Imagem referencial / Crédito: Unsplash
QUITO, 03 Jun. 20 / 01:00 pm (ACI).- No total, 434 organizações de
direitos humanos e líderes políticos e culturais de 16 países participaram de
um “Manifesto Internacional pelo Direito à Vida”, em repúdio ao
“Plano de Resposta Humanitária COVID-19” das Nações Unidas (ONU) para o
Equador, que inclui “aborto seguro
legal” e a declaração conjunta de 59 países que também promove essa prática em
meio à pandemia de coronavírus.
A entrega do
manifesto foi realizada em 2 de junho no ministério do exterior do Equador e no
dia anterior nos ministérios da Costa Rica, Argentina e Peru. Além disso, foi
acompanhado com 32.230 mil assinaturas coletadas em uma campanha organizada pela
plataforma CitizenGO.
O manifesto indica
o seguinte: “Repudiamos a Declaração Internacional Conjunta que proclama
'proteger a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos e a promoção da
sensibilidade de gênero na crise da COVID-19', rubricada em 6 de maio de 2020,
pelo ministro das Relações Exteriores da Argentina (Felipe Solá), Bolívia e
funcionários da Costa Rica, Peru, Equador, cujos nomes não aparecem no
documento divulgado pela diplomacia francesa”.
O texto acima
mencionado foi assinado por 39 ministros de Relações Exteriores em nome do
“povo e governos de 59 nações” e é intitulado “Joint statement on Protecting
Sexual and Reproductive Health and Rights and Promoting Gender-responsiveness
in the COVID-19 crisis”.
O manifesto também
rejeita o Plano de Resposta Humanitária COVID-19 apresentado pelo Sistema das
Nações Unidas ao Ministro das Relações Exteriores do Equador, José Valencia
“sob o nome falso de 'ajuda humanitária', que inclui um item de 3 milhões
dólares destinados a capacitar os profissionais de saúde no chamado 'aborto
seguro e legal', violando a Constituição e as leis equatorianas”.
Em 30 de abril, o
Ministério das Relações Exteriores do Equador confirmou que havia submetido à
ONU um orçamento de 46,4 milhões de dólares para implementar o referido plano.
O deputado Héctor José Yépez Martínez exigiu que o ministro das Relações
Exteriores esclarecesse a situação. No entanto, a resposta demorada não
especificou como serão investidos os mais de três milhões de dólares destinados
à “capacitação para assegurar o aborto seguro e legal” neste país.
O Manifesto
Internacional pelo Direito à Vida especifica que, atualmente, "toda a
sociedade colabora na salvaguarda da vida humana", mas "as
declarações e pactos acima mencionados nos mostram a verdadeira desconexão
entre aqueles que assinaram assumindo nossa representação, e os problemas
atuais de nossos países", os quais estão "imersos na maior crise de
saúde conhecida pela humanidade".
"Essas ações
não só ignoram a estrutura jurídica que, desde a Constituição, o Código Civil,
o Código Penal até os tratados internacionais assinados por nossas nações, a
vida e a dignidade da pessoa humana são protegidas desde o momento de sua
concepção/fecundação, mas que no 'Protocolo Humanitário' proposto pela ONU ao
Estado do Equador, viola-se a própria carta que deu origem à ONU”, continua o
documento.
Nesse sentido, o
Manifesto Pró-Vida propõe "um verdadeiro enfoque nas políticas públicas
baseadas na dignidade humana e colocar limite efetivo a qualquer tentativa
ofensiva de ingerência contra a soberania de nossos países, particularmente as
provenientes da ONU e de suas principais agências".
Entre as agências
assinalaram o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), ONU Mulheres,
Organização Mundial da Saúde (OMS), Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário
Internacional (FMI).
Martha Villafuerte,
representante da organização ‘Equador pela Família’, declarou que "a crise
de saúde pela qual o mundo está passando afetou alguns países mais do que
outros, como é o caso do Equador, onde se registram mais mortes per capita na
América Latina, no entanto, é inaceitável que se pretenda aproveitar para
inserir pela janela um crime que é rejeitado pela constituição”.
