Imagem referencial. Créditos: VnGrijl (CC BY-SA 2.0)
GAZA, 22 Jun. 20 / 01:05 pm (ACI).- Uma nova pesquisa sobre os cristãos na Palestina
revelou que muitos deles estão deixando o país não apenas por razões econômicas
ou anexação de terras, mas também por preocupação com as atitudes de seus
vizinhos muçulmanos.
A pesquisa,
conduzida com o apoio da iniciativa cristã Philos Project, busca esclarecer
quais são os desafios e as dificuldades diárias dos cristãos palestinos e
aprofundar sobre as suas preocupações.
O diretor executivo
de Philos Project, Robert Nicholson, explicou que a emigração de cristãos no
país foi "por muito tempo" uma preocupação para ele, e que a pesquisa
com 995 cristãos surgiu em parte de uma conversa com um alto funcionário da
Autoridade Palestina sobre a tendência alarmante dos cristãos de abandonar a
região.
Os cristãos, como
parte da população da Palestina, diminuíram no século passado, de quase 10%, em
1922, para 6%, em 1967, e hoje, em 2020, eles são apenas 1% da população. De
acordo com uma pesquisa da Autoridade Palestina de 2017, existem menos de 47
mil cristãos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
O cristão palestino
e membro do Philos Project, Khalil Sayegh, indicou que, embora se saiba que os
cristãos estão deixando a região, a pesquisa teve como objetivo descobrir o
motivo dessa tendência.
Os resultados
revelam que muitos cristãos temem problemas econômicos e um conflito
israelense-palestino em andamento. Quase seis em cada dez cristãos palestinos
(59%) citaram as dificuldades econômicas como o principal motivo pelo qual
consideraram emigrar.
A grande maioria
(84%) teme que o Estado israelense expulse os palestinos de suas terras; uma
proporção semelhante de cristãos (83%) está preocupada tanto pelos ataques dos
judeus quanto pela oposição a respeitar seus direitos civis por parte de
Israel.
Sayegh assinalou
que alguns cristãos indicam se sentir ameaçados por seus vizinhos muçulmanos, o
que representa um "ponto de ruptura" para reconhecer as diferenças na
emigração cristã e muçulmana na Palestina.
Quase oito em cada
dez cristãos (77%) dizem estar preocupados com grupos do movimento islamista
radical Salafista, na Palestina. Da mesma forma, 43% acreditam que a maioria
dos muçulmanos não os quer na Palestina e 44% consideram que os cristãos são
discriminados quando se candidatam ao trabalho.
Além disso, indicou
que a grande maioria dos cristãos palestinos pesquisados (80%) também se preocupa com a corrupção no governo, e cerca de 70% deles
temem o grupo terrorista palestino Hamas. Em conjunto, a falta de segurança e a
suspeita de corrupção no governo palestino podem ajudar a explicar o apoio à
solução para criar um único estado na região.
Sayegh indicou que
os cristãos consideram que em um só estado de Israel eles são uma minoria, “mas
pelo menos não somos a única minoria", e eles se sentiriam menos seguros
em um estado majoritário islâmico ou muçulmano.
Muitos cristãos
palestinos assinalam que não confiam nos líderes da Igreja. Quase seis em cada
dez, 58%, expressam que têm pouca ou nenhuma confiança em seus líderes cristãos
e quase metade, 47%, sentem que a igreja não atende às suas necessidades, dos
quais 56% enfatizaram que a igreja deveria proporcionar-lhes trabalho.
Essa falta de
confiança "indica uma grande desconexão" entre os cristãos e seus
líderes, que "fala de algo mais profundo", disse Sayegh.
Publicado
originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Deus, nosso Pai,
pela intercessão de João Cafasso, ensinai-nos a amabilidade, a alegria, o bom
humor, pois um semblante amável, alegre e de bem com a vida tem força divina
que eleva o ânimo dos que estão abatidos e vale mais que mil conselhos e
instruções. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Mt 7,6.12-14):
«Não
deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos. Pois
estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e vos estraçalhariam. Tudo,
portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles.
Isto é a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e
espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram! Como é
estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o
encontram!».
Palavra
de vida eterna.
«Entrai pela porta estreita»
Diácono D. Evaldo PINA FILHO
(Brasilia, Brasil)
(Brasilia, Brasil)
Hoje, o Senhor faz-nos três recomendações. A primeira, «Não deis aos
cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos» (Mt 7,6),
contrastes em que “bens” são associados a “pérolas” e ao “que é santo”; e “cães
e porcos” ao que é impuro. São João Crisóstomo ensina que «os nossos inimigos
são iguais a nós quanto à natureza, mas não quanto à fé». Apesar dos benefícios
terrenos serem concedidos igualmente aos dignos e indignos, não é assim quanto às
graças espirituais”, privilégio daqueles que são fiéis a Deus. A correcta
distribuição dos bens espirituais implica zelo pelas coisas sagradas.
