Papa Francisco na missa na Casa Santa Marta. Foto:
Vatican News
Vaticano, 14 Mai. 20 / 08:34 am (ACI).- No início da Missa em
Santa Marta, em 14 de maio, o Papa Francisco assinalou que "neste momento
trágico da pandemia. Todos somos irmãos" por isso pediu rezar
especialmente a Deus hoje pela cura desta pandemia da Covid-19.
"O Alto Comitê
para a Fraternidade Humana convocou para hoje um dia de oração, jejum para
pedir a Deus misericórdia e piedade", indicou o Santo Padre.
Nesse sentido, o
Pontífice lembrou São Francisco de Assis: “Neste momento trágico da pandemia.
Todos somos irmãos. São Francisco de Assis dizia: ‘Todos irmãos’. E por isto,
homens e mulheres de todas as confissões religiosas hoje nos unimos na oração e
na penitência para pedir a graça da cura desta pandemia", concluiu.
Juntar-se à
iniciativa
Em 3 de maio de
2020, o Papa Francisco pediu aos fiéis católicos e crentes de diferentes
religiões que se unam no dia 14 de maio "em um dia de oração e jejum e
obras de caridade", para implorar a Deus pelo fim da pandemia de
coronavírus COVID-19.
Em suas palavras
após a oração do Regina Coeli, o Santo Padre explicou que "como a oração é
um valor universal", acolhi a proposta do Alto Comitê para a Fraternidade
Humana, para que "no próximo 14 de maio os crentes de todas as religiões
se unam espiritualmente".
Será, disse o Papa
Francisco, "um dia de oração e jejum e obras de caridade, para implorar a
Deus que ajude a humanidade a superar a pandemia de coronavírus".
“Recordem-se, 14 de
maio, todos os crentes unidos, crentes de diversas tradições, para rezar,
jejuar e praticar obras de caridade”, disse naquele então.
Em seguida, em sua
homilia, o Papa Francisco comentou uma passagem do livro de Jonas, na qual o
autor descreve quando o profeta convidou o povo de Nínive a se converter para
não sofrer a destruição da cidade.
Nesse sentido, o
Pontífice afirmou que "hoje todos nós, irmãos e irmãs de todas as
tradições religiosas, rezamos" neste dia de "oração e de jejum, de
penitência, convocado pelo Alto Comitê para a Fraternidade Humana".
"Cada um de
nós reza, as comunidades rezam, as confissões religiosas rezam, rezam a Deus:
todos irmãos, unidos na fraternidade que nos une neste momento de dor e de
tragédia".
Por isso, o Papa
alertou que ninguém esperava "esta pandemia, veio sem que nós a
esperássemos, mas agora está aí. E muitas pessoas morrem. E muitas pessoas
morrem sozinhas e muita gente morre sem poder fazer nada".
Nesse sentido,
alertou aqueles que pensam: “Não me diz respeito, graças a Deus me salvei. Mas
pense nos outros! Pense na tragédia e também nas consequências econômicas, nas
consequências sobre a educação, as consequências'', pediu o Santo Padre.
“E por isso hoje,
todos, irmãos e irmãs, de toda e qualquer confissão religiosa, rezemos a
Deus. Talvez alguém possa dizer: “Isso é relativismo religioso e não
se pode fazer”. Como não se pode fazer, rezar ao Pai de todos? Cada um reza
como sabe, como pode, como recebeu da própria cultura. Nós não estamos rezando
um contra o outro, esta tradição religiosa contra aquela, não! Estamos todos
unidos como seres humanos, como irmãos, rezando a Deus, segundo a própria
cultura, segundo a própria tradição, segundo os próprios credos, mas irmãos
rezando a Deus, isso é importante! Irmãos, fazendo jejum, pedindo perdão a Deus
pelos nossos pecados, para que o Senhor tenha misericórdia de nós, para que o
Senhor nos perdoe, para que o Senhor detenha esta pandemia. Hoje é um dia de
fraternidade, olhando para o único Pai, irmãos e paternidade. Dia de oração”.
Finalmente, o
Pontífice concluiu que essa pandemia “veio como um dilúvio, veio abruptamente.
Agora estamos nos acordando um pouco. Mas existem tantas outras pandemias que
fazem as pessoas morrer e não nos damos conta disso, olhamos para outro lado.
Somos um pouco inconscientes diante das tragédias que se verificam no mundo
neste momento".
Oração:
Deus, nosso Pai, queremos vos pedir:
não aparteis de nós o vosso olhar e não nos deixeis sucumbir ao desespero e à falta
de sentido da vida. Transformai e recriai em nós um novo ser. Criai em nós o
homem novo à semelhança de Jesus, nosso libertador e salvador. Libertai-nos de
todos os nossos medos e temores vãos. Pelo vosso amor e pela força do vosso
Espírito, ajudai-nos a lutar contra tudo aquilo que nos leva à morte. Por
Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 15,12-17):
«Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros,
assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por
seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos
chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo
amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós
que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e
para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu
nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros». Palavra de vida
eterna.