“Toda ajuda deve
vir sem condição ou chantagem. Atualmente, registram-se mais de 17 milhões de
abortos no mundo inteiro, desde 1º de janeiro de 2020 até hoje, segundo
agências oficiais, o que mostra que o assassinato de bebês antes do nascimento
é uma agenda que não descansa nem nas piores circunstâncias humanitárias”, lamentou
a líder pró-vida.
Por sua vez,
Marcela Errecalde, porta-voz de ‘Pelas 2 Vidas’ (Argentina) na América Latina
comentou que “mais uma vez, o Bloco Continental Pró-vida está presente, como o
fez na reunião da OEA 2019, para demonstrar que a sociedade civil americana é
sustentada por um tecido formado por valores que protegem os direitos
fundamentais desde a concepção até a morte natural”.
"Infelizmente,
a declaração assinada pelo nosso Ministro do Exterior - em flagrante violação
de nossa Constituição – une-se à tentativa de ingerência por parte de tão altos
organismos e mostra que nem mesmo na pior crise humanitária deixam de trabalhar
para impor sua agenda, sem consideração ou respeito humano”, assegurou.
Luis Losada,
diretor de Campanhas de CitizenGO para a América Latina, indicou que "é
inaceitável que as Nações Unidas condicionem a ajuda à reconstrução do Equador
ao aborto 'legal e seguro'".
“É uma ingerência
ideológica de livro. Viola os estatutos das Nações Unidas que se comprometem
expressamente a não interferir nas políticas ou legislação nacionais
respeitando a soberania das nações. Viola a Constituição do Equador, que
protege o direito à vida desde o momento da concepção. E viola o debate
parlamentar que ocorreu no ano passado por conta da proposta de descriminalizar
o aborto, que felizmente não foi adiante”, explicou.
Lozada acredita que
a proposta humanitária da ONU é "um insulto não apenas à soberania do
Equador, mas também ao resto dos países da região que observam a impunidade com
que essa ingerência é praticada".
"É por isso
que acreditamos que o governo do Equador deve defender sua soberania, a
dignidade nacional, a Constituição e o direito à vida, rejeitando essa proposta
ilegal e imoral das Nações Unidas", acrescentou.
Publicado
originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração:Deus
eterno e todo-poderoso, que destes a São Bonifácio a graça de lutar pela
justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor
as adversidades, e correr ao encontro de Vós que sois a nossa vida. Por Cristo
Nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mc 12,35-37):
Então Jesus tomou a palavra e ensinava, no templo:
«Por que os escribas dizem que o Cristo é filho de Davi? O próprio Davi, movido
pelo Espírito Santo, falou: ‘Disse o Senhor ao meu senhor: Senta-te à minha
direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés’. Se o próprio
Davi o chama de ‘senhor’, como então ele pode ser seu filho?». E a grande
multidão o escutava com prazer.
«Se o próprio Davi o chama de ‘senhor’»
P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
Hoje, o judaísmo ainda sabe que o Messias tem de ser “o filho de Davi” e
deve inaugurar uma nova era do reinado de Deus. Os cristãos “sabemos” que o
Messias filho de Davi é Jesus Cristo, e que este reino tem começado já
incoativamente –como semente que nasce e cresce- e se fará realidade visível e
radiante quando Jesus volte no final dos tempos. Mas agora já Jesus é o filho
de Davi e nos permite viver “na esperança” os bens do reino messiânico.
O título “Filho de Davi” aplicado a Jesus Cristo forma parte da medula do Evangelho. Na Anunciação, a Virgem recebeu esta mensagem: «Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó» (Lc 1,32-33). Os pobres que pediam a sanação a Jesus clamavam: «Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Mc 10,48). Na sua entrada solene em Jerusalém, Jesus foi aclamado: «O Bendito o Rei?que vai começar, o reino de Davi, nosso pai!» (Mc 11,10). O antiqüíssimo livro da Didaké agradece a Deus «a vinha santa de Davi, teu servo, que nos tem dado a conhecer por meio de Jesus, teu servo».
