinários para o combate à violência contra a mulher
e especificam, para estes casos de violência, o ‘atendimento integral’ à mulher
em centros especializados”, disse.
O sacerdote pontuou
que a expressão “atendimento integral em casos de violência” é um termo técnico
definido por uma Norma Técnica do Ministério da Saúde, de 2004, no qual está
incluso “o encaminhamento para o aborto em casos de gravidez resultante por
estupro ou, por analogia, por qualquer outra forma de violência sexual”.
“É necessário que
nos manifestemos junto à presidência da Câmara e às lideranças das bancadas,
pedindo que se acrescente a seu texto um artigo explicitando que ‘nenhum dos
recursos especificados no projeto a ser aprovado poderia ser aplicado em
equipamentos, serviços ou atividades que envolvam, direta ou indiretamente, o
aborto provocado’, disse Padre Paulo.
Além do PL 1444,
também está tramitando no Congresso Nacional, o PL 1552/2020. “Esse projeto
está momentaneamente fora de pauta por estar implícito em seu texto o aborto.
Devido à votação aprovada de um requerimento de urgência, porém, ele pode ser
pautado a qualquer momento para votação no plenário”.
Padre Paulo destacou
que é urgente entrar em contato com as lideranças das bancadas para alertá-los
a esse respeito e também pedir-lhes que o referido projeto passe por duas
alterações.
“Já que se alega
que o PL 1552/2020 nada tem a ver com o aborto, que também seja incluído no
projeto um artigo estabelecendo que ‘nenhum dos recursos especificados no
projeto a ser aprovado poderia ser aplicado em equipamentos, serviços ou
atividades que envolvam, direta ou indiretamente, o aborto provocado’”, disse.
A medida, segundo o
sacerdote, vai confirmar que, caso o projeto tenha sido realmente feito de
boa-fé, apenas para combater a violência contra a mulher e não para promover o
aborto, não haverá obstáculo para acrescentar este artigo.
Além disso, é
pedido que o art. 7 seja modificado estabelecendo que “a inclusão de mulheres
em situação de violência em programa de acolhimento institucional” somente
poderá ocorrer após lavratura de boletim de ocorrência, o que já implicará,
graças à Lei 13.718/2018, em imediata abertura de inquérito contra o agressor.
“Com isso a mulher
não será revitimizada desnecessariamente, sendo retirada de seu lar enquanto o
agressor continua tranquilamente a gozar dos benefícios de sua residência”,
explicou.
“Como estamos em
quarentena, é importante que nos manifestarmos nas redes sociais do presidente
da Câmara e dos deputados líderes de bancada e mostrar-lhes, com grande
educação, mas com firmeza e clareza, que o povo brasileiro já compreendeu o que
está por trás desses projetos de lei e não aceitará que sejam aprovados”,
motivou o padre.
Por outra parte, o
coordenador do Movimento Legislação e Vida, Professor Hermes Rodrigues Nery,
também pediu que lideranças pró-vida em todo o país se mobilizem para evitar
que a agenda do aborto avance sorrateiramente no Congresso Nacional.
“Os projetos não
devem entrar na pauta de votação remota, eles precisam passar pelas comissões
para que aconteça o necessário debate. Esses projetos estão cheios de
eufemismos”, alertou professor Nery.
Ele reforçou que é
urgente que toda a população contrária ao aborto se manifeste.
“Muitos líderes
intensificaram os contatos com parlamentares e assessores para que o presidente
Rodrigo Maia não coloque em votação esse projeto de lei. Vários deputados também
estão na linha de frente dessa mobilização. Grupos pró-vida têm encaminhado
e-mails ao gabinete do Presidente da Câmara. Uma forte mobilização está sendo
feita nesse sentido”, afirmou professor Nery, que deixou também um texto como
sugestão para que todos os que se opõem ao aborto, utilizem em mensagens aos
parlamentares por email ou através das redes sociais dos mesmos:
“Pedimos que nos
Projetos de Lei nº 1.552/2020 e nº 1.444/2020 seja inserida uma cláusula de que
esse dinheiro NÃO SERÁ USADO PARA FINANCIAR O ABORTO; e que no art. 7º do
Projeto de Lei nº 1.552/2020 se insira também uma cláusula de que é necessária
a lavratura imediata de um Boletim de Ocorrência conforme a Lei nº 13.718/18”.
Confira
na íntegra do vídeo do padre Paulo Ricardo:
Oração: Querido Deus e Pai,
pela intercessão de São Vígilio, criai em nós o gosto pelo trabalho de
evangelização e fazei de nós verdadeiros apóstolos da Boa Nova do Evangelho.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mt 8,1-4):
Quando Jesus desceu da montanha, grandes multidões
o seguiram. Nisso, um leproso se aproximou e caiu de joelhos diante dele,
dizendo: «Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me». Jesus estendeu a
mão, tocou nele e disse: «Eu quero, fica purificado». No mesmo instante, o
homem ficou purificado da lepra. Então Jesus lhe disse: «Olha, não contes nada
a ninguém! Mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferenda prescrita por
Moisés; isso lhes servirá de testemunho». Palavra de vida eterna.
