segunda-feira, 4 de maio de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 05 DE MAIO DE 2020


Bodia evangelho 


05 de maio de 2020
Dia Litúrgico: Terça-feira da 4ª semana da Páscoa
Pe. Geison Gerardo Ortiz Marín assando pão / Crédito: Cortesia do Pe. Geison Gerardo Ortiz Marín
SAN JOSÉ, 01 Mai. 20 / 12:00 pm (ACI).- A história de um sacerdote da Costa Rica está dando a volta ao mundo desde que decidiu retomar a sua antiga profissão de padeiro, que exerceu em sua adolescência, para arrecadar fundos para ajudar os mais necessitados de sua comunidade paroquial.
Trata-se de Pe. Geison Gerardo Ortiz Marín, de 39 anos, atualmente pároco da paróquia de Santa Rosa de Lima, no distrito de Pocosol, localizado em Ciudad Quesada, ao norte da província de Alajuela, na Costa Rica.
Atualmente, é responsável por acompanhar as 47 comunidades que compõem sua paróquia, mas com a ajuda dos sacerdotes Omar Francisco Solís Villalobos e Gustavo Araya Solís.
Pe. Geison nasceu em 1981 em Ciudad Quesada e é o segundo de seis irmãos de uma família humilde.
"Deus me tirou de uma padaria onde eu fazia pão que saciava a fome dos homens, para fazer hoje um pão que dá a vida eterna", narrou o Pe. Geison, que foi ordenado sacerdote em 12 de dezembro de 2010, em uma entrevista recente com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.
"Acho que este é um momento especial. Deus me permitiu voltar às minhas origens. Deus me permitiu aproximar-me das necessidades de nossos irmãos. Este é um momento no qual o Senhor nos permite viver de maneira muito especial a solidariedade e a proximidade”, afirmou o sacerdote, que celebra a Eucaristia à noite.
"Sempre digo 'obrigado' ao Senhor, porque este é o pão verdadeiro que dá a vida eterna, que dá a maior riqueza e o que eu quero que nosso povo tenha, perceba, prove e sinta", afirmou sobre a Eucaristia.
Pe. Geison conta que aprendeu a profissão de padeiro aos 15 anos, por necessidade, devido às condições econômicas precárias de sua família.
"Eu tive que sair para procurar trabalho. Encontrei a oportunidade na padaria de uma família vizinha e trabalhei lá por 5 anos. Eu tive que deixar o estudo porque a situação econômica piorou e, sendo o segundo mais velho da casa, tive que assumir várias responsabilidades", afirmou.
Por outro lado, contou que em seus 5 anos de experiência como padeiro, aprendeu "tudo", desde "varrer ou lavar uma forma, até aprender confeitaria, assar pão e embalar".
“Essa experiência me aproximou da realidade de trabalho de muitas pessoas: saber o que é cumprir um horário, acordar de madrugada, ter horas extras. Em suma, é uma experiência que me enriqueceu”, assegurou o sacerdote.
Pe. Geison explica que seu chamado ao sacerdócio veio desde muito jovem. Aos três anos de idade, um dia em que seus pais discutiram e não levaram nem ele nem seus irmãos à Eucaristia, ficou muito triste. No entanto, o menino decidiu vestir uma camisa e brincar de consagrar o pão e o vinho. Também contou que nunca perdeu esta vontade de ser sacerdote ao longo de sua vida.
Aos 20 anos, depois de conversar com um padre amigo e dizer que ele também queria dedicar sua vida ao Senhor, este o encorajou e o ajudou a terminar seus estudos no ensino médio. Foi então que Geison decidiu deixar o emprego da padaria e, aos 21 anos, entrou no seminário.
“Estudei durante 7 anos no seminário e agora sou sacerdote há 10 anos. Sinto-me imensamente feliz porque Deus me chamou não apenas de uma padaria, mas desde muito antes, desde aquele dia no qual eu não pude ir à Missa, mas quis celebrar a Eucaristia”, afirmou.
Sobre a situação que a Igreja vive na Costa Rica, comenta que, há um mês, foram suspensas as Missas com a participação dos fiéis.
Em meio à quarentena ou isolamento social obrigatório, Pe. Geison começou a notar, cada vez com maior intensidade, as necessidades econômicas da paróquia e da comunidade.
"Muitas pessoas começaram a bater na porta da casa paroquial pedindo ajuda, enquanto a paróquia parou de receber ingressos das coletas e as ajudas sociais", explica.
No entanto, Pe. Geison sabia que ainda tinha em seu interior “a experiência de padaria” na qual tinha “certas facilidades” e, por isso, pensou que devia fazer “algo em vez de estar trancados esperando que isso passe”.
Então, decidiu “ligar o forno” novamente e começou a levantar fundos para manter a paróquia.

