quarta-feira, 8 de agosto de 2018

bom dia evangelho - 9.agosto.2018


BOM DIA EVANGELHO

09 DE AGOSTO DE 2018
QUINTA-FEIRA - 18ª SEMANA COMUM - COR: VERDE - ANO B
Papa Francisco ao entrar na Sala Paulo VI para a Audiência. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 08 Ago. 18 / 08:30 am (ACI).- Em uma nova Audiência Geral nesta quarta-feira, o Papa Francisco dedicou sua catequese mais uma vez à idolatria e sublinhou que reconhecer a própria fragilidade é o que leva a Deus e a afastar-se destes ídolos.
Tomando a leitura do Livro do Êxodo, na qual o povo de Israel no deserto fabrica para si um bezerro de ouro para adorá-lo, Francisco assinalou que “reconhecer a nossa fragilidade não é a desgraça da vida humana, mas a condição para abrir-se Àquele que é realmente forte”.
O Papa falou primeiro sobre o deserto, que “é um lugar onde reinam a precariedade e a insegurança, onde faltam água, alimento e refúgio. O deserto é uma imagem da vida humana, cuja condição é incerta e não possui garantias invioláveis”.
O Papa explicou que “esta insegurança gera no homem ânsias primárias, que Jesus menciona no Evangelho”.
“A natureza humana, para fugir da precariedade procura uma religião ‘feita por si mesmo’: se Deus não se faz ver, vamos fazer um ‘deus à nossa medida’”.
Sobre o bezerro, o Pontífice disse que “tinha um sentido duplo no Oriente Médio antigo: de um lado representa fecundidade e abundância e, de outro, energia e força. Mas, antes de tudo, é ouro, portanto, símbolo de riqueza. ‘Sucesso, poder e dinheiro são as tentações de sempre!’”.
“O bezerro de ouro é o símbolo de todos os desejos que dão a ilusão da liberdade, mas, ao contrário, escravizam”.
Francisco acrescentou que “tudo nasce da incapacidade de confiar, sobretudo, em Deus, de colocar nas mãos dele as nossas seguranças, de deixar que seja Ele a dar verdadeira profundidade aos desejos de nosso coração”.
“Isso permite também aceitar a fragilidade, a incerteza e a precariedade. Sem a primazia de Deus, se cai facilmente na idolatria e nos contentamos com míseras seguranças”.
O Papa também falou da atitude contrária: “quando se acolhe o Deus de Jesus Cristo, que de rico se fez pobre por nós, descobre-se então que reconhecer a própria fragilidade não é a desgraçada vida humana, mas a condição para abrir-se àquele que é verdadeiramente forte”.
“Pela porta da fragilidade, entra a salvação de Deus; é por sua própria insuficiência que o homem se abre à paternidade de Deus”.
“A liberdade do homem nasce do deixar que o verdadeiro Deus seja o único Senhor. Isso permite aceitar a própria fragilidade e rejeitar os ídolos de nosso coração”.

ORAÇÃO
Deus Pai de bondade dai-nos ser abençoados pela intercessão de santa Edith Stein e concedei-nos a graça da conversão cotidiana. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 16,13-23) 
Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? ». Eles responderam: «Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas». «E vós», retomou Jesus, «quem dizeis que eu sou? ». Simão Pedro respondeu: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Jesus então declarou: « “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus». Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!». Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!».
«Não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García
(Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje Jesus proclama afortunado a Pedro pela sua acertada declaração de fé: «Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. Jesus então declarou: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu’» (Mt 16,16-17). Nesta saudação Jesus promete a Pedro o primado da sua Igreja; mas pouco depois faz-lhe uma reconvenção por lhe ter manifestado uma ideia demasiado humana e errada do Messias: «Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!». Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,22-23).
Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado os primeiros discípulos de Jesus tal como eram: não como personagens idealizados, mas como gente de carne e osso, como nós, com as suas virtudes e os seus defeitos; esta circunstância aproxima-os de nós e ajuda-nos a ver que o aperfeiçoamento na vida cristã é um caminho que todos devemos fazer, pois ninguém nasce ensinado.
Dado que já sabemos como foi a história, aceitamos que Jesus Cristo tenha sido o Messias sofredor, profetizado por Isaías e tenha entregue a sua vida na cruz. O que mais nos custa aceitar é que tenhamos de manter presente a sua obra a través do mesmo caminho de entrega, renuncia e sacrifício. Imbuídos como estamos numa sociedade que pugna pelo êxito rápido, por aprender sem esforço e de modo divertido, e por conseguir o máximo aproveitamento com o mínimo de trabalho, é fácil acabarmos vendo as coisas mais como os homens do que como Deus. Uma vez recebido o Espírito Santo, Pedro aprendeu por onde passava o caminho que devia seguir e viveu na esperança. «As tribulações do mundo estão cheias de penas e vazias de prémio; mas as que se padecem por Deus ficam suavizadas com a esperança de um prémio eterno» (Santo Efrén).
SANTO DO DIA
SANTA EDITH STEIN (TERESA BENEDITA DA CRUZ)
Edith Stein (Edit Stain) nasceu na Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. Desde menina, Edith era brilhante nos estudos. Na adolescência viveu uma crise, abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença em Deus. Depois, terminou os estudos, recebendo o título de doutora.
Depois de ler a autobiografia de Santa Teresa d'Ávila, a jovem judia foi tocada pela luz da fé e converteu-se ao catolicismo. Sua mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao Cristo.
Em 1933, chegavam ao poder o partido nazista. Todos os professores que não eram alemães foram demitidos. Para não ter que abandonar o país, Edith fez-se noviça da Ordem do Carmelo. Com o hábito Carmelita passou a ser chamada de Teresa Benedita da Cruz.
Quatro anos depois, a perseguição nazista aos judeus alemães se intensificou e Edith foi transferida para a Holanda. Em julho de 1942, publicamente, os Bispos holandeses emitiram sua posição formal contra os nazistas e em favor dos judeus. Hitler considerou uma agressão da Igreja Católica local e revidou.
Em agosto, oficiais nazistas levaram Edith do Carmelo. Neste dia, outros duzentos e quarenta e dois judeus católicos foram deportados para os campos de concentração. Edith Stein procurava consolar os mais aflitos, levantar o ânimo dos abatidos e cuidar do melhor modo possível das crianças. Assim ela viveu alguns dias, suportando com doçura, paciência e conformidade a Vontade de Deus.
No dia 07 de agosto de 1942, Edith Stein e centenas de homens, mulheres e crianças foram de trem para o campo de extermínio de Auschwitz. Dois dias depois foram mortos na câmara de gás e tiveram seus corpos queimados.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO;  Uma leitura dos textos de Edith revela claramente seu forte compromisso com o reconhecimento e desenvolvimento da mulher, assim como o valor da maturidade da vida cristã na mulher, como uma resposta para o mundo. Edith foi reconhecida pelo seu silêncio, sua calma, sua compostura, seu autocontrole, seu consolo para com outras mulheres, seu cuidado para com os mais pequenos.
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