Mas Jesus não é só filho de Davi, senão também Senhor. Jesus o afirma solenemente ao citar o Salmo davídico 110, cita incompreensível para os judeus: pois resulta impossível que o filho de Davi seja “Senhor” de seu pai. São Pedro, testemunha da ressurreição de Jesus, viu claramente que Jesus tinha sido constituído “Senhor de Davi”, porque «Davi morreu e foi sepultado, seu sepulcro ainda se conserva entre nós (...). A este Jesus Deus o tem ressuscitado, e disso somos testemunha todos nós» (Ac 2,14).
Jesus Cristo, «nosso Senhor, descendente de Davi quanto à carne, que, segundo o Espírito de santidade, foi estabelecido Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos» como diz São Paulo (Rm 1,3-4), tem se convertido no foco que atrai o coração de todos os homens, e assim, mediante a sua atração suave, exerce seu senhorio entre todos os homens que se dirigem a Ele como amor e confiança.
O título “Filho de Davi” aplicado a Jesus Cristo forma parte da medula do Evangelho. Na Anunciação, a Virgem recebeu esta mensagem: «Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó» (Lc 1,32-33). Os pobres que pediam a sanação a Jesus clamavam: «Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Mc 10,48). Na sua entrada solene em Jerusalém, Jesus foi aclamado: «O Bendito o Rei?que vai começar, o reino de Davi, nosso pai!» (Mc 11,10). O antiqüíssimo livro da Didaké agradece a Deus «a vinha santa de Davi, teu servo, que nos tem dado a conhecer por meio de Jesus, teu servo».
Mas Jesus não é só filho de Davi, senão também Senhor. Jesus o afirma solenemente ao citar o Salmo davídico 110, cita incompreensível para os judeus: pois resulta impossível que o filho de Davi seja “Senhor” de seu pai. São Pedro, testemunha da ressurreição de Jesus, viu claramente que Jesus tinha sido constituído “Senhor de Davi”, porque «Davi morreu e foi sepultado, seu sepulcro ainda se conserva entre nós (...). A este Jesus Deus o tem ressuscitado, e disso somos testemunha todos nós» (Ac 2,14).
Jesus Cristo, «nosso Senhor, descendente de Davi quanto à carne, que, segundo o Espírito de santidade, foi estabelecido Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos» como diz São Paulo (Rm 1,3-4), tem se convertido no foco que atrai o coração de todos os homens, e assim, mediante a sua atração suave, exerce seu senhorio entre todos os homens que se dirigem a Ele como amor e confiança.
Santo do Dia
São Bonifácio
Se chamava Winfrido. Nasceu em 672 e pertencia a
uma rica família de nobres ingleses. Como era o costume da época, foi entregue
ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e
formação religiosa. Logo percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo.
Aos dezenove anos professou as regras na abadia, iniciando o apostolado como
professor.
Em seguida decidiu iniciar seu trabalho missionário
para a evangelização dos povos da Alemanha. Em 718 fez uma peregrinação à Roma
onde conseguiu o apoio do Papa Gregório II para reiniciar sua missão na
Alemanha. Além disso, o Papa o orientou também a assumir, como missionário, o
nome de Bonifácio, célebre mártir romano.
Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha
e, numa segunda viagem à Roma, o Papa o nomeou bispo de Mainz. Bonifácio fundou
o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã e muitos
outros mosteiros masculinos e femininos. Acabou estendendo sua missão até a
França.
No dia 05 de junho de 754 foi ao encontro de um
grande grupo de catecúmenos, que receberiam o Crisma. Mal iniciou a Santa Missa
o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos
trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: São Bonifácio iniciou a evangelização
da Alemanha e lançou as bases para a completa cristianização das terras
germânicas. São Bonifácio é venerado como o "Apostolo da Alemanha",
seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o
conserva, pois em vida havia expressado essa vontade. Que este santo inspire
nossos ideais missionários.
tjl@-
a12.com – evangeli.net – acidigital.com
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