O
Papa Francisco reza diante do Cristo Milagroso.
Vaticano,
26 Mai. 20 / 09:00 am (ACI).- Um sacerdote da
Arquidiocese de Milwaukee (Estados Unidos) chamou a atenção das redes neste fim
de semana ao analisar o número de mortos por coronavírus na Itália e
identificar o dia 27 de março como o dia em que tudo mudou.
Nesse dia, o Papa
Francisco presidiu na Praça de São Pedro um momento extraordinário de oração
acompanhado pelo Cristo Milagroso, uma imagem do Jesus crucificado à qual os
romanos atribuíram o fim da epidemia de 1522. Além disso, concedeu a bênção
Urbi et Orbi e rezou diante da imagem do Senhor crucificado.
Em sua conta no
Twitter, Pe. John LoCoco identificou, por meio do Alerta sobre a COVID-19,
acessível pelo Google, que aquela sexta-feira foi o dia no qual se registraram
mais falecidos na Itália, com 919 vítimas.
Desde então,
começou um declínio gradual, até registrar, no dia 24 de maio, 50 mortes na
Itália. Como se sabe, este foi o primeiro país europeu onde a pandemia causou
estragos depois que o vírus deixou a China, causando, segundo a Universidade Johns
Hopkins, mais de 230 mil infecções e 32.800 mortes.
Há alguns dias,
várias medidas restritivas foram levantadas na Itália e as Missas voltaram a
ser celebradas com a presença dos fieis, mas mantendo as recomendações
sanitárias para evitar um novo surto de coronavírus.
No dia
extraordinário da oração, o Papa Francisco também rezou diante da imagem
mariana da Salus Populi Romani.
Em meio à chuva e
diante de uma praça de São Pedro vazia, o Pontífice refletiu sobre a passagem
do Evangelho na qual Cristo acalma a tempestade no mar da Galileia.
"Revemo- nos
temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos
surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de
estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo
importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos, carecidos de
mútuo encorajamento", expressou.
No entanto,
recordou que “o Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal.
Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos
resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para
que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor".
Por isso, alentou a
abraçar a cruz de Cristo, pois nela “fomos salvos para acolher a esperança e
deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que
nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para
abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá
esperança".
Após sua reflexão,
o Santo Padre foi até a entrada da Basílica de São Pedro, onde fez adoração ao
Santíssimo Sacramento em silêncio por vários minutos, acompanhado por algumas
autoridades do Vaticano, e depois presidiu algumas orações, como a súplica em
ladainhas.
Publicado
originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração:
Ó
Deus, que aos vossos pastores associastes São Germano de Paris, animado de
ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão,
perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo
nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Jo 17,20-26):
Naquele tempo, Jesus, alçando os olhos ao céu,
disse: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em
mim pela palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em
ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu
lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um:
eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça
que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam comigo
aqueles que me deste, para que contemplem a minha glória, a glória que tu me
deste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te
conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz
conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me
amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles».
«Eu não rogo somente por eles,
mas também por aqueles que vão crer em mim»
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.(Barcelona, Espanha)
Hoje, encontramos no Evangelho um sólido fundamento para a confiança:
«Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em
mim...» (Jo 17,20). É o Coração de Jesus que, na intimidade com os seus,
abre-lhes os tesouros inesgotáveis do seu Amor. Quer afiançar seus corações
afligidos pelo ar de despedida que têm as palavras e gestos do Mestre durante a
Santa Ceia. É a oração indefectível de Jesus que sobe junto ao Pai pedindo por
eles. Quanta segurança e fortaleça encontrarão depois nessa oração ao longo da sua
missão apostólica! Em meio de todas as dificuldades e perigos que tiveram que
afrontar, essa oração os acompanhará e, será a fonte na que encontrarão a força
e ousadia para dar testemunho da sua fé com a entrega da própria vida.
A contemplação dessa realidade, dessa oração de Jesus pelos seus, tem que atingir também as nossas vidas: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim... ». Essas palavras atravessam os séculos e chegam, com a mesma intensidade com que foram pronunciadas, até o coração de todos e cada um dos crentes.
Na lembrança fresca da última visita de São João Paulo II a Espanha, encontramos nas palavras do Papa o eco dessa oração de Jesus pelos seus: «Com meus braços abertos, levo-os a todos no meu coração —disse o Pontífice na frente de mais de um milhão de pessoas—. A recordação desses dias vai transformar-se em oração pedindo para vos a paz em fraterna convivência, animados pela esperança cristã que nunca engana». E, já não tão próximo no tempo, outro Papa fazia uma exortação que nos chega ao coração depois de muitos séculos: «Não há nenhum doente a quem seja negada a vitória da cruz, nem há ninguém a quem não lhe ajude a oração de Cristo. Já que se esta foi de proveito para os que o maltrataram, quanto mais o será para os que se convertem a Ele?». (São Leão Magno)
A contemplação dessa realidade, dessa oração de Jesus pelos seus, tem que atingir também as nossas vidas: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim... ». Essas palavras atravessam os séculos e chegam, com a mesma intensidade com que foram pronunciadas, até o coração de todos e cada um dos crentes.
Na lembrança fresca da última visita de São João Paulo II a Espanha, encontramos nas palavras do Papa o eco dessa oração de Jesus pelos seus: «Com meus braços abertos, levo-os a todos no meu coração —disse o Pontífice na frente de mais de um milhão de pessoas—. A recordação desses dias vai transformar-se em oração pedindo para vos a paz em fraterna convivência, animados pela esperança cristã que nunca engana». E, já não tão próximo no tempo, outro Papa fazia uma exortação que nos chega ao coração depois de muitos séculos: «Não há nenhum doente a quem seja negada a vitória da cruz, nem há ninguém a quem não lhe ajude a oração de Cristo. Já que se esta foi de proveito para os que o maltrataram, quanto mais o será para os que se convertem a Ele?». (São Leão Magno)
Santo do Dia
São Germano de Paris
Germano nasceu em 496. Diz a tradição que sua mãe
tentou abortá-lo e que na infância ele teria sido envenenado, mas o menino
sobreviveu para tornar-se um grande santo. Foi criado por um primo bem mais
velho, um ermitão chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon.
Germano viveu como ermitão durante quinze anos, aprendendo a doutrina de
Cristo.
Em 531, ele foi ordenado diácono e três anos
depois, sacerdote. Foi então para Paris, e pelos seus dons, principalmente o do
conselho, ganhou a estima do rei, que apreciava a sua sensatez. Tornou-se bispo
de Paris.
Germano era pródigo em caridade e esmolas,
dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era visto
apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre, feliz por
sentir frio, mas tendo a certeza que o pobre estava aquecido.
Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no
dia 28 de maio de 576. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São
Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: A história de São Germano nos mostra que Deus
realmente tem caminhos misteriosos aos olhos humanos. Salvo da morte na
infância, nosso santo soube aproveitar seus dias para o serviço dos mais pobres
e abandonados, impulsionado pelo amor ao evangelho de Cristo. Na nossa vida,
somos acometidos por muitas adversidades, mas confiar plenamente em Jesus
Cristo nos dá forças para avançar mesmo em tempos de penúria.
tjl@
- acidigital.com – a12.com – evangeli.net
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