Imagem referencial. Crédito: Unsplash.
CALIFORNIA, 22 Mai. 20 / 12:35 pm (ACI).- O Departamento de Justiça dos Estados
Unidos indicou que não pode haver diferença entre as igrejas e outras
atividades públicas semelhantes nos esforços do governador da Califórnia, Gavin
Newsom, para levantar algumas das restrições tomadas para combater o
coronavírus.
Em uma carta
dirigida a Newsom, em 19 de maio, o chefe da Divisão de Direitos Civis do
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Eric S. Dreiband, junto com quatro
advogados, assinalaram que não há exceções pela pandemia dentro da
“Constituição dos Estados Unidos e sua Declaração de Direitos".
"A religião e
o culto religioso continuam sendo fundamentais para a vida de milhões de
norte-americanos", asseguraram na carta.
Dreiband indicou
que as comunidades religiosas adotaram medidas para proteger os fiéis da
propagação da COVID-19, como o uso de meios digitais, estacionamento ou
exteriores ao tempo, e “de muitas outras maneiras criativas que respeitam o
distanciamento social e as diretrizes de saneamento”.
As regras da
Califórnia permitem a reabertura de restaurantes e de outras empresas segundo
as diretrizes de distanciamento social, informa a Associated Press. No entanto,
as igrejas ainda estão limitadas a serviços on-line e esforços semelhantes.
Dreiband disse que
isso é agir com moral dupla e indicou que é um "fardo injusto" para
os grupos religiosos e "tratamento desigual" que viola a proteção dos
direitos civis.
Embora a carta não
ameace com ações legais imediatas, reconhece o dever de "proteger a saúde
e a segurança dos californianos de uma pandemia sem precedentes em nossas
vidas", mas disse que os líderes devem equilibrar os interesses e avaliar
a informação em constante mudança sobre o coronavírus.
"As leis que
não são neutrais à religião e aplicáveis a
todos em geral não
são válidas, a menos que o governo possa demonstrar que
promove um interesse convincente e que o cumpre através dos meios menos restritivos possíveis”, dizia a carta.
Newsom assinalou
que as instituições religiosas poderiam iniciar os serviços pessoalmente no
futuro próximo, com melhorias nas medições dos testes, tratamento da infecção e
hospitalização.
"Eu só quero
expressar minha profunda admiração pela comunidade de fé e a necessidade e o
desejo de saber quando os fiéis poderão começar novamente a retornar aos
bancos", disse Newsom.
Acredita-se que
algumas igrejas nos Estados Unidos e na Coréia do Sul estejam no centro dos
chamados eventos de "super contaminadores", quando ocorrem numerosas
infecções pelo novo coronavírus.
A carta de Dreiband
a Newsom cita a promessa do Departamento de Justiça de agir diante de qualquer
abuso de liberdade religiosa, depois que alguns governos estaduais e locais
tentaram impor severas restrições aos serviços da Páscoa durante a pandemia de coronavírus.
O procurador-geral
William Barr divulgou um comunicado, em meados de abril, dizendo que, embora os
governos estaduais e locais possam promulgar restrições de emergência pública,
esses regulamentos não podem impor fardos especiais à prática religiosa que não
são contemplados para outras atividades semelhantes.
Em 13 de maio,
durante a coletiva de imprensa on-line "A Igreja, o Estado e a
Pandemia", organizada pelo Instituto Bento XVI de Música
Sacra e Adoração Divina, o Arcebispo de São Francisco, Dom Salvatore
Cordileone, falou sobre as restrições epidêmicas nas igrejas.
Dom Cordileone
indicou que as autoridades públicas “não entendem o que podemos fazer para
manter as pessoas seguras" e notou que os líderes da Igreja precisam se
comunicar com as autoridades e informá-las sobre as medidas que podem ser
tomadas.
"Quando pensam
em um serviço de adoração, pensam em algo como uma megaigreja, de mil a
2 mil pessoas que se aglomeram em uma área cheia de gente", disse.
"Não acreditam que podemos ter distância nas nossas igrejas, ou que
podemos ter serviços ao ar livre".
Dom Cordileone
citou sugestões do Instituto Tomista da Casa de Estudos Dominica, que publicou
um guia sobre coronavírus e igrejas composto por um grupo de trabalho de
teólogos, liturgistas e especialistas cuidados médicos.
"É um
documento muito completo e detalhado sobre o que podemos fazer” para celebrar
a Missa pública,
disse Dom Cordileone.
Os bispos da Califórnia
enviaram uma carta ao governador Gavin Newsom com o documento do Instituto
Tomista em anexo. Alguns dias depois, o governador "falou positivamente
sobre a adoração e a necessidade da fé, mais favorável às igrejas que se abrem
para a adoração", concluiu.
Publicado
originalmente em ACI Prensa. Traduzido
e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração:
Deus eterno e todo-poderoso quiseste
que São Gregório VII governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e
pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as
ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo nosso
Senhor. Amém!
Evangelho
(Jo 16,29-33):
Os seus discípulos disseram: «Agora, sim, falas
abertamente, e não em figuras. Agora vemos que conheces tudo e não precisas que
ninguém te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de junto de Deus!».
Jesus respondeu: «Credes agora? Eis que vem a hora, e já chegou, em que vos
dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis sozinho. Mas eu não estou
só. O Pai está sempre comigo. Eu vos disse estas coisas para que, em mim,
tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo».
