domingo, 31 de maio de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 01 DE JUNHO DE 2020


Bodia evangelho

01 de junho de 2020
Dia Litúrgico: Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja
Papa reza Regina Coeli do Palácio Apostólico. Foto: Vatican Media
Vaticano, 31 Mai. 20 / 02:00 pm (ACI).- O Papa Francisco assinalou que a Solenidade de Pentecostes lembra que "não é hora de estar trancados" e enfatizou que "o Espírito Santo é o fogo que queima os pecados e cria homens e mulheres novos".
Em sua mensagem anterior à oração do Regina Coeli, que presidiu pela primeira vez da janela do Palácio Apostólico do Vaticano e com a presença dos fiéis na Praça de São Pedro neste domingo, 31 de maio, Solenidade de Pentecostes, o Pontífice explicou como o Ressuscitado reuniu os discípulos e fez deles sua Igreja.
“O Evangelho de hoje nos remete à noite da Páscoa e mostra-nos Jesus ressuscitado que aparece no Cenáculo, onde os discípulos haviam se refugiado. Tinham medo ", explicou o Papa.
Jesus está no meio deles e "diz-lhes: 'A paz esteja convosco!' Estas primeiras palavras pronunciadas pelo Ressuscitado são mais do que uma saudação. Expressam o perdão concedido aos discípulos que o haviam abandonado. São palavras de reconciliação e de perdão”.
"Também nós, quando desejamos paz aos outros, estamos dando o perdão e também pedindo perdão", assegurou.
Com essa saudação, “Jesus oferece sua paz precisamente a esses discípulos que têm medo, que custam a acreditar no que viram, ou seja, o sepulcro vazio, e subestimam o testemunho de Maria Madalena e das outras mulheres. Jesus perdoa, perdoa sempre, e oferece sua paz aos seus amigos".
“Perdoando e reunindo em torno d’Ele os seus discípulos, Jesus faz deles uma Igreja, a sua Igreja, que é uma comunidade reconciliada e pronta para a missão. Quando uma comunidade não é reconciliada, não está pronta para missão, está apenas preparada para discutir dentro dela. O encontro com o Senhor ressuscitado dá uma reviravolta na existência dos apóstolos e os transforma em testemunhas corajosas”.
"De fato, imediatamente depois, diz: ‘Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós'. Essas palavras fazem entender que os apóstolos são enviados para dar continuidade à mesma missão que o Pai confiou a Jesus”.
“Não é hora de ficar calado ou chorar pelos bons momentos que passamos com o Mestre. A alegria da ressurreição é grande, mas é uma alegria expansiva, que não deve ser retida para si. É para dar ”.
"É precisamente para animar a missão que Jesus dá aos seus apóstolos seu Espírito". “O Espírito Santo é fogo que queima os pecados e cria homens e mulheres novos; é fogo de amor com o qual os discípulos poderão ‘incendiar’ o mundo, aquele amor de ternura que privilegia os pequenos, os pobres, os excluídos”.
"Nos sacramentos do Batismo e da Crisma recebemos o Espírito Santo com seus dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus".
"Este último dom, o temor de Deus, é precisamente o oposto do medo que antes paralisava os discípulos: é o amor pelo Senhor, é a certeza da sua misericórdia e da sua bondade, é a confiança de poder seguir na direção por Ele indicada, sem que nunca nos falte sua presença e seu apoio”.
“A festa de Pentecostes renova a consciência de que em nós habita a presença vivificante do Espírito Santo; Ele também nos dá a coragem de sair fora dos muros protetores de nossos "cenáculos", dos grupinhos, sem recostar-nos na vida tranquila ou fechar-nos em hábitos estéreis”.

Oração: Deus eterno e todo-poderoso, que destes a São Justino a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 19,25-27):
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.
«Eis a tua Mãe»
P. Alexis MANIRAGABA(Ruhengeri, Ruanda)
Hoje, celebramos a memória de Maria, Mãe da Igreja. Contemplamos, neste sentido, a maternidade espiritual de Maria em relação à Igreja que é - em si mesma - Mãe do Povo de Deus, pois «ninguém pode ter Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe (S. Cipriano). Maria é Mãe do Filho de Deus e, ao mesmo tempo, Mãe daqueles que amam o seu Filho e dos “bem-amados” de seu Filho, de acordo com «Mulher, eis o teu filho; discípulo: Eis a tua Mãe» (Jo 19,26-27), tal como Jesus disse. Entregando o seu corpo aos homens e devolvendo o seu espírito a seu Pai, Jesus Cristo até deu os seus amigos a sua Mãe.