Oração:Ó Deus de admirável providência, que, no mártir Santo Ângelo destes ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão, ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 10,22-30):
Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus andava pelo templo, no pórtico de Salomão. Os judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: «Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!». Jesus respondeu: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim. Vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um». Palavra de vida eterna.
«Eu e o Pai somos um»
Rev. D. Miquel MASATS i Roca
(Girona, Espanha)
Hoje, vemos Jesus que «andava pelo Templo, no pórtico de Salomão» (Jo 10,23), durante a festa da Dedicação em Jerusalém. Então, os judeus pedem-lhe: «Se tu és o Cristo, diz-nos abertamente», e Jesus responde-lhes: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais» (Jo 10,24.25).
Só a fé dá ao homem a capacidade de reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus. No ano de 2000, João Paulo II, no encontro com os jovens em Tor Vergata, falava do “laboratório da fé”. Há muitas respostas para a pergunta «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18) … Depois, porém, Jesus passa para o plano pessoal: «E vós, quem dizeis que eu sou?» Para responder corretamente a esta pergunta é necessária a “revelação do Pai”. Para responder como Pedro — «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16,16)— faz falta a graça de Deus.
Contudo, embora Deus queira que todas as pessoas acreditem e se salvem, só os homens humildes têm a capacidade de acolher este dom. «Entre os humildes está a sabedoria», lê-se no livro dos Provérbios (11,2). A verdadeira sabedoria do homem consiste em confiar em Deus.
Santo Tomás de Aquino comenta esta passagem do Evangelho dizendo: «Consigo ver graças à luz do sol, mas se fechar os olhos, não vejo; porém a culpa não é do sol, mas minha».

Jesus diz-lhes que, se não creem, que acreditem, pelo menos, devido às obras que faz, que manifestam o poder de Deus. «As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim» (Jo 10,25).
Jesus conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas escutam a Sua voz. A fé leva à intimidade com Jesus na oração. O que é a oração senão o trato com Jesus Cristo, que sabemos que nos ama e nos conduz ao Pai? O resultado e o prêmio desta intimidade com Jesus nesta vida, é a vida eterna, como lemos no Evangelho.
Santo do Dia
Santo Ângelo
Santo Ângelo nasceu em Jerusalém, em 1185. Seus pais eram judeus convertidos.
Aos 18 anos, entrou na Ordem do Carmo, num mosteiro da Palestina, onde foi ordenado sacerdote. Recebeu muitas graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres.
Foi enviado à Roma para defender os interesses de sua Ordem. Segundo a tradição, Ângelo e os primeiros carmelitas foram para Roma a fim de obterem do Papa Honório Terceiro a aprovação da Regra do Carmelo. Em Roma, conheceu Francisco de Assis, de quem previu morte pelo martírio.
Dali partiu para a Sicília, a fim de converter os hereges cátaros. Os cátaros acreditavam que o homem na sua origem havia sido um ser espiritual e para adquirir consciência e liberdade, precisaria de um corpo material, sendo necessárias várias reencarnações para se libertar. Eram dualistas e acreditavam na existência de dois deuses, um do bem (Deus) e outro do mal (Satã), que teria criado o mundo material e mal.
Estas ideias contrariavam a fé católica e foram consideradas heresias. Na Sícilia, lutando contra a ideia dos cátaros, Santo Ângelo converteu a amante de um rico senhor que levava vida de pecado. Por vingança, este mandou assassiná-lo. Santo Ângelo foi morto em 1220, enquanto pregava na Igreja de São Tiago de Licata.
Sua veneração se manteve até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e devotos nas situações de suas dificuldades. Os primeiros padres carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas, nomeando as aldeias que se formavam e expandiram o seu culto, que também chegou ao Brasil.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A fé do cristão deve ser enraizada na história. Mais do que louvores ao Senhor, o serviço ao próximo é parte essencial da vida dos seguidores de Cristo Jesus. Santo Ângelo soube conjugar fé e obras, agindo sempre em favor daqueles mais abandonados e lutando pela verdade da fé na Igreja. Morreu defendendo a justiça. Mereceu a coroa da santidade. Para nós, fica o exemplo de Santo Ângelo, que nos convida a viver a nossa fé com plenitude e fidelidade.
tjl@ - acidigital.com – a12.com – evangeli.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário