Papa
Francisco na missa pelo centenário de nascimento de São João Paulo II. Crédito:
Vatican Media
Vaticano,
18 Mai. 20 / 08:20 am (ACI).- Na
homilia da missa celebrada
hoje junto à tumba de São João Paulo II, no interior da Basílica de São Pedro
no Vaticano, o Papa Francisco recordou os cem anos de nascimento do santo
polonês e sublinhou que João Paulo II era um homem de justiça e de oração.
“Deus visitou o seu
povo”, recalcou o Pontífice na homilia transcrita por VaticanNews. “E hoje nós
aqui podemos dizer: cem anos atrás o Senhor visitou o seu povo, enviou um
homem, o preparou para ser bispo e guiar a Igreja. Recordando São
João Paulo II retomemos isto: “O Senhor ama o seu povo”, o Senhor visitou o seu
povo, enviou um pastor”.
“E quais são,
digamos, “os traços” de bom pastor que podemos encontrar em São João Paulo II?
Muitos!”, destacou o Papa Francisco, que canonizou João Paulo II junto com João
XXIII em abril de 2014.
“Mas digamos três
deles somente. Como dizem que os jesuítas sempre dizem as coisas... três,
digamos três: a oração, a proximidade ao povo, e o amor pela justiça. São João
Paulo II era um homem de Deus porque rezava e rezava muito. Mas como pode um
homem que tem tanto o que fazer, tanto trabalho para guiar a Igreja... ter
tanto tempo para oração? Ele bem sabia que a primeira tarefa de um bispo é
rezar e isso não foi o Vaticano II que disse, o disse São Pedro, quando com os
Doze escolheu os diáconos, disseram: “E a nós bispos, a oração e o
anúncio da Palavra””, assinalou.
“Segundo traço, um
homem de proximidade. Não era um homem separado do povo, aliás, ia encontrar o
povo e rodou o mundo inteiro, encontrando o seu povo, buscando o seu povo,
fazendo-se próximo. E a proximidade é um dos traços de Deus com o seu povo.
Recordemos que o Senhor diz ao povo de Israel: “Olha, qual povo teve deuses tão
próximos como eu contigo?” (cf. Dt 4,7). Uma proximidade de Deus com o povo que
depois se torna estreita em Jesus, se torna forte em Jesus. Um pastor é próximo
do povo, do contrário, se não o é, não é pastor, é um hierarca, é um
administrador, talvez bom, mas não é pastor. Proximidade ao povo. E São João
Paulo II nos deu o exemplo desta proximidade”, recordou o Papa Francisco.
“Terceiro traço, o
amor pela justiça. Mas a justiça plena! Um homem que queria a justiça, a
justiça social, a justiça dos povos, a justiça que afasta as guerras. Mas a
justiça plena! Por isso, São João Paulo II era o homem da misericórdia, porque
justiça e misericórdia caminham juntas, não se podem distinguir, estão juntas:
justiça é justiça, misericórdia é misericórdia, mas uma sem a outra não está bem.
E falando do homem da justiça e da misericórdia, pensemos o muito que São João
Paulo II fez para que as pessoas entendessem a misericórdia de Deus”, completou
o Santo Padre.
O Papa Francisco
recordou a devoção de São João Paulo II a Santa Faustina Kowalska, quem recebeu
em visões místicas a imagem e o conteúdo da devoção à Divina Misericórdia e
cuja memória, no dia de hoje, por determinação do, sua memória litúrgica, “será
para a Igreja no mundo inteiro”.
“Ele havia sentido
que a justiça de Deus tinha esta face de misericórdia, esta atitude de
misericórdia. E este é um dom que ele nos deixou: a justiça-misericórdia e a
misericórdia justa.
Peçamos a ele hoje,
que nos dê a todos nós, especialmente aos pastores da Igreja, mas a todos, a
graça da oração, a graça da proximidade e a graça da justiça-misericórdia,
misericórdia-justiça”, finalizou o Santo Padre.
Oração: Deus eterno e todo-poderoso,
quiseste que São Celestino V governasse todo o vosso povo, servindo-o pela
palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e
as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo
nosso Senhor. Amém!
Evangelho
(Jo 16,5-11):
«Agora,
eu vou para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?
’ Mas, porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de tristeza. No
entanto, eu vos digo a verdade: é bom para vós que eu vá. Se eu não for, o
Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós. Quando ele vier,
acusará o mundo em relação ao pecado, à justiça e ao julgamento. Quanto ao
pecado: eles não acreditaram em mim. Quanto à justiça: eu vou para o Pai, de
modo que não mais me vereis. E quanto ao julgamento: o chefe deste mundo já
está condenado». Palavra de vida eterna.
«É bom para vós que eu vá»
Fr. Joseph A. PELLEGRINO
(Tarpon Springs, Florida, Estados Unidos)
(Tarpon Springs, Florida, Estados Unidos)
Hoje, o Evangelho nos apresenta um entendimento mais profundo da
realidade da Ascensão do Senhor. Na leitura do Evangelho de João no Domingo de
Páscoa, é dito a Maria Madalena que não deve tocar o Senhor porque «ainda não
subi para junto do Pai» (Jo 20,17). No Evangelho de hoje, Jesus observa, sobre
os discípulos: «porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de
tristeza», mas que «é bom para vós que eu vá» (Jo 16,6-7). Jesus precisa subir
ao Pai. No entanto, Ele ainda permanece conosco.
Como Ele pode ir e, ao mesmo tempo permanecer? Este mistério foi explicado por nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI: «Dado que Deus abraça e ampara toda a criação, a Ascensão do Senhor significa que Cristo não se afastou de nós, mas que agora, graças ao Seu ser com o Pai, está próximo de cada um de nós, para sempre».
Nossa esperança está em Jesus Cristo. Sua vitória sobre a morte nos deu a vida que a morte nunca poderá destruir: Sua Vida. Sua ressurreição é uma confirmação de que o espiritual é real. Nada poderá nos separar do amor de Deus. Nada poderá diminuir nossa esperança. Os negativos do mundo não poderão destruir o positivo de Jesus Cristo.
O mundo imperfeito no qual vivemos, um mundo onde os inocentes sofrem, pode nos levar ao pessimismo. Mas Jesus Cristo nos transforma em eternos otimistas.
A presença viva de Nosso Senhor em nossa comunidade, em nossas famílias, naqueles aspectos de nossa sociedade que podem corretamente ser chamados “cristãos”, nos dá uma razão para ter esperança. A presença viva de Nosso Senhor em cada um de nós nos dá alegria. Não importa quão alta seja a barreira de negatividade que a mídia se deleita em apresentar, os pontos positivos do mundo pesam mais, de longe, do que os pontos negativos, pois Jesus Cristo subiu aos céus.
Ele ascendeu, mas não nos deixou.
Como Ele pode ir e, ao mesmo tempo permanecer? Este mistério foi explicado por nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI: «Dado que Deus abraça e ampara toda a criação, a Ascensão do Senhor significa que Cristo não se afastou de nós, mas que agora, graças ao Seu ser com o Pai, está próximo de cada um de nós, para sempre».
Nossa esperança está em Jesus Cristo. Sua vitória sobre a morte nos deu a vida que a morte nunca poderá destruir: Sua Vida. Sua ressurreição é uma confirmação de que o espiritual é real. Nada poderá nos separar do amor de Deus. Nada poderá diminuir nossa esperança. Os negativos do mundo não poderão destruir o positivo de Jesus Cristo.
O mundo imperfeito no qual vivemos, um mundo onde os inocentes sofrem, pode nos levar ao pessimismo. Mas Jesus Cristo nos transforma em eternos otimistas.
A presença viva de Nosso Senhor em nossa comunidade, em nossas famílias, naqueles aspectos de nossa sociedade que podem corretamente ser chamados “cristãos”, nos dá uma razão para ter esperança. A presença viva de Nosso Senhor em cada um de nós nos dá alegria. Não importa quão alta seja a barreira de negatividade que a mídia se deleita em apresentar, os pontos positivos do mundo pesam mais, de longe, do que os pontos negativos, pois Jesus Cristo subiu aos céus.
Ele ascendeu, mas não nos deixou.
Santo do Dia:
São Pedro Celestino
Pedro nasceu em 1215 na Itália, filho de pais
camponeses. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos seis anos de
idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando com os beneditinos
e, assim que terminou os estudos, retirou-se para um local isolado, onde viveu
por alguns anos. Depois foi para Roma recebendo o sacerdócio em 1239.
Voltou para a vida de eremita e foi viver no
sopé de um morro onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas.
Em 1251 fundou, com a colaboração de dois
companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento
abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde
chamada "dos Celestinos".
Em 1292 morreu o Papa Nicolau V e Pedro foi
eleito o novo papa. Entretanto a sua escolha foi política, por pressão de
Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não
para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais.
Pedro Celestino exerceu o papado durante um
período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se
deslocado, renunciou em favor do Papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Para não
gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou humildemente ficar prisioneiro
no Castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.
Dez meses depois de seu confinamento, Pedro
Celestino teve uma visão e ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os
Santos Sacramentos e aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento
previstos: 19 de maio de 1296.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: O Espírito Santo concede a cada um de nós um dom específico.
Viver esta vocação doada por Deus é sinal de sabedoria e união com a vontade de
Deus. Quando trocamos nossa vocação por outros caminhos, fica-nos uma lacuna na
vida. Assim, vamos encontrar em Deus nossa verdadeira vocação e responder ao
chamado de Deus com alegria e fidelidade.
tjl@-
a12.com – evangeli.net – acidigital.com
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