Palavra de vida eterna.
«Mas tende coragem! Eu venci o
mundo»
Rev. D.
Jordi CASTELLET i Sala
(Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)
(Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)
Hoje podemos ter a sensação
de que o mundo da fé em Cristo se debilita. Existem várias notícias que vão
contra a fortaleza que quereríamos receber de uma vida fundamentada
integramente no Evangelho. Os valores do consumismo, do capitalismo, da
sensualidade e do materialismo estão em voga e em contra de tudo o que suponha
pôr-se em sintonia com as exigências evangélicas. Não obstante, este conjunto
de valores e de formas de entender a vida não nos dão nem a plenitude pessoal
nem a paz, mas apenas trazem mais mau estar e inquietude interior. Não será por
isso que, hoje, as pessoas que vão pela rua enferrujadas, fechadas e
preocupadas com um futuro que não vêm nada claro, precisamente porque o
hipotecaram ao preço de um carro, de um apartamento ou de umas férias que, de
fato, não se podem permitir?
As palavras de Jesus convidam-nos à confiança: «Eu venci o mundo» (Jo 16,33), quer dizer, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição alcançou a vida eterna, aquela que não tem obstáculos, aquela que não tem limite e superou todas as dificuldades.
Os de Cristo vencemos as dificuldades tal e como Ele as venceu, apesar de na nossa vida também termos de passar por sucessivas mortes e ressurreições, nunca desejadas mas assumidas pelo próprio Mistério Pascal de Cristo. Por acaso não são “mortes” a perca de um amigo, a separação da pessoa amada, o fracasso de um projeto ou as limitações que experimentamos por causa da nossa fragilidade humana?
Mas «em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou» (Rom 8,37). Sejamos testemunhas do amor de Deus, porque Ele em nós «fez (…) grandes coisas» (Lc 1,49) e deu-nos a sua ajuda para superar todas as dificuldades, inclusivamente a da morte, porque Cristo nos comunica o seu Espírito Santo.
As palavras de Jesus convidam-nos à confiança: «Eu venci o mundo» (Jo 16,33), quer dizer, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição alcançou a vida eterna, aquela que não tem obstáculos, aquela que não tem limite e superou todas as dificuldades.
Os de Cristo vencemos as dificuldades tal e como Ele as venceu, apesar de na nossa vida também termos de passar por sucessivas mortes e ressurreições, nunca desejadas mas assumidas pelo próprio Mistério Pascal de Cristo. Por acaso não são “mortes” a perca de um amigo, a separação da pessoa amada, o fracasso de um projeto ou as limitações que experimentamos por causa da nossa fragilidade humana?
Mas «em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou» (Rom 8,37). Sejamos testemunhas do amor de Deus, porque Ele em nós «fez (…) grandes coisas» (Lc 1,49) e deu-nos a sua ajuda para superar todas as dificuldades, inclusivamente a da morte, porque Cristo nos comunica o seu Espírito Santo.
Santo do Dia
São Gregório Sétimo
Hildebrando, o
futuro papa Gregório VII, nasceu numa família pobre na Itália, em 1020. Fez-se
beneditino no mosteiro de Cluny. Nos estudos destacou-se pela inteligência e a
firmeza na fé.
Tornou-se o diácono
auxiliar direto dos Papas Leão IX e Alexandre II, alcançando respeito e enorme
prestígio no colégio cardinalício. Assim, quando faleceu o Papa Alexandre II,
em 1073, foi aclamado Papa pelo povo e pelo clero. Assumiu o nome de Gregório
VII e deu início à luta incansável para implantar a "reforma gregoriana".
Há tempos que a decadência de costumes atingia o próprio cristianismo. A
mistura do poder terreno com os cargos eclesiásticos fazia enorme estrago no
clero.
As investiduras,
que consistiam no ato jurídico pelo qual o rei ou nobre confiava a uma autoridade
eclesiástica um cargo da Igreja com jurisdição sobre um território, obrigava os
eclesiásticos a prestar juramento de fidelidade ao rei ou aos nobres.
Foi com Henrique
VI, imperador germânico, que Gregório travou a maior luta. Diante da rudeza de
Henrique VI, o Papa não teve dúvidas: excomungou o imperador. Tal foi a pressão
sobre Henrique VI, que o tirano teve que se humilhar e pedir perdão, em 1077,
para anular a excomunhão, num evento famoso que ficou conhecido como "o
episódio de Canossa".
Pouco tempo depois
o imperador saboreou sua vingança, depondo o Papa Gregório VII e nomeando um
antipapa, Clemente III. Mesmo assim Papa Gregório VII continuou com as
reformas, enfrentando a ira do governante. Foi então exilado em Salerno, onde
morreu mártir de suas reformas no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco
anos.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A última frase do papa Gregório VII,
à beira da morte, retrata a síntese de sua existência: "Amei a justiça,
odiei a iniquidade e, por isso, morro no exílio". Num tempo de brigas
políticas e religiosas. Gregório soube assumir sua posição de defensor de fé e
morreu exilado pelo amor ao Cristo. Estamos nós, cristãos do século XXI,
lutando pela justiça e pelo direito daqueles que não tem voz?
tjl@-acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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