A segunda é a chamada “regra de ouro” (cf. Mt 7,12) , que compendia tudo o que a Lei e os Profetas recomendaram, tal como ramos de uma única árvore: o amor ao próximo pressupõe o Amor a Deus, e dele resulta.
Fazer ao próximo o que se deseja seja feito connosco implica transparência de acções para com o outro, reconhecimento de sua semelhança com Deus, da sua dignidade. Por que razão desejamos o Bem para nós mesmos? Por que o meio de identificação para ser profundamente reconhecidos é a união com o Criador. Sendo o Bem, para nós, o único meio para a vida em plenitude, é inconcebível a sua ausência na nossa relação com o próximo. Não há lugar para o bem onde prevaleça a falsidade e prepondere o mal.
Por fim, a “porta estreita”... O Papa Bento XVI pergunta-nos: «O que significa esta ‘porta estreita’? Por que muitos não conseguem entrar por ela? Trata-se de uma passagem reservada a alguns eleitos?» Não! A mensagem de Cristo « é-nos dirigida no sentido de que todos podem entrar na vida. A passagem é ‘estreita’, mas aberta a todos; ‘estreita’ porque exigente, requer compromisso, abnegação, mortificação do próprio egoísmo».
Roguemos ao Senhor, que realizou a salvação universal com sua morte e ressurreição, que nos reúna a todos no Banquete da vida eterna.
A segunda é a chamada “regra de ouro” (cf. Mt 7,12) , que compendia tudo o que a Lei e os Profetas recomendaram, tal como ramos de uma única árvore: o amor ao próximo pressupõe o Amor a Deus, e dele resulta.
Fazer ao próximo o que se deseja seja feito connosco implica transparência de acções para com o outro, reconhecimento de sua semelhança com Deus, da sua dignidade. Por que razão desejamos o Bem para nós mesmos? Por que o meio de identificação para ser profundamente reconhecidos é a união com o Criador. Sendo o Bem, para nós, o único meio para a vida em plenitude, é inconcebível a sua ausência na nossa relação com o próximo. Não há lugar para o bem onde prevaleça a falsidade e prepondere o mal.
Por fim, a “porta estreita”... O Papa Bento XVI pergunta-nos: «O que significa esta ‘porta estreita’? Por que muitos não conseguem entrar por ela? Trata-se de uma passagem reservada a alguns eleitos?» Não! A mensagem de Cristo « é-nos dirigida no sentido de que todos podem entrar na vida. A passagem é ‘estreita’, mas aberta a todos; ‘estreita’ porque exigente, requer compromisso, abnegação, mortificação do próprio egoísmo».
Roguemos ao Senhor, que realizou a salvação universal com sua morte e ressurreição, que nos reúna a todos no Banquete da vida eterna.
Santo do Dia
São José Cafasso
José Cafasso nasceu em Asti, na Itália, em 1811.
Foi contemporâneo de João Bosco. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do
povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente. Era uma figura magra
e encurvada devido a uma lesão na coluna.
Cafasso dedicava-se à contemplação e a ouvir seus
fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões. Estava
determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los
mesmo fora da confissão.
Padre Cafasso frequentou o curso de teologia de
Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Com sua voz mansa e suave era muito
requisitado pelos companheiros de sacerdócio que procuravam os seus conselhos.
Padre Cafasso, de fato, dedicava grande parte do
seu ministério sacerdotal escutando confissões e confidências de todos os que
frequentavam a sua igreja, atraídos pelas grandes qualidades humanas de
inteligência e de bondade daquele pequeno padre que compreendia os problemas de
todos e sabia falar tanto aos doutos como aos simples, às almas devotas como às
dissipadas.
Antes de morrer, João Cafasso doou tudo o que
possuía a João Bosco, para que ele continuasse sua obra no ensino e orientação
dos jovens.
Morreu jovem, com apenas quarenta e nove anos, no
dia 23 de junho de 1860. Declarado santo em 1947, foi declarado o patrono dos
encarcerados e dos condenados à pena capital.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: O título de "padroeiro dos encarcerados e dos
condenados à pena capital" esclarece bem como viveu o seu apostolado. Suas
visitas aos cárceres eram o consolo dos presos e sua figura se tornou a
presença mais constante em todos os enforcamentos realizados em sua cidade. Mas
sua ajuda não se limitava aos encarcerados, estendia-se às famílias, ao socorro
às esposas e filhos para que não se desviassem do caminho de Cristo.
tjl@
- acidigital.com – evangeli.net- a12.com
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