Papa durante a oração do Ângelus. Foto: Daniel
Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano,
19 Ago. 18 / 12:30 pm (ACI).- O Papa Francisco destacou na oração do
Ângelus na manhã de hoje, a centralidade da Eucaristia na vida do
cristão, e recordou que ao receber a comunhão se recebe Cristo: "Quando
vamos à comunhão recebemos a vida mesmo de Deus e para ter essa vida é
necessário nutrir-se do Evangelho e do amor dos irmãos”.
Durante
as suas reflexões antes da oração, o Santo Padre meditou sobre a passagem do
Evangelho deste domingo, centrou-se na segunda parte do discurso que Jesus fez
na sinagoga de Cafarnaum.
Em
seu discurso, Jesus se “apresenta como ‘o pão vivo que desceu do céu’, o pão
que dá a vida eterna e acrescenta: ‘O pão que eu darei é a minha carne,
entregue pela vida do mundo’”.
“Esta
mensagem é decisiva - assegurou Francisco -, e de fato provoca a reação
daqueles que escutavam, que começam a discutir entre eles: ‘Como é que ele pode
dar a sua carne a comer?’”.
O
Pontífice mostrou como “quando o sinal do pão partilhado traz o seu significado
verdadeiro, isto é o dom de si até ao sacrifício, emerge o incompreensível,
emerge até mesmo a rejeição d’Aqueles que pouco antes queriam carregá-Lo em
triunfo”.
Apesar
destas murmurações, “Jesus continua: ‘Se não comerdes a carne do Filho do Homem
e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós’. Aqui, junto à carne,
aparece também o sangue. Carne e sangue, em linguagem bíblica, exprimem a
humanidade concreta”.
“As
pessoas e os mesmos discípulos, intuem que Jesus nos convida a entrar em
comunhão com Ele, a 'comer' Ele, sua humanidade, para compartilhar com Ele o
dom da vida para o mundo. Diferente de triunfos e miragens de sucesso!".
O
Papa sublinhou que "este pão da vida, Sacramento do Corpo e do Sangue de
Cristo, é doado a nós gratuitamente na mesa da Eucaristia. Ao redor do altar
encontramos o que nos alimenta e nos sacia espiritualmente hoje e para a
eternidade”.
Também
recordou que “toda vez que participamos à Santa Missa, em um certo sentido, antecipamos o céu
na terra, porque do alimento eucarístico, do Corpo e do Sangue de Jesus,
aprendemos o que é a vida eterna".
"A
Eucaristia nos plasma porque não vivemos somente para nós mesmos, mas para o
Senhor e para os irmãos e irmãs. A felicidade e a eternidade da vida dependem
da nossa capacidade de tornar fecundo o amor evangélico que recebemos na
Eucaristia".
Além
disso, o Papa insistiu que “Jesus também hoje repete a cada um de nós: “Se não
comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a
vida em vós”. Não se trata de um alimento material, mas de um pão vivo e
vivificante, que comunica a própria vida de Deus”.
Francisco
explicou que a incompreensão dos ouvintes ante estas palavras de Jesus também
pode ocorrer atualmente: “Diante do convite de Jesus para nos nutrir com seu
Corpo e Sangue, poderemos sentir a necessidade de discutir e resistir, como
fizeram aqueles que o escutavam de quem o Evangelho de hoje fala”.
“Isso
acontece quando temos dificuldade em moldar a nossa existência na a de Jesus, a
agir de acordo com seus critérios e não de acordo com critérios do mundo. Mas
Ele nunca se cansa de nos convidar para o seu banquete para saciar-se d’Ele,
‘pão vivo que desceu do céu’”.
Entretanto,
concluiu afirmando que “nutrindo-se deste alimento podemos entrar em plena
sintonia com Cristo, com seus sentimentos, com suas atitudes”.
Oração
Ó Deus, que fizestes do abade são Bernardo, inflamado de elo por vossa
casa, uma luz que brilha e ilumina a Igreja, dai-nos, pó sua intercessão, o
mesmo fervor para caminharmos sempre como filhos da luz. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Mateus 19,16-22
Aleluia,
aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
19 16 Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” Disse-lhe Jesus:
17 “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20 Disse-lhe o jovem: “Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?”
