Bom dia evangelho
26
de maio de 2020
Dia Litúrgico: Terça-feira da 7ª semana da Páscoa
Ver
santos : São Felipe Neri, presbítero
O Papa Francisco reza em Jerusalém com o Patriarca
Ecumênico Bartolomeu. Foto: Vatican Media
Vaticano, 25 Mai. 20 / 02:00 pm (ACI).- O Papa Francisco refletiu sobre o caminho
ecumênico em favor da unidade entre os cristãos e lembrou que “a unidade não é
principalmente o resultado da nossa ação, mas é dom do Espírito Santo. No
entanto, esta não virá como um milagre ao final: a unidade vem no caminho, o
Espírito Santo a constrói ao longo do caminho”.
Assim indicou o
Santo Padre em uma carta dirigida ao Cardeal Kurt Koch, presidente do
Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, por ocasião dos 25 anos da
publicação da Encíclica de São João Paulo II "Ut unum sint" (que
todos sejam um).
“Invoquemos
confiantes, portanto, o Espírito, para que guie os nossos passos e cada um
sinta, com renovado vigor, o apelo a trabalhar pela causa ecumênica; que Ele
inspire novos gestos proféticos e reforce a caridade fraterna entre todos os
discípulos de Cristo, para que o mundo creia (Jo 17,21) e se multiplique o
louvor ao Pai que está nos Céus", pediu o Papa.
Na carta assinada
no domingo, 24 de maio, mas divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé em 25
de maio, o Pontífice lembrou quando São João Paulo II assinou a Carta Encíclica
Ut unum sint para recordar “o empenho ecumênico da Igreja Católica” e
explicou que São João Paulo II “a publicou na Solenidade da Ascensão do Senhor,
colocando-a sob o signo do Espírito Santo, artífice da unidade na diversidade,
e neste mesmo contexto litúrgico e espiritual nós a comemoramos e propomos ao
povo de Deus”.
"Com o olhar
posto no horizonte do Jubileu do Ano 2000, queria que a Igreja, a caminho do
terceiro milênio, mantivesse bem presente a insistente oração de seu Mestre e
Senhor: "Que todos sejam um!", destacou o Papa ao citar a passagem do
Evangelho de São João (17,21).
Nesse sentido, o
Papa Francisco enfatizou que o Concílio Vaticano II "reconheceu que o
movimento para o restabelecimento da unidade de todos os cristãos emergiu com a
ajuda da graça do Espírito Santo" e animou a continuar com “o diálogo
da vida,
no âmbito da pastoral e cultural”.
"Como os
discípulos de Emaús, podemos sentir a presença do Cristo ressuscitado que
caminha ao nosso lado", indicou o Santo Padre, que agradeceu a Deus
"pelo caminho que nos permitiu viajar como cristãos em busca de comunhão
plena".
Nesta linha, o
Pontífice encorajou que "não devemos deixar de confiar e agradecer" o
caminho ecumênico em favor da unidade entre os cristãos, porque "muitos
passos foram feitos nestas décadas para curar feridas seculares e milenárias;
cresceram o conhecimento e a estima recíprocos, favorecendo a superação de
preconceitos arraigados; desenvolveu-se o diálogo teológico e caritativo, assim
como várias formas de colaboração no diálogo da vida, no plano pastoral e
cultural”.
Além disso, o Santo
Padre confidenciou: “neste momento, penso nos meus queridos irmãos que presidem
as diversas Igrejas e Comunidades Cristãs; e também em todos os irmãos e irmãs
de todas as tradições cristãs que são os nossos companheiros de viagem”.
“Somente o Espírito
Santo pode suscitar a diversidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, produzir
a unidade. É Ele quem harmoniza a Igreja. Vem à minha mente aquela bela palavra
de São Basílio, o Grande: ‘Ipse harmonia est’, Ele mesmo é a harmonia”, afirmou
Francisco.
Por último, o Papa
Francisco agradeceu pelo trabalho que faz o Pontifício Conselho para a Unidade
entre os Cristãos por "manter viva a consciência desse objetivo
irrenunciável dentro da Igreja" e destacou duas iniciativas recentes:
"um Vademecum ecumênico para os bispos, que será publicado
no próximo outono como estímulo e guia para o exercício de suas
responsabilidades ecumênicas” e a apresentação da revista “Acta Œcumenica, que,
na renovação do Serviço de Informação do Dicastério, propõe-se como subsídio
para quem trabalha para o serviço da unidade”.
"O serviço da
unidade é um aspecto essencial da missão do Bispo, que é ‘o principal
fundamento perpétuo e visível da unidade’ em sua Igreja particular”, afirmou o
Papa ao citar o documento do Concílio Vaticano Segundo Lumen gentium e
acrescentou que "a unidade não é principalmente o resultado da nossa ação,
mas é dom do Espírito Santo. No entanto, esta não virá como um milagre ao
final: a unidade vem no caminho, o Espírito Santo a constrói ao longo do
caminho”, concluiu o Papa.
Publicado
originalmente em ACI
Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Evangelho (Jo 17,1-11a):
Assim Jesus falou, e elevando os
olhos ao céu, disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu
filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê
vida eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida eterna: que conheçam a ti,
o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste. Eu te
glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer.
»E agora Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que, do mundo, me deste. Eles eram teus e tu os deste a mim; e eles guardaram a tua palavra. Agora, eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as acolheram; e reconheceram verdadeiramente que eu saí de junto de ti e creram que tu me enviaste.