E o maior amor é aquele com que Jesus ama a sua Igreja (cf. Ef 5,25), à qual pertencem os seus amigos. Portanto, os filhos adoptados por Deus não podem ter Jesus por irmão se não tiverem Maria como Mãe porque, enquanto Maria ama o seu Filho, ama a Igreja da qual Ela é membro eminente. O que não significa que Maria seja superior à Igreja, mas antes que Ela é «mãe dos membros de Cristo» (Sto. Agostinho).
O Concílio Vaticano II acrescenta que Maria é «verdadeiramente mãe dos membros de Cristo por ter cooperado com o seu amor para que nascessem na Igreja os fiéis, que são membros daquela Cabeça (Jesus)». Além disso, permanecendo no meio dos Apóstolos no Cenáculo (cf. Act 1,14), Maria - Mãe da Igreja - recorda a presença, o dom e a acção do Espírito Santo na Igreja missionária. Ao implorar o Espírito Santo no coração da Igreja, Maria reza com a Igreja e reza pela Igreja, porque «elevada à glória do céu, assiste com amor materno a Igreja, protegendo os seus passos» (Prefácio da Missa “Maria, Mãe da Igreja”).
Maria cuida dos seus filhos. Podemos, pois, confiar-lhe toda a vida da Igreja, como fez o Papa S. Paulo VI: «Oh, Virgem Maria, veneranda Mãe da Igreja, a Vós encomendamos toda a Igreja e o Concílio Ecuménico!».
Santo do Dia
São Justino
Justino nasceu no ano 103. Tinha origem latina e seu pai se chamava Prisco. Ele foi educado e se formou nas melhores escolas do seu tempo, cursando filosofia e especializando-se nas teorias de Platão, um grande filósofo grego. Tinha alma de eremita e abandonou a civilização para viver na solidão.
Anos mais tarde, acompanhou uma sangrenta perseguição aos cristãos, conversou com outros deles e acabou se convertendo. Foi batizado no ano 130 na cidade de Éfeso, instante em que substituiu a filosofia de Platão pela verdade de Cristo.
No ano seguinte estava em Roma e evangelizava entre os letrados, pois esse era o mundo onde melhor transitava. Era um missionário filósofo. Deixou muitos livros importantes cujos ensinamentos influenciaram e ainda estão presentes na catequese e na doutrina da Igreja. Seus registros fornecem importantes informações sobre ritos e administração dos Sacramentos na Igreja primitiva.
Escreveu, defendeu e argumentou em favor do Cristianismo e por isto foi considerado de tal modo ilegal que foi vítima da denúncia de um filósofo pagão, o qual o levou ao tribunal. Acabou flagelado e decapitado em 164 na cidade de Roma, junto com outros companheiros que como ele testemunharam sua fé em Cristo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Justino procurou a unidade e a conciliação entre paganismo e cristianismo, entre filosofia e revelação. Homem culto e dotado de grande fé, Justino lançou as bases de uma verdadeira filosofia cristã. Foi um leigo interessado pelos assuntos da fé e foi martirizado por defender a verdade e a fidelidade ao Evangelho.
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quinta-feira, 28 de maio de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 29 DE MAIO DE 2020

Bodia evangelho


29 de maio de 2020
Dia Litúrgico: Sexta-feira da 7ª semana da Páscoa
Papa Francisco na Audiência Geral Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 28 Mai. 20 / 02:55 pm (ACI).- O Papa Francisco recordou a memória litúrgica de São Paulo VI, que se celebra no dia 29 de maio, e pediu que o exemplo do Papa Montini “anime todos a abraçarem generosamente os ideais do Evangelho”.
"Que o exemplo desse Bispo de Roma, que alcançou o auge da santidade, encoraje todos a abraçarem generosamente os ideais do Evangelho", disse o Santo Padre durante a Audiência Geral da quarta-feira desta semana.
Não é a primeira vez que o Papa Francisco fala do legado que São Paulo VI deixou para a Igreja Católica.
Por exemplo, durante a Missa matutina na casa de Santa Marta, em 16 de abril, o Pontífice encorajou “a ser evangelizadores alegres” e recordou as palavras de São Paulo VI na Exortação Apostólica sobre a Evangelização Evangelii nuntiandi.
Nessa ocasião, o Santo Padre enfatizou a importância de ser "cristãos alegres" e indicou a importância dessa Exortação Apostólica papal publicada em 8 de dezembro de 1975.
"Veem-me à mente os últimos números, os últimos parágrafos da Exortação Evangelii nuntiandi de Paulo VI, quando fala dos cristãos alegres, dos evangelizadores alegres, e não daqueles que vivem sempre tristonhos”.
Nesta linha, o Santo Padre também assinalou, durante a homilia daquela Eucaristia, que a passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 24, 25-48) é "uma de suas favoritas", por isso aproveitou a oportunidade para recordar a importância da alegria cristã que "não é estar feliz, positivo", mas "é a plenitude da presença do Senhor".
São Paulo VI
Giovanni Battista Montini foi canonizado pelo Papa Francisco em 14 de outubro de 2018, na Praça de São Pedro, junto com Dom Oscar Romero, Irmãs Nazaria Ignacia de Santa Teresa de Jesus March Mesa e María Caterina Kasper, os sacerdotes Francesco Spinelli e Vincenzo Roman e o leigo Nunzio Sulprizio.
A biografia de São Paulo VI ainda possui muitos dados pouco conhecidos. Em um artigo publicado pelo jornal oficial da Santa Sé, L'Osservatore Romano, foram publicadas algumas de suas considerações epistolares.
Vários exemplos, desde considerações espirituais que o jovem sacerdote escreveu em 1922 a seu diretor espiritual, Pe. Paolo Caresana, ou inclusive, algumas frases de uma carta que escreveu a um amigo enquanto ainda era seminarista, oito dias antes de sua ordenação diaconal.
Nessas cartas pessoais, o jovem seminarista Montini contava quanto era importante para ele a oração do Magnificat pronunciada por Maria e que São Lucas descreve.
Nesse sentido, L'Osservatore Romano destaca que o amigo de Paulo VI, Jean Guitton, enfatizou que "ao ouvir o Santo Padre falar sobre o sacerdócio com tanta emoção", ele se perguntou se a oração do Magnificat poderia ser "seu segredo, sua própria substância. Já que o restante das coisas que o Papa fazia não eram mais que uma ‘expansão’ de sua vocação, de seu ser sacerdote”.
"São Paulo VI foi o primeiro Papa a escrever uma Exortação sobre a alegria cristã, Gaudete in Domino, em meados do Ano Santo de 1975", lê-se no artigo "ser sacerdote para ser santo", escrito em italiano, no qual o autor comenta que São Paulo VI "sempre confiará em sua íntima alegria pascal, que deve animar, sobretudo, a vida dos ministros de Deus, para difundir-se entre os homens".
Finalmente, esta nota de L'Osservatore Romano enfatiza que a aspiração de São Paulo VI foi a de "um ministério próximo aos homens de seu tempo" que "permanecerá constante em sua reflexão espiritual", como escreveu o próprio São Paulo VI em algumas anotações, "ele gostaria de ter uma vida sacerdotal como 'um vigário paroquial ou um pároco humilde, sábio’”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Ó Deus, que pelo amor ao ser humano, fizeste brilhar no mundo a força de Santa Úrsula, fazei-nos recorrer à sua proteção e encontrar motivos para dispensar nossos dias ao serviço dos mais abandonados. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 21,15-19):
Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo». Jesus lhe disse: «Cuida dos meus cordeiros». E disse-lhe, pela segunda vez: «Simão, filho de João, tu me amas?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo». Jesus lhe disse: «Sê pastor das minhas ovelhas».
Pela terceira vez, perguntou a Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas?». Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: «Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo». Jesus disse-lhe: «Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te porá o cinto e te levará para onde não queres ir». Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: «Segue-me».
«‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Cuida das minhas ovelhas’»
Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart(Tarragona, Espanha)
Hoje agradecemos a São João que nos deixe constância da íntima conversa entre Jesus e Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo». Jesus lhe disse: «Cuida dos meus cordeiros» (Jo 21,15). —Desde os menores, recém nascidos à Vida da Graça... Tem que ter cuidado como se fosse Ele mesmo... Quando por segunda vez... «Jesus lhe diz: `Cuida das minhas ovelhas´», Ele está dizendo a Simão Pedro: — A todos os que me sigam, tu vais presidir no meu Amor, deveis procurar que eles tenham a caridade ordenada. Assim, todos saberão que por vos que seguem-Me; que a minha vontade é que passes por diante sempre, administrando os méritos que —para cada um— Eu tenho ganho.
«Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: `Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo´» (Jo 31,17). Faz-lhe retificar sua tripla negação, e só ao lembrar-se dela, o entristece. —Eu te amo totalmente, porém te tenha negado..., já sabes quanto chorei a minha traição, já sabes que encontrei consolo somente estando com tua Mãe e com os irmãos.
Encontramos consolo ao recordar que o Senhor estabeleceu o poder de apagar o pecado que separa-nos, muito ou pouco, de seu Amor e o amor dos irmãos. —Encontro consolo quando admito a certeza do meu afastamento de teu lado, e ao sentir de teus lábios sacerdotais o «Eu te absolvo» "poder de jurisdição".
Encontramos consolo neste poder das chaves que Jesus Cristo dá a todos os seus sacerdotes-ministros, para reabrir as portas de sua amizade. —Senhor, vejo que um ato de desamor ajeita-se com um ato de imenso amor. Tudo isso, leva-nos a valorar a jóia imensa do sacramento do perdão para confessar os nossos pecados, que realmente são "desamor".
Santo do Dia
Santa Úrsula Ledochowska
Júlia Ledochowska nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses, que residiam na Áustria. Aos vinte e um anos, pronunciou os votos definitivos, tomando o nome de Úrsula.
Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria. Após ocupar a função de superiora do seu convento por quatro anos, foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas. Fundou também uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre.
Sua cidadania e origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa, durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando então regressou para o seu convento na Polônia.
Em 1920, fundou uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e cuidar dos pobres, velhos e crianças.
Quando Madre Úrsula morreu, já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês. Faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Úrsula foi educadora, apóstola, missionária, pioneira do ecumenismo nos países escandinavos, criadora de um novo estilo de vida religiosa e de formas de apostolado, dirigido sobretudo para os mais necessitados, que fizeram dela uma precursora da renovação e atualização do espírito da vida religiosa feminina. Rezemos hoje por todas as mulheres que dedicam sua vida aos mais abandonados, sobretudo por aquelas que se consagram através dos votos religiosos.
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quarta-feira, 27 de maio de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 28 DE MAIO DE 2020


Bodia evangelho

28 de maio de 2020
Dia Litúrgico: Quinta-feira da 7ª semana da Páscoa
O Papa Francisco reza diante do Cristo Milagroso.
Vaticano, 26 Mai. 20 / 09:00 am (ACI).- Um sacerdote da Arquidiocese de Milwaukee (Estados Unidos) chamou a atenção das redes neste fim de semana ao analisar o número de mortos por coronavírus na Itália e identificar o dia 27 de março como o dia em que tudo mudou.
Nesse dia, o Papa Francisco presidiu na Praça de São Pedro um momento extraordinário de oração acompanhado pelo Cristo Milagroso, uma imagem do Jesus crucificado à qual os romanos atribuíram o fim da epidemia de 1522. Além disso, concedeu a bênção Urbi et Orbi e rezou diante da imagem do Senhor crucificado.
Em sua conta no Twitter, Pe. John LoCoco identificou, por meio do Alerta sobre a COVID-19, acessível pelo Google, que aquela sexta-feira foi o dia no qual se registraram mais falecidos na Itália, com 919 vítimas.
Desde então, começou um declínio gradual, até registrar, no dia 24 de maio, 50 mortes na Itália. Como se sabe, este foi o primeiro país europeu onde a pandemia causou estragos depois que o vírus deixou a China, causando, segundo a Universidade Johns Hopkins, mais de 230 mil infecções e 32.800 mortes.