«Este é o meu mandamento:
amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei»
Rev. D. Carles ELÍAS i Cao(Barcelona, Espanha)
Hoje, o Senhor convida-nos ao amor
fraterno: «Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei» (Jo 15,12), ou
seja, como me haveis visto fazer a mim e como ainda me vereis fazer. Jesus
fala-te como a um amigo, disse-te que o Pai te chama, que quer que sejas
apostolo, e que te destina a dar fruto, um fruto que se manifesta no amor. São
João Crisóstomo afirma: «Se o amor estivesse espalhado por todos os lados,
nasceria dele uma infinidade de bens».
Amar é dar a vida. Sabem-no os esposos que, porque se amam, fazem uma doação recíproca da sua vida e assumem a responsabilidade de ser pais, aceitando também a abnegação e o sacrifício do seu tempo e do seu ser a favor daqueles a quem hão de cuidar, proteger, educar e formar como pessoas. Sabem-no os missionários que dão a sua vida pelo Evangelho, com um mesmo espírito cristão de sacrifício e abnegação. E sabem-no os religiosos, sacerdotes e bispos, sabe-o todo o discípulo de Jesus que se compromete com o Salvador.
Jesus disse-te um pouco antes qual é o requisito do amor, de dar fruto: «se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto» (Jo 12,24). Jesus convida-te a perder a tua vida, a que lha entregues a Ele sem medo, a morrer em ti próprio para poder amar o teu irmão com o amor de Cristo, com o amor sobrenatural. Jesus convida-te a atingir um amor operante, benfeitor e concreto; assim o entendeu o apóstolo Santiago quando disse: «Se um irmão o irmã minha estiver nu e carecer de sustento diário, e um de vocês lhe disser: «Ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos», mas não lhes deres o suficiente para o corpo, de que lhe servirá? Assim também a fé, se não tem obras, está realmente morta» (2,15-17).
Amar é dar a vida. Sabem-no os esposos que, porque se amam, fazem uma doação recíproca da sua vida e assumem a responsabilidade de ser pais, aceitando também a abnegação e o sacrifício do seu tempo e do seu ser a favor daqueles a quem hão de cuidar, proteger, educar e formar como pessoas. Sabem-no os missionários que dão a sua vida pelo Evangelho, com um mesmo espírito cristão de sacrifício e abnegação. E sabem-no os religiosos, sacerdotes e bispos, sabe-o todo o discípulo de Jesus que se compromete com o Salvador.
Jesus disse-te um pouco antes qual é o requisito do amor, de dar fruto: «se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto» (Jo 12,24). Jesus convida-te a perder a tua vida, a que lha entregues a Ele sem medo, a morrer em ti próprio para poder amar o teu irmão com o amor de Cristo, com o amor sobrenatural. Jesus convida-te a atingir um amor operante, benfeitor e concreto; assim o entendeu o apóstolo Santiago quando disse: «Se um irmão o irmã minha estiver nu e carecer de sustento diário, e um de vocês lhe disser: «Ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos», mas não lhes deres o suficiente para o corpo, de que lhe servirá? Assim também a fé, se não tem obras, está realmente morta» (2,15-17).
Santo do Dia
Santa Dionísia
Aos 16 anos,
Dionísia já tinha uma cabeça madura e o coração incendiado pela profunda fé em
Cristo.
Acompanhou na
prisão os irmãos Paulo e André e a história de Nicômaco. Este último, estando
preso, negou sua fé para poder ser libertado. Mas ao ser libertado,
arrependeu-se, porém morreu repentinamente. Santa Dionísia então exclamou:
“Infeliz, se tivesse continuado firme mais alguns minutos não teria perdido a
vida eterna”.
Perante o tribunal,
ela declarou-se cristã. Foi entregue aos soldados para que fosse humilhada
publicamente. Mas confiando em Deus, manteve serenidade durante todo o
processo.
Na arena de morte,
ao ver Paulo e André sofrerem o martírio, Dionísia lançou-se em direção dos
jovens, desejando sofrer também a morte em nome de Cristo. Irritados com a
intervenção, os soldados cortaram-lhe a cabeça. Morreu martirizada no dia 15 de
maio de 250.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Os
primeiros séculos do cristianismo são marcados pelo sangue dos mártires. Graças
à coragem destes homens e mulheres, a Igreja fixou raízes e pode estender o
Evangelho para todos os povos da terra. A vida de Santa Dionísa reflete essa
coragem radical em testemunhar Jesus Cristo. Quanta falta nos faz o martírio
nestes tempos de relativismos e falas seguranças. Precisamos evangelizar homens
e mulheres, prontos para enfrentar o martírio e as críticas daqueles que só
pensam em si próprios.
tjl@-
acidigital.com- a12.com – evangeli.net
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