domingo, 31 de maio de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 01 DE JUNHO DE 2020


Bodia evangelho

01 de junho de 2020
Dia Litúrgico: Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja
Papa reza Regina Coeli do Palácio Apostólico. Foto: Vatican Media
Vaticano, 31 Mai. 20 / 02:00 pm (ACI).- O Papa Francisco assinalou que a Solenidade de Pentecostes lembra que "não é hora de estar trancados" e enfatizou que "o Espírito Santo é o fogo que queima os pecados e cria homens e mulheres novos".
Em sua mensagem anterior à oração do Regina Coeli, que presidiu pela primeira vez da janela do Palácio Apostólico do Vaticano e com a presença dos fiéis na Praça de São Pedro neste domingo, 31 de maio, Solenidade de Pentecostes, o Pontífice explicou como o Ressuscitado reuniu os discípulos e fez deles sua Igreja.
“O Evangelho de hoje nos remete à noite da Páscoa e mostra-nos Jesus ressuscitado que aparece no Cenáculo, onde os discípulos haviam se refugiado. Tinham medo ", explicou o Papa.
Jesus está no meio deles e "diz-lhes: 'A paz esteja convosco!' Estas primeiras palavras pronunciadas pelo Ressuscitado são mais do que uma saudação. Expressam o perdão concedido aos discípulos que o haviam abandonado. São palavras de reconciliação e de perdão”.
"Também nós, quando desejamos paz aos outros, estamos dando o perdão e também pedindo perdão", assegurou.
Com essa saudação, “Jesus oferece sua paz precisamente a esses discípulos que têm medo, que custam a acreditar no que viram, ou seja, o sepulcro vazio, e subestimam o testemunho de Maria Madalena e das outras mulheres. Jesus perdoa, perdoa sempre, e oferece sua paz aos seus amigos".
“Perdoando e reunindo em torno d’Ele os seus discípulos, Jesus faz deles uma Igreja, a sua Igreja, que é uma comunidade reconciliada e pronta para a missão. Quando uma comunidade não é reconciliada, não está pronta para missão, está apenas preparada para discutir dentro dela. O encontro com o Senhor ressuscitado dá uma reviravolta na existência dos apóstolos e os transforma em testemunhas corajosas”.
"De fato, imediatamente depois, diz: ‘Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós'. Essas palavras fazem entender que os apóstolos são enviados para dar continuidade à mesma missão que o Pai confiou a Jesus”.
“Não é hora de ficar calado ou chorar pelos bons momentos que passamos com o Mestre. A alegria da ressurreição é grande, mas é uma alegria expansiva, que não deve ser retida para si. É para dar ”.
"É precisamente para animar a missão que Jesus dá aos seus apóstolos seu Espírito". “O Espírito Santo é fogo que queima os pecados e cria homens e mulheres novos; é fogo de amor com o qual os discípulos poderão ‘incendiar’ o mundo, aquele amor de ternura que privilegia os pequenos, os pobres, os excluídos”.
"Nos sacramentos do Batismo e da Crisma recebemos o Espírito Santo com seus dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus".
"Este último dom, o temor de Deus, é precisamente o oposto do medo que antes paralisava os discípulos: é o amor pelo Senhor, é a certeza da sua misericórdia e da sua bondade, é a confiança de poder seguir na direção por Ele indicada, sem que nunca nos falte sua presença e seu apoio”.
“A festa de Pentecostes renova a consciência de que em nós habita a presença vivificante do Espírito Santo; Ele também nos dá a coragem de sair fora dos muros protetores de nossos "cenáculos", dos grupinhos, sem recostar-nos na vida tranquila ou fechar-nos em hábitos estéreis”.