Há alguns dias, várias medidas restritivas foram levantadas na Itália e as Missas voltaram a ser celebradas com a presença dos fieis, mas mantendo as recomendações sanitárias para evitar um novo surto de coronavírus.
No dia extraordinário da oração, o Papa Francisco também rezou diante da imagem mariana da Salus Populi Romani.
Em meio à chuva e diante de uma praça de São Pedro vazia, o Pontífice refletiu sobre a passagem do Evangelho na qual Cristo acalma a tempestade no mar da Galileia.
"Revemo- nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos, carecidos de mútuo encorajamento", expressou.
No entanto, recordou que “o Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor".
Por isso, alentou a abraçar a cruz de Cristo, pois nela “fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança".
Após sua reflexão, o Santo Padre foi até a entrada da Basílica de São Pedro, onde fez adoração ao Santíssimo Sacramento em silêncio por vários minutos, acompanhado por algumas autoridades do Vaticano, e depois presidiu algumas orações, como a súplica em ladainhas.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Germano de Paris, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 17,20-26):
Naquele tempo, Jesus, alçando os olhos ao céu, disse: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam comigo aqueles que me deste, para que contemplem a minha glória, a glória que tu me deste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles».
«Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim»
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.(Barcelona, Espanha)
Hoje, encontramos no Evangelho um sólido fundamento para a confiança: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim...» (Jo 17,20). É o Coração de Jesus que, na intimidade com os seus, abre-lhes os tesouros inesgotáveis do seu Amor. Quer afiançar seus corações afligidos pelo ar de despedida que têm as palavras e gestos do Mestre durante a Santa Ceia. É a oração indefectível de Jesus que sobe junto ao Pai pedindo por eles. Quanta segurança e fortaleça encontrarão depois nessa oração ao longo da sua missão apostólica! Em meio de todas as dificuldades e perigos que tiveram que afrontar, essa oração os acompanhará e, será a fonte na que encontrarão a força e ousadia para dar testemunho da sua fé com a entrega da própria vida.
A contemplação dessa realidade, dessa oração de Jesus pelos seus, tem que atingir também as nossas vidas: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim... ». Essas palavras atravessam os séculos e chegam, com a mesma intensidade com que foram pronunciadas, até o coração de todos e cada um dos crentes.

Na lembrança fresca da última visita de São João Paulo II a Espanha, encontramos nas palavras do Papa o eco dessa oração de Jesus pelos seus: «Com meus braços abertos, levo-os a todos no meu coração —disse o Pontífice na frente de mais de um milhão de pessoas—. A recordação desses dias vai transformar-se em oração pedindo para vos a paz em fraterna convivência, animados pela esperança cristã que nunca engana». E, já não tão próximo no tempo, outro Papa fazia uma exortação que nos chega ao coração depois de muitos séculos: «Não há nenhum doente a quem seja negada a vitória da cruz, nem há ninguém a quem não lhe ajude a oração de Cristo. Já que se esta foi de proveito para os que o maltrataram, quanto mais o será para os que se convertem a Ele?». (São Leão Magno)
Santo do Dia
São Germano de Paris
Germano nasceu em 496. Diz a tradição que sua mãe tentou abortá-lo e que na infância ele teria sido envenenado, mas o menino sobreviveu para tornar-se um grande santo. Foi criado por um primo bem mais velho, um ermitão chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano viveu como ermitão durante quinze anos, aprendendo a doutrina de Cristo.
Em 531, ele foi ordenado diácono e três anos depois, sacerdote. Foi então para Paris, e pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei, que apreciava a sua sensatez. Tornou-se bispo de Paris.
Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre, feliz por sentir frio, mas tendo a certeza que o pobre estava aquecido.
Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A história de São Germano nos mostra que Deus realmente tem caminhos misteriosos aos olhos humanos. Salvo da morte na infância, nosso santo soube aproveitar seus dias para o serviço dos mais pobres e abandonados, impulsionado pelo amor ao evangelho de Cristo. Na nossa vida, somos acometidos por muitas adversidades, mas confiar plenamente em Jesus Cristo nos dá forças para avançar mesmo em tempos de penúria.
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