REDAÇÃO
CENTRAL, 09 Ago. 18 / 06:00 am (ACI).- Neste
dia 9 de agosto, completa-se 73 anos da segunda bomba atômica lançada pelos
Estados Unidos, desta vez em Nagasaki; cidade japonesa que naquela época já
contava com uma rica história de mártires cristãos durante o século XVI e XVII.
No dia do lançamento da “FAT Man” – nome do projétil –, a pequena comunidade
católica japonesa em Nagasaki perdeu dois terços dos seus membros.
Depois da
destruição de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, o alto mando militar
americano liderado pelo presidente Harry Truman – o qual costumam vincular à
maçonaria –, colocou o seu olhar sobre Kokura para forçar a rendição do Japão;
entretanto, a mudança de clima fez com que trocasse esta cidade por Nagasaki.
Nessa época, em
Nagasaki havia 240 mil habitantes. Um erro de cálculo dos aviadores americanos
fez com que a bomba não caísse no centro da cidade; mas do mesmo modo o efeito
foi devastador e foram assassinadas de maneira imediata cerca de 75 mil
pessoas. Nos dias seguintes, morreu aproximadamente o mesmo número de pessoas
por causa de feridas e doenças ocasionadas pela radiação.
História
da comunidade católica
Desde o século XVI,
Nagasaki foi importante centro do catolicismo no Japão, impulsionado pelos missionários
jesuítas e franciscanos. Entretanto, a perseguição que aconteceu quase de
maneira imediata foi recordada em 2007, através do livro das memórias do
Cardeal Giacomo Biffi, no qual expressa o forte impacto que teve nele em 1945 a
notícia das bombas atômicas lançadas sobre o Japão.
“Eu pensava em
falar do tema de Nagasaki. Havia encontrado repetidamente sobre este tema no
‘Manual de história das missões católicas’, de Giuseppe Schmidlin, três volumes
publicados em Milão em 1929. Desde o século XVI surgiu a primeira comunidade
católica sólida em Nagasaki (Japão)”.
“Em Nagasaki –
assinalou – no dia 5 de fevereiro de 1597, trinta e seis mártires (seis
missionários franciscanos, três jesuítas japoneses e vinte seis leigos)
entregaram a vida por Cristo e no ano 1862 foram
canonizados por Pio IX”.
Entretanto, “quando
retomaram a perseguição em 1637, foram assassinados cerca de trinta e cinco mil
cristãos. Depois, a pequena comunidade começou a reunir-se nas catacumbas,
separada do resto da catolicidade e sem sacerdotes; mas não foi extinguida”.
Deste modo, em 1865
“o Pe. Petitjean descobriu esta ‘Igreja clandestina’,
que foi divulgada depois de comprovarem que ele vivia o celibato, que era
devoto de Maria e obedecia ao Papa de Roma; e sendo assim a vida sacramental
foi retomada regularmente”.
Quase vinte anos
depois, em 1889 “foi proclamada a plena liberdade religiosa no Japão, e todo
refloresce. No dia 15 de junho de 1891 foi criada canonicamente a diocese de
Nagasaki, a qual em 1927 acolheu Dom Hayasaka, primeiro bispo japonês,
consagrado pessoalmente por Pio IX. Do Schmidlin devemos saber que em 1929 dos
94.096 católicos japoneses, cerca de 63.698 são de Nagasaki”.
Isto significa que
16 anos antes da explosão atômica, viviam em Nagasaki aproximadamente mais de
63.000 fiéis. Desta forma, logo após este breve resumo do catolicismo nesta
cidade, o Cardeal escreveu:
“Vamos supor que as
bombas atômicas não tivessem sido jogadas ao azar. Essa pergunta se torna
inevitável: por que foi escolhida para a segunda bomba, entre todas,
precisamente a cidade do Japão onde o catolicismo, além de ter a história mais
gloriosa, estava mais difundido e afirmado?”.
ORAÇÃO:
Onipotente Deus, que ao vosso bem
aventurado mártir São Lourenço destes forças para triunfar nos tormentos,
concedei-me que se extingam em mim as chamas do pecado. E que eu tenha coragem
para dar testemunho da minha fé com a vida. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jn 12,24-26)
Naquele tempo,
disse Jesus a seus discípulos: «Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de
trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto.
Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste
mundo, há de guardá-la para a vida eterna. Se alguém quer me servir, siga-me, e
onde eu estiver, estará também aquele que me serve. Se alguém me serve, meu Pai
o honrará».
«Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará
também aquele que me serve»
Rev.
D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, a Igreja por meio da Liturgia Eucarística
que celebra o mártir romano São Lourenço nos lembra que «Existe um testemunho
de coerência que todos os cristãos devem estar dispostos a dar cada dia,
inclusive a custa de sofrimentos e de grandes sacrifícios» (S. João Paulo II).
A Lei Moral é santa e inviolável. Esta afirmação, certamente, contrasta com o ambiente relativista que impera em nossos dias, onde com facilidade cada um adapta as exigências éticas à própria comodidade pessoal ou às suas próprias debilidades. Não encontraremos ninguém que diga: Eu sou imoral; Eu sou um inconsciente; Eu sou uma pessoa sem verdade... Qualquer pessoa que dissesse isso se desqualificaria a si mesma imediatamente.