«Senhor, se queres, tens o
poder de purificar-me»
Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano
(Cervera, Lleida, Espanha)
(Cervera, Lleida, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos mostra um leproso, cheio de dor e consciente de
sua enfermidade, que chega a Jesus pedindo-lhe: « Senhor, se queres, tens o
poder de purificar-me» (Mt 8,2). Também nos, ao ver tão próximo o Senhor e tão
longe de nossa cabeça, nosso coração e nossas mãos de seu projeto de salvação,
teríamos que sentir-nos ávidos e capazes de formular a mesma expressão do
leproso: «Senhor, se queres podes limpar-me».
Pois bem, se impõe uma pergunta: Uma sociedade que não tem consciência do pecado pode pedir perdão ao Senhor? Pode pedir alguma purificação? Todos conhecem muita gente que sofre e cujo coração está ferido, mas seu drama é que não sempre é consciente de sua situação pessoal. Apesar de tudo, Jesus continua passando para o nosso lado, a cada dia (cf. Mt 28,20), e espera a mesma petição: «Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos». No entanto, nos também devemos colaborar. Santo Agostinho nos lembra em sua clássica sentença: «Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti». É necessário, pois, que sejamos capazes de pedir ao Senhor que nos ajude, que queremos mudar com sua ajuda.
Alguém se perguntará: por que é tão importante notar, converter-se e desejar mudar? Simplesmente porque, do contrário, continuaríamos sem poder dar uma resposta afirmativa à pergunta anterior, na que dizíamos que una sociedade sem consciência do pecado dificilmente sentirá desejos ou necessidade de procurar o Senhor para formular sua petição de ajuda.
Por isso, quando chega o momento do arrependimento, o momento da confissão sacramental, é preciso desfazer-se do passado, das manchas que infectam nosso corpo e nossa alma. Não duvidemos: pedir perdão é um grande momento de iniciação cristã, porque é o momento em que nos cai a venda dos olhos. E se alguém nota a sua situação e não quer converter-se? Diz um ditado popular: «Não há pior cego do que aquele que não quer ver».
Pois bem, se impõe uma pergunta: Uma sociedade que não tem consciência do pecado pode pedir perdão ao Senhor? Pode pedir alguma purificação? Todos conhecem muita gente que sofre e cujo coração está ferido, mas seu drama é que não sempre é consciente de sua situação pessoal. Apesar de tudo, Jesus continua passando para o nosso lado, a cada dia (cf. Mt 28,20), e espera a mesma petição: «Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos». No entanto, nos também devemos colaborar. Santo Agostinho nos lembra em sua clássica sentença: «Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti». É necessário, pois, que sejamos capazes de pedir ao Senhor que nos ajude, que queremos mudar com sua ajuda.
Alguém se perguntará: por que é tão importante notar, converter-se e desejar mudar? Simplesmente porque, do contrário, continuaríamos sem poder dar uma resposta afirmativa à pergunta anterior, na que dizíamos que una sociedade sem consciência do pecado dificilmente sentirá desejos ou necessidade de procurar o Senhor para formular sua petição de ajuda.
Por isso, quando chega o momento do arrependimento, o momento da confissão sacramental, é preciso desfazer-se do passado, das manchas que infectam nosso corpo e nossa alma. Não duvidemos: pedir perdão é um grande momento de iniciação cristã, porque é o momento em que nos cai a venda dos olhos. E se alguém nota a sua situação e não quer converter-se? Diz um ditado popular: «Não há pior cego do que aquele que não quer ver».
Santo do Dia
São Vigílio
Vigílio nasceu em Roma e vivia com a família na
belíssima região montanhosa trentina. Ele foi consagrado Bispo de Trento e
tinha autoridade por todo o norte da Itália. Ele foi o terceiro Bispo desta
diocese e parte importante desse território ainda não estava evangelizada.
Vigílio se engajou de corpo e alma para combater e
erradicar o paganismo de sua região. Para auxiliá-lo, recebeu mais três
sacerdotes missionários, Sisínio, Martiro e Alessandro, todos vindos do
Oriente. Assim, os trabalhos avançavam pois percorriam todas as localidades
pregando e catequizando a população.
Ele se tornou respeitado pelo seu estilo humilde e
servil, pelo caráter reto e justo e por sua amizade e caridade sem distinção.
Desta forma, Vigílio conseguiu a conversão de muitas aldeias e cidades pagãs;
por outro lado, fez muitos inimigos. Depois de dez anos de trabalho
missionário, uma tragédia ocorreu: os três missionários, auxiliares de Vigílio,
foram mortos e queimados.
Mesmo diante dessa fatalidade, Vigílio não mudou
seu comportamento. Humildemente, perdoou as pessoas que cometeram estas
atrocidades e recolheu as relíquias dos mártires missionários, enviando-as para
Constantinopla e Milão.
Segundo uma antiga tradição, ele teria sido
martirizado com coices de cavalo. O bispo Vigílio morreu no dia 26 de junho de
405.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: O santo de hoje nos inspira à vocação missionária.
A igreja é chamada ao serviço de pregação da Palavra de Deus. Este é um de seus
maiores desafios: levar aos homens e mulheres a Boa Nova do evangelho de Jesus
Cristo. São Vigílio, de acordo com a mentalidade de sua época, soube levar às
nações pagãs a beleza de se ter Cristo como referência em nossa vida. Nos dias
de hoje, onde a violência e a injustiça são tão gritantes, ainda é preciso
elevar a voz e proclamar que a paz e a justiça são possíveis e desejáveis para
a humanidade.
tjl@-
acidigital.com – evangeli.net – a12.com
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