Oração: Deus eterno e todo-poderoso, que destes a São Justino a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 19,25-27):
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.
«Eis a tua Mãe»
P. Alexis MANIRAGABA(Ruhengeri, Ruanda)
Hoje, celebramos a memória de Maria, Mãe da Igreja. Contemplamos, neste sentido, a maternidade espiritual de Maria em relação à Igreja que é - em si mesma - Mãe do Povo de Deus, pois «ninguém pode ter Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe (S. Cipriano). Maria é Mãe do Filho de Deus e, ao mesmo tempo, Mãe daqueles que amam o seu Filho e dos “bem-amados” de seu Filho, de acordo com «Mulher, eis o teu filho; discípulo: Eis a tua Mãe» (Jo 19,26-27), tal como Jesus disse. Entregando o seu corpo aos homens e devolvendo o seu espírito a seu Pai, Jesus Cristo até deu os seus amigos a sua Mãe.
E o maior amor é aquele com que Jesus ama a sua Igreja (cf. Ef 5,25), à qual pertencem os seus amigos. Portanto, os filhos adoptados por Deus não podem ter Jesus por irmão se não tiverem Maria como Mãe porque, enquanto Maria ama o seu Filho, ama a Igreja da qual Ela é membro eminente. O que não significa que Maria seja superior à Igreja, mas antes que Ela é «mãe dos membros de Cristo» (Sto. Agostinho).
O Concílio Vaticano II acrescenta que Maria é «verdadeiramente mãe dos membros de Cristo por ter cooperado com o seu amor para que nascessem na Igreja os fiéis, que são membros daquela Cabeça (Jesus)». Além disso, permanecendo no meio dos Apóstolos no Cenáculo (cf. Act 1,14), Maria - Mãe da Igreja - recorda a presença, o dom e a acção do Espírito Santo na Igreja missionária. Ao implorar o Espírito Santo no coração da Igreja, Maria reza com a Igreja e reza pela Igreja, porque «elevada à glória do céu, assiste com amor materno a Igreja, protegendo os seus passos» (Prefácio da Missa “Maria, Mãe da Igreja”).
Maria cuida dos seus filhos. Podemos, pois, confiar-lhe toda a vida da Igreja, como fez o Papa S. Paulo VI: «Oh, Virgem Maria, veneranda Mãe da Igreja, a Vós encomendamos toda a Igreja e o Concílio Ecuménico!».
Santo do Dia
São Justino
Justino nasceu no ano 103. Tinha origem latina e seu pai se chamava Prisco. Ele foi educado e se formou nas melhores escolas do seu tempo, cursando filosofia e especializando-se nas teorias de Platão, um grande filósofo grego. Tinha alma de eremita e abandonou a civilização para viver na solidão.
Anos mais tarde, acompanhou uma sangrenta perseguição aos cristãos, conversou com outros deles e acabou se convertendo. Foi batizado no ano 130 na cidade de Éfeso, instante em que substituiu a filosofia de Platão pela verdade de Cristo.
No ano seguinte estava em Roma e evangelizava entre os letrados, pois esse era o mundo onde melhor transitava. Era um missionário filósofo. Deixou muitos livros importantes cujos ensinamentos influenciaram e ainda estão presentes na catequese e na doutrina da Igreja. Seus registros fornecem importantes informações sobre ritos e administração dos Sacramentos na Igreja primitiva.
Escreveu, defendeu e argumentou em favor do Cristianismo e por isto foi considerado de tal modo ilegal que foi vítima da denúncia de um filósofo pagão, o qual o levou ao tribunal. Acabou flagelado e decapitado em 164 na cidade de Roma, junto com outros companheiros que como ele testemunharam sua fé em Cristo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Justino procurou a unidade e a conciliação entre paganismo e cristianismo, entre filosofia e revelação. Homem culto e dotado de grande fé, Justino lançou as bases de uma verdadeira filosofia cristã. Foi um leigo interessado pelos assuntos da fé e foi martirizado por defender a verdade e a fidelidade ao Evangelho.
tjl@- acidiigtal.com – a12.com – evangeli.net

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