Mas a pergunta relevante seria: de que moral, de que consciência e de que verdade estamos falando? É evidente que a paz e a sadia convivência sociais não se podem basear em uma moral à la carte, onde cada um tira conforme lhe pareça, sem levar em conta as inclinações e as aspirações que o Criador dispôs para nossa natureza. Esta moral, longe de nos conduzir por «caminhos seguros» para os «verdes prados» que o Bom Pastor deseja para nós (cf. Sal 23, 1-3), nos levaria irremediavelmente às areias movediças do relativismo moral, onde absolutamente tudo se pode pactuar e justificar.
Os mártires são testemunhas inapeláveis da santidade da lei moral: há exigências de amor básicas que não admitem nunca exceções nem adaptações. De fato, «Na Nova Aliança encontram-se numerosas testemunhas de seguidores de Cristo que (...) aceitaram as perseguições e a morte antes de fazer o gesto idólatra de queimar incenso diante a estátua do Imperador (S. João Paulo II).
No ambiente da Roma do imperador Valeriano, o diácono «São Lourenço amou a Cristo na vida, imitou a Cristo na morte» (Santo Agostinho). E, uma vez mais, cumpriu-se que «quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna» (Jo 12, 25). Felizmente para nós, a memória de São Lourenço, ficará para sempre, como sinal de que o seguimento de Cristo merece que se dê a própria vida e, não admitir frívolas interpretações do seu caminho. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
A Lei Moral é santa e inviolável. Esta afirmação, certamente, contrasta com o ambiente relativista que impera em nossos dias, onde com facilidade cada um adapta as exigências éticas à própria comodidade pessoal ou às suas próprias debilidades. Não encontraremos ninguém que diga: Eu sou imoral; Eu sou um inconsciente; Eu sou uma pessoa sem verdade... Qualquer pessoa que dissesse isso se desqualificaria a si mesma imediatamente.
Mas a pergunta relevante seria: de que moral, de que consciência e de que verdade estamos falando? É evidente que a paz e a sadia convivência sociais não se podem basear em uma moral à la carte, onde cada um tira conforme lhe pareça, sem levar em conta as inclinações e as aspirações que o Criador dispôs para nossa natureza. Esta moral, longe de nos conduzir por «caminhos seguros» para os «verdes prados» que o Bom Pastor deseja para nós (cf. Sal 23, 1-3), nos levaria irremediavelmente às areias movediças do relativismo moral, onde absolutamente tudo se pode pactuar e justificar.
Os mártires são testemunhas inapeláveis da santidade da lei moral: há exigências de amor básicas que não admitem nunca exceções nem adaptações. De fato, «Na Nova Aliança encontram-se numerosas testemunhas de seguidores de Cristo que (...) aceitaram as perseguições e a morte antes de fazer o gesto idólatra de queimar incenso diante a estátua do Imperador (S. João Paulo II).
No ambiente da Roma do imperador Valeriano, o diácono «São Lourenço amou a Cristo na vida, imitou a Cristo na morte» (Santo Agostinho). E, uma vez mais, cumpriu-se que «quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna» (Jo 12, 25). Felizmente para nós, a memória de São Lourenço, ficará para sempre, como sinal de que o seguimento de Cristo merece que se dê a própria vida e, não admitir frívolas interpretações do seu caminho. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
SANTO DO DIA : SÃO LOURENÇO
Lourenço era o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Devia ter uma boa formação acadêmica, pois, seu cargo era de muita responsabilidade e importância. Depois do Papa Xisto II, era o responsável pela Igreja. Ele era o assistente do Papa nas celebrações e na distribuição da Eucaristia.
Além disto,
ele era o único administrador dos bens da Igreja, cuidando das construções dos
cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais destinadas ao
amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes.
No ano 257
o imperador romano Valeriano ordenou uma perseguição contra os cristãos:
proibiu as reuniões dos cristãos, fechou as catacumbas, exilou os bispos e
exigiu respeito aos ritos pagãos. Finalmente ordenou que os bispos e padres
fossem todos mortos.
Por causa
da perseguição religiosa, o Papa Xisto II foi morto, junto com seis diáconos.
Conta a tradição que Lourenço conseguiu conversar com o Papa um pouco antes
dele morrer. O Papa teria lhe pedido para que distribuísse aos pobres todos os
seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos do
governador.
Lourenço
distribuiu riquezas aos pobres e cuidou de esconder os livros e objetos
sagrados. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e os
colocou na frente do governador, dizendo: "Pronto, eis aqui os tesouros da
Igreja". Irado, o chefe pagão mandou que o amarrassem sobre uma grelha,
para ser assado vivo e lentamente. O suplício cruel não desviou Lourenço de sua
fé. Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : O nome de São Lourenço brilha
como astro de primeira grandeza no firmamento da Igreja primitiva. Seu martírio
trouxe vida para a Igreja. O testemunho de sua fé no Cristo nos anima a
continuar enfrentando as tempestades da vida. Façamos também a nossa parte na
construção do reino de Deus.
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