21 Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”
22 Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
Palavra da Salvação.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
19 16 Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” Disse-lhe Jesus:
17 “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19 honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20 Disse-lhe o jovem: “Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?”
21 Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”
22 Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
FALTA-TE ALGO!
O apego exagerado aos bens materiais é um terrível empecilho para o seguimento de Jesus. A dinâmica deste seguimento vai exigindo rupturas sempre mais radicais. Quem não está livre para fazê-las, ficará na metade do caminho.
Na piedade judaica tradicional, a observância dos mandamentos da Lei mosaica era o primeiro passo a ser dado pelo fiel. Muitos se contentavam com este primeiro passo. Outros, como era o caso de uma tendência do farisaísmo, reduzia a observância do Decálogo a pura exterioridade. Os mestres da Lei, por sua vez, detinham-se em interpretações minuciosas dos mandamentos, complicando ainda mais a observância deles.
O mero cumprimento dos mandamentos não é suficiente para tornar alguém discípulo do Reino e herdeiro da vida eterna.
Jesus desafiou um jovem a desfazer-se de tudo quanto possuía, distribuindo seus bens entre os pobres, para fazer-se discípulo do Reino e tornar-se herdeiro da vida eterna. O rapaz, que havia sido fiel em guardar os mandamentos, não se sentiu preparado para fazer o que lhe faltava. O apego aos seus bens impediu-o de aceitar a sugestão de Jesus. E foi-se embora todo perturbado! Quem talvez esperasse um elogio acabou desiludido por ter sido incapaz de optar pela liberdade radical.
O apego exagerado aos bens materiais é um terrível empecilho para o seguimento de Jesus. A dinâmica deste seguimento vai exigindo rupturas sempre mais radicais. Quem não está livre para fazê-las, ficará na metade do caminho.
Na piedade judaica tradicional, a observância dos mandamentos da Lei mosaica era o primeiro passo a ser dado pelo fiel. Muitos se contentavam com este primeiro passo. Outros, como era o caso de uma tendência do farisaísmo, reduzia a observância do Decálogo a pura exterioridade. Os mestres da Lei, por sua vez, detinham-se em interpretações minuciosas dos mandamentos, complicando ainda mais a observância deles.
O mero cumprimento dos mandamentos não é suficiente para tornar alguém discípulo do Reino e herdeiro da vida eterna.
Jesus desafiou um jovem a desfazer-se de tudo quanto possuía, distribuindo seus bens entre os pobres, para fazer-se discípulo do Reino e tornar-se herdeiro da vida eterna. O rapaz, que havia sido fiel em guardar os mandamentos, não se sentiu preparado para fazer o que lhe faltava. O apego aos seus bens impediu-o de aceitar a sugestão de Jesus. E foi-se embora todo perturbado! Quem talvez esperasse um elogio acabou desiludido por ter sido incapaz de optar pela liberdade radical.
SÃO BERNARDO DE CLARAVAL
Bernardo
nasceu no ano 1090 na França. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre.
Desde a tenra idade demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um
jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso.
Quando sua mãe
morreu, ele manifestou o desejo de ser religioso, mas encontrou resistência do
pai. Porém, com determinação, conseguiu convencer o pai, irmãos e amigos, que
ingressaram com ele no mosteiro da Ordem de Cister, recém fundada.
A
contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele
passou a ser considerado o seu segundo fundador. Foi um período de abundante
florescimento da ordem, que passou a contar com cento e sessenta e cinco
mosteiros. Bernardo sozinho fundou sessenta e oito e, em suas mãos, mais de
setecentos religiosos professaram os votos.
Bernardo
viveu uma época muito conturbada na Igreja. Foi pregador, místico, escritor,
fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, reis, bispos e também polemista
político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé,
imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.
Tornou-se o
maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida.
Isto porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco,
jejuava com frequência e se impunha severa penitência.
Morreu no
dia 20 de agosto de 1153 e foi sepultado no mosteiro de Claraval. É chamado de
doutor da Igreja.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : São Bernardo cantou o
amor de Deus pelo homem e o amor do homem por Deus. Um amor que é fonte de
verdadeiro conhecimento, um amor nupcial entre Deus e aqueles que sabem estar
na escuta dele. E é esta mensagem que falou ao coração de tantos homens e
mulheres do seu século e povoou numerosos mosteiros.
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