»Eu rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti». Palavra de vida eterna.
»E agora Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que, do mundo, me deste. Eles eram teus e tu os deste a mim; e eles guardaram a tua palavra. Agora, eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as acolheram; e reconheceram verdadeiramente que eu saí de junto de ti e creram que tu me enviaste.
»Eu rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti». Palavra de vida eterna.
«Pai, chegou a hora»
Rev. D. Pere OLIVA i March
(Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)
(Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho de São João
—que há dias estamos lendo— começa falando-nos da “hora”: «Pai, chegou a hora.
Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique» (Jo 17,1). O momento
culminante, a glorificação de todas as coisas, a doação máxima de Cristo que se
entrega por todos... “A hora” é ainda uma realidade escondida aos homens; se
revelará à medida que a trama da vida de Jesus nos abre a perspectiva da cruz.
Chegou a hora? A hora de que? Pois chegou a hora em que os homens conheçam o nome de Deus, ou seja, sua ação, a maneira de dirigir-se à Humanidade, a maneira de falarmos no Filho, em Cristo que ama.
Os homens e as mulheres de hoje, conhecendo Deus através de Jesus («porque eu lhes dei as palavras que tu me deste»: Jo 17,8), chegamos a ser testemunhas da vida, da vida divina que se desenvolve em nós pelo sacramento batismal. Nele vivemos nos movemos e somos; Nele encontramos palavras que alimentam e que nos fazem crescer; Nele descobrimos o que Deus quer de nós: a plenitude, a realização humana, uma existência que não vive de vanglória pessoal, mas sim de uma atitude existencial que se apoia em Deus mesmo e em sua glória. Como nos lembra São Irineu, «a glória de Deus é que o homem viva». Louvemos a Deus e sua glória para que a pessoa humana chegue a sua plenitude!
Estamos marcados pelo Evangelho de Jesus Cristo; trabalhamos para a glória de Deus, tarefa que se traduz em um maior serviço à vida dos homens e mulheres de hoje. Isto quer dizer: trabalhar pela verdadeira comunicação humana, a felicidade verdadeira da pessoa, fomentar o gozo dos tristes, exercer a compaixão com os débeis... definitivamente: abertos à Vida (em maiúscula).
Pelo Espírito, Deus trabalha no interior de cada ser humano e habita no mais profundo da pessoa e não deixa de estimular a todos a viver dos valores do Evangelho. A Boa Nova é expressão da felicidade libertadora que Ele quer dar-nos.
Chegou a hora? A hora de que? Pois chegou a hora em que os homens conheçam o nome de Deus, ou seja, sua ação, a maneira de dirigir-se à Humanidade, a maneira de falarmos no Filho, em Cristo que ama.
Os homens e as mulheres de hoje, conhecendo Deus através de Jesus («porque eu lhes dei as palavras que tu me deste»: Jo 17,8), chegamos a ser testemunhas da vida, da vida divina que se desenvolve em nós pelo sacramento batismal. Nele vivemos nos movemos e somos; Nele encontramos palavras que alimentam e que nos fazem crescer; Nele descobrimos o que Deus quer de nós: a plenitude, a realização humana, uma existência que não vive de vanglória pessoal, mas sim de uma atitude existencial que se apoia em Deus mesmo e em sua glória. Como nos lembra São Irineu, «a glória de Deus é que o homem viva». Louvemos a Deus e sua glória para que a pessoa humana chegue a sua plenitude!
Estamos marcados pelo Evangelho de Jesus Cristo; trabalhamos para a glória de Deus, tarefa que se traduz em um maior serviço à vida dos homens e mulheres de hoje. Isto quer dizer: trabalhar pela verdadeira comunicação humana, a felicidade verdadeira da pessoa, fomentar o gozo dos tristes, exercer a compaixão com os débeis... definitivamente: abertos à Vida (em maiúscula).
Pelo Espírito, Deus trabalha no interior de cada ser humano e habita no mais profundo da pessoa e não deixa de estimular a todos a viver dos valores do Evangelho. A Boa Nova é expressão da felicidade libertadora que Ele quer dar-nos.
Santo do Dia
São Filipe Néri
Nascido em
Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Néri pertencia a uma família
rica. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe surpreendia
pela alegria, bondade, lealdade e inteligência. Cresceu na sua terra natal,
estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar vocação para vida religiosa,
mesmo frequentando regularmente a igreja.
Em 1535, aceitou o
convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida
em Roma. Nessa cidade foi estudar Filosofia e Teologia com os agostinianos. No
tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que
exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos
de filiação ou de moral.
Somente aos trinta
e seis anos de idade ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja
de São Jerônimo da Caridade. Tão grande era sua consciência dos problemas da
comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os
problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho.
Filipe se preocupou
com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Com bom humor,
ele dizia aos que reclamavam do barulho das crianças: "Contanto que os
meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus
na cabeça".
Viveu até o dia 26
de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado até hoje de: Santo da alegria e da
caridade.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A alegria é a grande virtude dos santos. Uma
alegria serena e confiante no amor do Cristo Ressuscitado. Ser alegre não
significa dar risadas o dia todo, mas conservar o semblante calmo e tranquilo.
A tristeza enfraquece o coração e provoca desânimo. Peçamos ao bom Deus que nos
alimente sempre com a virtude cristã da alegria.
tjl@-
a12.com – evangeli.net – acidigital.com
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